Review: The End (Devil In Me)

The End (Devil In Me)
(2010, Rastilho)

Os Devil In Me são um dos nomes mais bem sucedidos dentro do metal contemporâneo produzido em Portugal e com dois álbuns (Born To Loose e Brothers In Arms) e um DVD (Live Fast Die Young) editados, permitiu-lhes viajar pela Europa e Estados Unidos acompanhando nomes como Sick Of It All, Madball ou Comeback Kid. Com a experiência acumulada partiram para a gravação do seu terceiro trabalho, chamando para a produção Andrew Neufeld (que também participa no tema The Fall), vocalista dos Comeback Kid e Sights & Sounds. E a criação actual superou tudo o que a banda fez anteriormente. São 12 hinos de melodias arrebatadoras cruzadas com uma postura punk-hardcore impetuosa adicionado de uma expressiva vertente épica e trágica que se revê na análise profética do fim catastrófico dos nossos tempos. Musicalmente, os Devil In Me apresentam um trabalho forte, denso e onde o groove desempenha um papel fundamental no equilíbrio dos temas. Estes são, de uma maneira geral, curtos, directos e incisivos, mostrando-nos uns vocais agonizantes que destacam por cima de uma secção rítmica muito forte e dinâmica e das guitarras cheias e poderosas. Após uma curta intro, a abertura das hostilidades faz-se em grande nível com The End e On My Own a apresentarem o álbum em patamares elevados. The End, é uma faixa muito forte, bem construída, plena de groove e de coros épicos; On My Own, por sua vez, entra noutros campos, revelando algumas reminiscências stoner. Ao poder de fogo já demonstrado, Push Twist & Turn e Right My Wrongs, introduzem velocidade, sendo que, a evolução dos temas acaba por os levar para ambientes mais compassados em determinadas fases dos mesmos. Essa velocidade regressa, depois de uma curta acalmia em Postponed, em The Fall. Para o final estão guardadas outras surpresas, a começar com City Of The Broken Dreams, a meio tempo, compassada, com um groove fantástico; a continuar com o hino que é Beast, a melhor faixa de The End, quanto a nós, pelos leads de guitarra e pelos coros épicos; e a terminar na peça thrash/death metal extremamente rápida que é Clain My World. Tudo elementos diferenciados que contribuem para que The End se mostre um disco pesado mas ao mesmo tempo suficientemente diversificado para conseguir atrair diversas facções de fãs.

Tracklist:
1. Day Of Reckoning
2. The End
3. On My Own
4. Push Twist & Turn
5. Right My Wrongs
6. Postponed
7. The Fall
8. Crossroads
9. Doomsday
10. City Of The Broken Dreams
11. Beast
12. Claim My World

Line up:
Poli
Matos
Bolo
Pedreiro
Tiago

Internet:

Edição: Rastilho

Comentários

  1. Esta review morreu a partir de "metal contemporâneo". Que coisa mais palerma para se dizer!

    Shame on you, Pedro Carvalho.

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