Os The
Captain Legendary Band misturam diversos elementos das raízes da música
americana como folk, country, blues, southern e muito rock ‘n’ roll. Apesar de se sentirem
como uma banda de palco, foi com a atribuição do prémio Live Band Of The Year pelos Academy
of Texas Music, em 2010 que começaram a pensar seriamente num álbum ao
vivo. Finalmente esse projeto concretizou-se num duplo trabalho onde o quarteto
apresenta os seus dois mundos, acústico e elétrico, gravado no mítico Firehouse Saloon em Houston, Texas.
Falamos com Charlie Hager sobre a criação deste disco e o futuro próximo da
banda de Louisiana.
Olá Charlie!
Tudo bem? Quem são os The Captain Legendary Band? Importas-te de falar um pouco
de vocês para os rockers portugueses?
O grupo é originário de Baton Rouge,
Louisiana. Começamos como um grupo acústico a tocar para grupos universitários
na LSU. As coisas começaram a correr bem e a partir daí fizemos uma tournée regional pelo sul dos EUA e
Texas. Somos um quarteto constituído por: Charlie Hager (vocais/guitarra solo),
Jeff Hager (baixo), Aaron Bancroft (guitarra solo e harmonias vocais) e Matt
Groll (bateria). A nossa música combina uma série de elementos, mas posso descrevê-la
como country rock, suponho!
Qual é o
significado do vosso nome? Quem é o Captain Legendary?
Captain Legendary vem da junção das garrafas
de rum Captain Morgan e de um
autocolante dos Legendary Sun Studios.
Quando começamos a tocar como um trio acústico em Baton Rouge, não tínhamos nome.
O nome surgiu depois do sound check
da nossa primeira atuação, combinando nomes de coisas que estavam atrás do bar.
Ficou assim.
O facto de terem
sido laureados com o prémio Live Band Of
The Year pelos Academy of Texas Music,
em 2010, influenciou o lançamento deste álbum ao vivo?
Parcialmente sim. Temo-nos visto
sempre como uma banda de palco. É assim que pagamos as nossas contas. Estivemos
na estrada durante bastante tempo e já andávamos a pensar fazer isto há algum tempo.
Sempre tivemos a sensação que os nossos fãs se ligam muito ao nosso espetáculo.
Obviamente, uma vez que recebemos esses elogios da Academia, sabíamos que era
algo que tínhamos que fazer. Na altura, tínhamos acabado de lançar um álbum de
estúdio, por isso demorou um pouco mais para fazermos este disco ao vivo.
Então, quando
decidiram gravar este álbum? E quando começaram a trabalhar nele?
A ideia já cá andava há algum tempo,
mas começamos realmente a fazer as coisas em conjunto no final de 2012. Começámos
uma campanha Kickstarter para o financiamento
no início de 2013 e conseguimos programar o espetáculo de 4 de maio de 2013. Na
realidade não tivemos um set definido
até cerca de um mês antes do concerto.
Onde gravaram
este álbum?
No Firehouse Saloon em Houston, TX. É um dos locais mais históricos em
Houston, Texas, nesta matéria. Já recebeu um monte de grandes nomes ao longo
dos anos e sempre adorei tocar lá. Tem uma atmosfera divertida.
Este é um duplo
álbum com um CD em formato elétrico e outro acústico. É comum fazerem os vossos
espetáculos em ambos os formatos?
Não, normalmente não fazemos as duas
coisas num espetáculo. Ocasionalmente, fazemos shows acústicos em espaços menores ou em ocasiões que requerem mais
ambiente. O grupo começou como um grupo acústico de modo que sempre tivemos essa
faceta que apreciamos. Uma vez que este disco foi totalmente financiado pelos fãs,
quisemos dar-lhes um pouco do que podemos fazer para os satisfazer a todos.
Então, decidimos empacotar tudo num único espetáculo/gravação. Foi muito
trabalhoso e uma noite muito longa, mas valeu a pena!
