Já é oficial:
os Humbucker são dos melhores colectivos do actual hard rock mundial. Se R. O.
C. K. S. foi uma surpresa, King Of
The World é a confirmação. Geir Arne Dale voltou a responder às nossas
questões a respeito deste novo trabalho e de um futuro promissor de uma banda que ainda tem muito para dar.
Olá Geir!
Tudo bem? Como estás quase dois anos depois? Os Humbucker já não são uma banda
desconhecida, por isso perguntava-te como prepararam o vosso regresso?
Olá Pedro e muito obrigado por esta
entrevista! Apreciamos muito! Bem, como dizes, podemos não ser uma banda completamente
desconhecida, mas ainda há uma grande quantidade de pessoas que não ouviram falar
de nós. Portanto, continuamos a fazer o que temos feito até agora: espalhar a
palavra e continuar a fazer tours! Em
outubro, iremos fazer a nossa primeira tournée
europeia conjuntamente com a lendária banda Canadiana de rock Helix e estamos entusiasmados por
finalmente poder conhecer alguns dos nossos fãs na Europa!
R. O. C. K. S. recebeu comentários
incríveis em todo o mundo. Sentiram algum tipo de pressão para não decepcionar
os vossos fãs?
De facto: não! Tu entendes: nós somos
o que somos e quando escrevemos músicas, é o que é. Nós escrevemos a música que
achamos ser a mais adequada para a banda e num determinado momento e esperamos
que as outras pessoas também gostem. Acho que se não gostar de uma canção
haverá uma possibilidade de que os outros também não gostem dela, por isso apenas
escrevemos músicas que nós próprios gostamos e esperamos o melhor!
E realmente
isso parece estar a acontecer. Olhando para as primeiras reviews, elas são, mais uma vez ... incríveis! Poderemos afirmar
que são reações esperadas!
Nós nunca esperávamos críticas como as
que temos tido desta vez! Como disseste, as opiniões a respeito de R. O. C. K. S. foram ótimas, mas algumas
de King Of The World têm sido incríveis!
Não esperávamos de todo, embora tivéssemos esperanças e soubéssemos que
tínhamos um grande álbum em mãos, mas nunca se sabe o que as pessoas poderiam
dizer e por isso estamos muito felizes e honrados com a forma como as pessoas
têm recebido o álbum. Acho que um músico fazer um álbum e dizer que é muito bom
antes de ser lançado é simplesmente estupidez! Isso porque a única coisa que
interessa é a forma como os fãs olharão para ele. E nós temos tido muita sorte
até agora!
Uma das
vossas melhores coisas é a capacidade de criar diversidade dentro do vosso hard rock. Como surge isso? De onde vem
a inspiração?
Obrigado por dizeres isso porque é exatamente
o que tentamos fazer! Nós não queríamos um álbum chato e assim, de forma
natural, olhamos para diferentes estilos na nossa música. Embora esteja tudo
dentro de uma vibe do rock clássico. Não sei, nós crescemos na
década de oitenta ouvindo um monte de bandas diferentes e realmente acho que é
um fator que começa a revelar-se agora… Vem tudo das bandas com quem crescemos:
Kiss, Whitesnake, Molly Hatchet, Lynyrd Skynyrd, Bad Company, Motorhead e por
aí adiante.
Título muito forte! King Of The World! Afinal quem é o Rei? E
porque este título?
Bem, eu escrevi essa canção a
respeito de um tipo que acha que é o rei do mundo, mas continua a fazer um
monte de erros. Acho que há imensas pessoas como este tipo de reis em todos os
países. Inicialmente, o álbum era para se chamar One Size Fits All, mas então apercebi-que o artwork criado pelo Ludovic Cordelières se chamava Monarc e a imagem seria perfeita se nós
mudássemos o título para King Of The
World e foi o que fizemos. O gajo na capa é o rei do mundo! Acho que saiu
perfeito!
Como foi o
vosso método de trabalho desta vez? Similar a R. O. C. K. S.?
Sim, foi. Nós só temos essa forma de
escrever canções. Escrevemos sempre que nos apetece ou quando surge alguma
ideia e depois vemos o que podemos fazer com o que surge. Quanto ao processo de
gravação, desta vez não gravamos tudo live,
como tinha acontecido em R. O. C. K. S..
