Entrevista: Lugnet


Procuram mais a boa vibe que o take perfeito. E a verdade é que com Nightwalker conseguem atingir a mais perfeitas das vibes. É assim o segundo álbum dos suecos Lugnet, banda de gente conhecida de outras ambiências, e que se começa a destacar no cenário do hard rock baseado nos sons dos anos 70. Foi com o baterista Fredrik Jansson-Punkka que falamos a respeito deste lançamento.

Olá Fredrik, como estás? Em primeiro lugar, obrigado por esta entrevista com Via Nocturna. Podes apresentar os Lugnet aos rockers portugueses?
Olá, os Lugnet começaram há cerca de 7 anos num subúrbio de Estocolmo. Tocamos rock clássico dos anos 70. O nosso primeiro álbum homónimo foi lançado há 3 anos e o segundo chamado Nightwalker foi lançado no dia 25 de janeiro.

Como foi a evolução dos Lugnet desde essa estreia homónimo?
As músicas do primeiro álbum são um pouco mais básicas do que o novo material. Temos dois novos membros que fizeram as músicas atingirem um novo nível. O nosso vocalista Johan Fahlberg está mais tempo a organizar o trabalho vocal, há mais camadas e ele é brilhante a escrever refrões que ficam na cabeça como cola. E também é um ótimo vocalista. O membro mais novo, Matti Norlin, além de ser um guitarrista incrível, é um génio quando se trata de fazer as músicas soar melhor. Todos os ruídos estranhos como mellotrons, mouthharps e o resto é o seu trabalho. Também misturou a totalidade do álbum e conferiu-lhe uma vibe mais natural.

E como foi a vossa abordagem musical desta vez?
Quase a mesma de sempre. Tentamos escrever músicas sólidas com um groove que soasse tão bem há 20 anos ou mais como hoje. Eu sei que é muito pretensioso dizer que estamos a fazer música intemporal, mas, para mim, a música que tem as suas raízes no blues nunca soará datada.

Exatamente, Nightwalker leva os ouvintes a uma incrível viagem no tempo através das raízes do rock. Quais são as vossas principais influências?
Um conjunto de bandas de rock assentes nos blues dos anos 70, obviamente. Os Black Sabbath são sempre o número um para mim. Deep Purple, Free, Led Zeppelin, Rainbow e Mahogany Rush também merecem ser mencionados.

Qual o significado da imagem da capa? Foi desenhada por Robin Gnista, certo?
É isso mesmo, ele fez o artwork. Enviamos-lhe as músicas e explicamos o que não queríamos e em pouco tempo ele surgiu com esta capa. Estamos muito satisfeitos com isso, encaixa-se muito bem com a música.

Mantém-se como membros das outras bandas? É fácil conciliar todas as agendas?
Sim, mantemos. Johan toca com os Jaded Heart, Matti e nosso baixista Z tocam numa banda chamada Badge e eu toco com os Angel Witch. Por isso, sim, tentar ter todos juntos na sala de ensaios, às vezes chega a ser um pesadelo.

Mas, pelo menos por agora, os Lugnet são a principal prioridade?
Sim! Neste momento estamos focados neste lançamento e nos próximos que já temos agendados até agora.

Gravaram nos Heavy Electric Sound Studios – como foi essa experiência?
Foi ótima! É uma atmosfera muito descontraída. Nós somos o tipo de banda que não passa muito tempo em estúdio. Tentamos mais capturar uma boa vibe do que o take perfeito. Isso pode levar uma eternidade e o momento pode perder-se. Tentamos gravar o máximo possível ao vivo, como banda, para que toda a vibração desse estúdio se encaixasse perfeitamente em nós.

E a partir de agora? O que têm planeado para levar Nightwalker para palco?
Temos bastantes espectáculos aqui na Suécia, mas ainda nada fora. Queremos tocar tanto quanto possível.

Muito obrigado, Fredkik! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pela entrevista. Visitem o nosso site www.lugnetrock.com, se quiserem.




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