Entrevista: Mindfeels

Durante cerca de 20 anos os Dejanira dedicaram-se a homenagear os seis ídolos, os Toto. Agora o coletivo achou que estava na altura de criar as suas próprias canções. Assim nasceram os Mindfeels, que, naturalmente, praticam AOR e são influenciados pela mesma instituição musical que homenageavam. O baterista Italo Graziana dedicou algum do seu tempo a falar com Via Nocturna a respeito deste álbum e da evolução da banda.
 
Olá Italo, tudo bem? Obrigado pela tua disponibilidade. Os Mindfeels têm uma carreira de cerca de 20 anos, mas com algumas nuances curiosas. Por exemplo, inicialmente chamavam-se Dejanira. Quando sentiram a necessidade e por que mudaram de nome?
Olá! Muito obrigado! Bem, na verdade, crescemos juntos! Começamos a tocar juntos em 1994, há muitos anos!! O nome Dejanira ainda existe e é uma banda de tributo aos Toto. Somos nós quatro mais Christian Rossetti nos teclados e Gloria Strippoli na voz. Por decisão da nossa editora, decidimos, ter um nome diferente para este projeto de música original, um nome que melhor reflectisse a nossa música, daí que o nome Mindfeels tenha nascido em 2017.

Durante muito tempo dedicaram-se a tocar covers dos Toto. Em que sentido esta fase foi importante para o crescimento da banda?
A importância de tocar juntos e compartilhar os mesmos gostos musicais, praticar juntos no seu instrumento, pensamos que é uma fase importante de cada músico que está a crescer e a tentar tornar-se um melhor executante a cada dia. Todos os músicos deste planeta passaram por esse tipo de experiência.

Também em termos de formação, sofreram algumas mudanças. Neste momento a formação está estabilizada?
Todas as mudanças de formação que tivemos ao longo dos anos foram exclusivamente nos teclados e vocalista. A guitarra e a bateria nunca mudaram desde 1994 e agora, felizmente, temos um line-up estável!!

Mas neste álbum, o teclista é um convidado. Numa banda dentro do vosso género, os teclados são fundamentais. Há possibilidades de terem um membro permanente neste instrumento?
Christian, que tocou algumas músicas no álbum, é o teclista da banda de tributo aos Toto. Nas músicas usamos teclados programados porque o álbum foi escrito e executado apenas por Luca, Roberto e eu, acrescentado do Davide no final da fase de pré-produção. Por enquanto, pensamos ficar com esta formação em quarteto, durante algum tempo. Veremos, no futuro, se um teclista permanente nesta formação possa funcionar.

Também há essa questão de terem mudado de uma para um vocalista. O que procuraram atingir com essa mudança?
Bem, não foi intencional. No passado trabalhamos com a Raffaella e correu muito bem, mas a vida muda e separamo-nos. Davide é um grande amigo de todos e foi uma escolha melhor para este estilo de música AOR.

Foquemo-nos em XXenty, um disco que reflete, penso eu, toda o vosso trajeto de cerca de 20 anos. Naturalmente satisfeitos?
Tem sido um longo processo, mas estamos muito satisfeitos com os resultados conseguidos até agora! Tivemos a sorte de encontrar uma editora que nos apoia muito e com verdadeira paixão! A Art of Melody Music está a fazer um trabalho maravilhoso!

Foi um processo fácil, ou não, todo este trajeto que vos levou até XXenty?
Como já referi, não foi um processo simples que nos levou a XXenty, mas talvez o facto de não ter prazos e poder trabalhar utilizando todo o tempo que queríamos, permitiu-nos obter um resultado do qual estamos muito orgulhosos e que esperamos satisfaça todos os fãs deste tipo de música.

Como descreverias XXenty nas tuas próprias palavras para quem não vos conhece?
XXenty é o resultado da experiência adquirida em mais de 20 anos de música juntos, tocando o que gostamos de tocar e tentando compor música que possa homenagear todos os artistas que inevitavelmente influenciaram o nosso caminho de crescimento.

Como surge Kenneth Bremer, do site Blue Desert, a escrever as notas no vosso álbum?
Kenneth já tinha ouvido previamente o nosso disco graças à editora, gostou e foi muito gentil em ter escrito as notas interiores do booklet.

Que projetos e objetivos têm em mente para o futuro?
Começar o mais rápido possível a trabalhar no nosso segundo álbum. Gostaríamos de reorganizar algumas peças escritas há algum tempo e escrever novas, tentando melhorar alguns aspetos e ter um segundo álbum no próximo ano, se possível.

Muito obrigado, Italo. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Sim! Uma mensagem para todos os amantes de música! Apoiem a música original tocada e produzida com paixão e sacrifício e vão aos concertos ao vivo, apoiem os eventos musicais para garantir que todas estas coisas lindas possam ter um seguimento! Obrigado Pedro e obrigado Via Nocturna por esta entrevista!!




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