Le Sacre Du Travail (The Tangent)
(2013, InsideOut)
(4.7/6)
Andy Tilison, a mente criativa por trás dos The Tangent deve ter calculado os
riscos associados a fazer algo inovador no mundo do prog rock atual. A ideia para este Le Sacre Du Travail era criar uma peça para orquestra na linha do
que fizeram os Camel e os Deep Purple. O resultado foi um álbum
conceptual, o primeiro da história do coletivo, inspirado pelo álbum The Days Of Future Past dos The Moody Blues. Por isso este novo
trabalho dos britânicos é substancialmente diferente do que vinha sendo
desenvolvido até aqui. Mais orientado para o rock dos anos 70, para o blues
e para o clássico. Como se de uma banda sonora se tratasse. Acreditamos que os
leais fans da banda compreendam a tentativa de ser diferente, de inovar. Todos
entendemos. O certo é que a nível das canções, este trabalho acaba por
apresentar alguns momentos algo enfadonhos. Claro… todos somos capazes de
esquecer isso quando nos momentos subsequentes, um solo de teclado, de sax ou
de flauta elevam o tema para patamares únicos de destreza técnica. Mas é isso
mesmo! O que acaba por tornar este disco mais interessante nem são as grandes
composições, porque tirando o tamanho, elas definitivamente não o são. É a
superior capacidade individual dos elementos dos The Tangent e os momentos que se assumem quase como jazz pela sua libertinagem artística.
São nesses momentos em que a banda se solta, malda às malvas as amarras estruturais e, livremente se expande que
tornam Le Sacre Du Travail um disco agradável.
E não deixa de ser curioso a adição de três temas bónus, um dos quais gravado
ao vivo em 1979, Hat, curtíssimo mas
verdadeiramente delicioso. Uma forma de relembrar o passado de Tillison que,
para quem não sabe, se iniciou no punk.
Em jeito de conclusão, sempre se dirá que Le
Sacre Du Travail é como um labirinto musical, bem nos limites do
progressivo, onde os ouvintes entram e têm que procurar o seu caminho e a
saída. E é, precisamente isso que o torna sedutor.
Tracklist:
1. 1st
movement: Coming Up On The Hour (Overture)
2. 2nd
movement: Morning Journey & The Arrival
3. 3rd
movement: Afternoon Malaise
4. 4th
movement: A Voyage Through Rush Hour
5. 5th
movement: Evening TV
6. Muffled
Ephiphany (Bonus track)
7. Hat (Live
at Mexborough School 1979) (Bonus track)
8. Evening
TV (Radio Edit) (Bonus track)
Line-up:
Andy Tillison- teclados,
vocais, guitarras, baixo
Jakko M. Jakszyk – guitarra
solo, vocais
Theo Travis – saxofone e
flauta
Jonas Reingold - baixo
Gavin Harrison -
bateria
David Longdon – vocais
Internet:
Edição: InsideOut
Comentários
Enviar um comentário