Apresentando uma postura completamente descomprometida onde não há limites à criatividade, os Karuniiru assumem-se como uma das mais sérias e alternativas propostas saídas do underground nacional. Para conhecer melhor este estranho e bizarro colectivo Via Nocturna contactou o grupo que pela voz dos muito bem dispostos baixista Banzai e vocalista Domino Pawo, explicam um pouco da loucura deste projecto.
Antes de mais expliquem-nos o projecto Karuniiru.
BANZAI (B): Explica tu Domino, que eu nem sei como cá vim parar.
DOMINO PAWO (DP): Eeerm..(risos)...tentando resumir isto em poucas palavras o projecto Karuniiru consiste na persistência e teimosia de uma cabeça, que recentemente passou a cinco cabeças. Actualmente, gosto de pensar que somos um grupo em código aberto sobre um fio condutor que queremos que seja comum a todos nós.
Este primeira amostra do vosso trabalho parece muito virado, em termos estéticos para o oriente, nomeadamente Japão. Algum motivo especial?
DP: Tem tudo a ver com as bases de criação de Karuniiru, uma mistura de Ocidente/Oriente. Existem vários motivos, um deles é que no Japão o visual das bandas desde finais dos anos 80 foi levado a um extremo não alcançado no Ocidente (salvo raras excepções), por várias razões, sejam culturais, sociais ou outras. Penso que o Japão do final de século XX conseguiu fazer renascer a chamazinha que faz falta ao Rock. Gosto de pensar que em termos de estética, temos a nossa própria, a tal mistura ocidente/oriente.
Também em termos visuais apresentam uma forte componente. Há algum conceito subjacente a isso?
B: Basicamente são aqueles pequenos demónios interiores que adoptamos como personas e que ganham cor. Ou isso ou gostamos de usar as maquilhagens das mães ou namoradas.
DP: O próprio conceito de Karuniiru é Arte pela Arte, logo tudo o que à partida os outros tentam ocultar, nós mostramos a quem quiser ver; penso na música como um delicioso borrão de tinta salpicado por palavras e sons, sendo que nós personificamos esses borrões ou demónios (como disse e bem o Banzai), usando por exemplo maquilhagens, que dão sempre bastante jeito serem as das mães, amigas ou namoradas...pois essas coisas são muito caras, mas eu gosto mais de usar a minha.
Este trabalho, Stupidity, de três temas teve como objectivo a apresentação da banda. Como têm sido as reacções?
DP: Tem sido reacções típicas de pessoas que estão fartas de viver neste marasmo civilizacionaL e que desesperam pela mudança.
B: Muitíssimo positivas. Surpreendentemente as pessoas aderem muito bem e os concertos estão cada vez mais populados. É bom saber que o esforço começa a dar frutos tão cedo e isso ainda nos dá mais pica para continuar.
Musicalmente, Stupidity abrange um leque muito vasto de influências. Conseguem descrever ou classificar a vossa sonoridade?
DP: Sinto-me suspeito ao tentar descrever ou classificar a nossa sonoridade. Deixo isso para os críticos, mas gosto de pensar que é uma verdadeira amálgama de muita coisa, assente numa base mais sólida, crua, pesada e insana.
B: É muito difícil descrever a sonoridade visto que é um misto de muitos estilos, que advêm de cada um; por exemplo eu gosto mais de Funk, Old-School Disco, Rock e Metal como é óbvio e alguma música electrónica. Cada um tem o seu estilo que injecta nas músicas e as coisas saem naturalmente.
Antes de mais expliquem-nos o projecto Karuniiru.
BANZAI (B): Explica tu Domino, que eu nem sei como cá vim parar.
DOMINO PAWO (DP): Eeerm..(risos)...tentando resumir isto em poucas palavras o projecto Karuniiru consiste na persistência e teimosia de uma cabeça, que recentemente passou a cinco cabeças. Actualmente, gosto de pensar que somos um grupo em código aberto sobre um fio condutor que queremos que seja comum a todos nós.
Este primeira amostra do vosso trabalho parece muito virado, em termos estéticos para o oriente, nomeadamente Japão. Algum motivo especial?
DP: Tem tudo a ver com as bases de criação de Karuniiru, uma mistura de Ocidente/Oriente. Existem vários motivos, um deles é que no Japão o visual das bandas desde finais dos anos 80 foi levado a um extremo não alcançado no Ocidente (salvo raras excepções), por várias razões, sejam culturais, sociais ou outras. Penso que o Japão do final de século XX conseguiu fazer renascer a chamazinha que faz falta ao Rock. Gosto de pensar que em termos de estética, temos a nossa própria, a tal mistura ocidente/oriente.
Também em termos visuais apresentam uma forte componente. Há algum conceito subjacente a isso?