Gravamos o baixo e bateria ao vivo e depois fomos para os Stargate Studios, em
Trondheim e fizemos o resto (guitarras, vocais, backing vocals). Foi melhor assim porque alguns tiveram problemas em
obter uma folga dos seus trabalhos. Acho que funcionou muito bem e
provavelmente vamos fazer a mesma coisa com o próximo álbum, que planeamos
lançar em 2015.
Recentemente
assinaram um importante contrato de gravação com uma lendária editora
norueguesa. Até onde isso vos permitirá ir?
Sim senhor, assinámos! Estamos muito
orgulhosos e entusiasmados com este negócio. O label manager é um dos executivos de editora mais experientes da Noruega
e é muito entusiasmante poder ver o que ele poderá fazer com a nossa música.
Ficamos muito surpreendidos porque na verdade ninguém faz contratos como
aquele. Essa é uma boa moda antiga "nós pagamos-vocês tocam" e é bom
para nos permitir colocar mais energia nas nossas músicas e tocar em vez de termos
de nos preocupar com as finanças e por isso estamos muito animados e acho que
vai permitir à banda fazer muita coisa boa no futuro. É um contrato de cinco
anos e provavelmente iremos fazer três álbuns para esta editora. Portanto
estamos muito animados!
Em R. O. C. K. S. tiveram alguns
convidados. Aconteceu o mesmo agora?
Sim, tivemos o Jostein Almåsbro nos backing vocals adicionais. Ele faz o
mesmo para roqueiros noruegueses
Stage Dolls, portanto ele é realmente bom e fez um ótimo trabalho para nós
também. Tivemos também o aclamado multi-guitarrista norueguês Skjalg Raaen a fazer
algum trabalho de guitarra e cítara em Harder
Being Me e Hallgeir Rustan nos teclados também nessa música. Nos queremos usar
pessoas que realmente possam acrescentar alguma coisa e seguramente estes
fizeram isso!
Por falar em
Hallgeir Rustan, desta vez trabalharam com essa autêntica lenda norueguesa.
Como se proporcionou isso?
Eu andei na escola com Hallgeir na
década de oitenta e tornamo-nos bons amigos. Na década de 90 ele formou a
empresa Stargate e já produziu sozinho
mais de 40 top-10-hits no Reino Unido
e as suas produções já venderam mais de 25 milhões de cópias pelo que seria difícil
encontrar um melhor produtor e arranjador na Noruega. Quando chegou a altura de
gravar este álbum, liguei-lhe e todos nós nos demos em grande. Hallgeir é uma
grande pessoa com o humor certo para todos e tivemos um grande momento no seu
estúdio! Com ele, completamos o nosso dreamteam
e não estou a ver-nos fazer outro álbum sem ele a bordo!
Já têm algum vídeo
disponível ou têm algo previsto nesse sentido?
Sim, estamos precisamente a trabalhar
nisso nesta altura. Pretendemos fazer um para Dirty Nelly e também temos uma história fantástica para Harder Being Me. Este fará alguns olhos
molhados posso prometer-vos! Esperamos tê-los prontos dentro de um mês ou
dois...
E quanto a tours? Estão agora numa na
Suécia/Noruega. Como vãs as coisas? E depois disso?
As coisas estão indo muito bem!
Estamos a dar duro e a banda está cada vez melhor à medida que avançamos. Como
eu disse, iremos fazer uma outra pequena tour
com os Helix pela Europa em outubro e por isso espero poder conhecer alguns de
vocês nessa altura.
Bem Geir, foi
um prazer voltar a conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa que
não tenha sido abordado nesta entrevista?
Muito obrigado por esta entrevista!
Precisamos de toda a ajuda que possamos obter e realmente aprecio isso! Além
disso, obrigado a todos e cada um que compra o nosso álbum e se junta à nossa página
no Facebook! Adoramos o grande feedback que estamos a receber e
apreciamos muito as amáveis palavras sobre a nossa banda! Felicidades para
todos, desde a Noruega!
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