O setlist do CD acústico é diferente do CD
eléctrico. Por isso, e já vimos que têm alguns temas acústicos, mas trabalharam
em alguns elétricos para os transformar em acústicos...
Algumas das primeiras canções que gravamos
são um pouco mais voltadas para um set
acústico, pelo que muitas músicas no CD são músicas mais antigas de álbuns anteriores.
E, como já disse antes, fazemos sets
acústicos aqui e ali quando estamos na estrada, e praticamente tentamos todas
as músicas nesse formato, por isso foi fácil decidir qual delas resultaria melhor.
O CD acústico
apresenta duas músicas novas. Vão estar incluídas no novo EP agendado para o Inverno?
Sim. Quanto às novas canções, acabamos
de gravar Writting On The Wall e vamos
mante-la acústica. Iremos gravar Gypsy
Eyes em breve e provavelmente iremos colocar um som um pouco mais elétrico.
As novas músicas elétricas também lá irão aparecer. Temos também várias outras
canções em pré-produção, que estarão lá. Por isso, pode muito bem ser um álbum
completo. Ainda não temos a certeza quanto a isso.
Neste álbum
tiveram a colaboração de Billy Jo High. Como se proporcionou a sua presença?
Esteve nos dois sets?
Sim, Billy esteve em ambos os shows. Ele produziu o nosso último álbum
de estúdio Smoking Barrel e é um músico
muito talentoso. É muito respeitado no nosso meio. Foi um prazer tê-lo nestes
discos.
Um teclista, Dwayne
Boehnemann, também deveria ter sido incluído, mas foi-lhe diagnosticado cancro alguns
dias antes dos espetáculos, não foi? Como conseguiu a banda lidar com a
situação tanto no aspeto psicológico como em termos técnicos?
Foi muito difícil. Ele participou em todos
os ensaios e estava pronto para ir para palco. Soubemos 4 dias antes que ele
não estaria connosco.
Dwayne seria convidado
ou é um membro efectivo da banda?
Acho que poderíamos chamar Dwyane e
Billy de membros honorários. Geralmente o grupo é um quarteto, mas,
ocasionalmente, recorremos a eles para diversas coisas. São os dois únicos
músicos que acrescentamos quando a situação assim o justifica.
Já está tudo bem
com ele agora?
Sim, está completamente recuperado. Na
verdade, até já tocou em alguns concertos connosco este ano. Estamos muito agradecidos
por isso.
Havia a
previsão para o lançamento, este ano, de um novo single, Moonshiners Prayer. Já saiu?
Não, na realidade seguimos noutra
direcção com esse single. Fizemos
alguns retoques em Honey no estúdio e
acabamos de receber a mistura final. A data de lançamento do single será anunciada em breve.
E o EP do
inverno provavelmente já não o será, como vimos. O que podemos esperar deste
novo material?
Sim, já fiz essa referência antes. Terá
as quatro novas canções do álbum ao vivo, além de algum material novo no qual estamos
a trabalhar. Algum rock e algumas
músicas rootsy. Estamos muito animados
por estar de volta ao estúdio!
Também no
final do ano uma tournée pela Europa.
Quais são as vossas expetativas?
O grupo está muito animado com essa tournée. Temos tido muitos amigos a
fazer tournées na Europa e todos
dizem que são os melhores momentos que já tiveram a tocar música. Espero que
seja o mesmo connosco. Tudo o que podemos fazer é colocar o melhor show que pudermos e espero que nos
iremos ligar com o público daí. Estou confiante de que o faremos.
Obrigado
Charlie. Foi um prazer poder conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma
coisa?
A ti também! Muito obrigado pela
oportunidade. Os TCLB estão ansiosos para espalhar a sua música ao redor do
mundo. Espero que nos venhas ver num espectáculo próximo da tua área! Obrigado
novamente!
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