B: Basicamente são aqueles pequenos demónios interiores que adoptamos como personas e que ganham cor. Ou isso ou gostamos de usar as maquilhagens das mães ou namoradas.
DP: O próprio conceito de Karuniiru é Arte pela Arte, logo tudo o que à partida os outros tentam ocultar, nós mostramos a quem quiser ver; penso na música como um delicioso borrão de tinta salpicado por palavras e sons, sendo que nós personificamos esses borrões ou demónios (como disse e bem o Banzai), usando por exemplo maquilhagens, que dão sempre bastante jeito serem as das mães, amigas ou namoradas...pois essas coisas são muito caras, mas eu gosto mais de usar a minha.
Este trabalho, Stupidity, de três temas teve como objectivo a apresentação da banda. Como têm sido as reacções?
DP: Tem sido reacções típicas de pessoas que estão fartas de viver neste marasmo civilizacionaL e que desesperam pela mudança.
B: Muitíssimo positivas. Surpreendentemente as pessoas aderem muito bem e os concertos estão cada vez mais populados. É bom saber que o esforço começa a dar frutos tão cedo e isso ainda nos dá mais pica para continuar.
Musicalmente, Stupidity abrange um leque muito vasto de influências. Conseguem descrever ou classificar a vossa sonoridade?
DP: Sinto-me suspeito ao tentar descrever ou classificar a nossa sonoridade. Deixo isso para os críticos, mas gosto de pensar que é uma verdadeira amálgama de muita coisa, assente numa base mais sólida, crua, pesada e insana.
B: É muito difícil descrever a sonoridade visto que é um misto de muitos estilos, que advêm de cada um; por exemplo eu gosto mais de Funk, Old-School Disco, Rock e Metal como é óbvio e alguma música electrónica. Cada um tem o seu estilo que injecta nas músicas e as coisas saem naturalmente.
Mas quais serão as vossas principais influências ou consideram-se mais como criadores que, propriamente, influenciados?
DP: Eu sou influenciado por tudo o que me rodeia, mas considero-me um criador. Criar o terror e o amor, criar emoções, fazer saltar cá para fora o que as pessoas mais temem. A realidade dura e crua, sem falsas pretensões e remetendo para o esquecimento os contos de utopias do género: e viveram felizes e em paz para sempre. A Utopia leva à auto-destruição da alma, corrompendo-a até ao tutano.
Já estão a preparar algo mais substancial, em termos de duração de música, para breve?
B: Estamos sempre a preparar algo, a máquina Karuniiru não pára nunca, mesmo quando cada um está no seu trabalho ou escola, costumo ligar para o Domino e dizer “Eia man! Tive uma ideia brutal!”… é assim que funcionamos.
DP: De facto é uma verdade inegável, somos umas prostitutas da comunicação. Horas e horas a comunicar, dava-me jeito um telemóvel incorporado no ouvido.
Como são os Karuniiru ao vivo?
DP: Eu vejo os Karuniiru como a personificação de cinco seres que estão presentes para dar um estalo mesmo no meio dos olhos à dogmatização instaurada em pleno séc XXI.
B: São uma mistura de samurais sentados em contentores que combatem contra as ondas com grãos de arroz incandescentes à luz solar dos faróis de nevoeiro do autocarro da meia-noite, mais ou menos isso… Tenho dito… Gosto de bolachas!
DP: Eu sou influenciado por tudo o que me rodeia, mas considero-me um criador. Criar o terror e o amor, criar emoções, fazer saltar cá para fora o que as pessoas mais temem. A realidade dura e crua, sem falsas pretensões e remetendo para o esquecimento os contos de utopias do género: e viveram felizes e em paz para sempre. A Utopia leva à auto-destruição da alma, corrompendo-a até ao tutano.
Já estão a preparar algo mais substancial, em termos de duração de música, para breve?
B: Estamos sempre a preparar algo, a máquina Karuniiru não pára nunca, mesmo quando cada um está no seu trabalho ou escola, costumo ligar para o Domino e dizer “Eia man! Tive uma ideia brutal!”… é assim que funcionamos.
DP: De facto é uma verdade inegável, somos umas prostitutas da comunicação. Horas e horas a comunicar, dava-me jeito um telemóvel incorporado no ouvido.
Como são os Karuniiru ao vivo?
DP: Eu vejo os Karuniiru como a personificação de cinco seres que estão presentes para dar um estalo mesmo no meio dos olhos à dogmatização instaurada em pleno séc XXI.
B: São uma mistura de samurais sentados em contentores que combatem contra as ondas com grãos de arroz incandescentes à luz solar dos faróis de nevoeiro do autocarro da meia-noite, mais ou menos isso… Tenho dito… Gosto de bolachas!
KARUNIIRU FTW!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarnice entrevista ^^ e bolachas e bom :D
ResponderEliminarKaruniiru !!! ^.^
ResponderEliminar