Victims Of The Modern Age (Star One)
(2010, InsideOut)
Arjen Lucassen é um dos mais proeminentes criadores do metal na sua vertente mais progressiva, sendo que Ayreon será o seu projecto com maior visibilidade. No entanto, nas horas livres o músico holandês, com uma carreira superior a três décadas, dedica-se a criar outras sonoridades. Mais recentemente foi o álbum On This Perfect Day dos Guilt Machine, publicado em 2009, mas facilmente nos lembraremos de Ambeon ou Stream Of Passion. Star One é outro dos seres criados pelo multi-instrumentista que estava parado desde 2002, altura da edição de Space Metal. Oito anos depois dá-se o regresso com algumas diferenças: a história desce do espaço à terra e endurece. Este é, por isso, seguramente o disco mais pesado, mais obscuro e mais orientado para as guitarras da sua carreira. Mas, independentemente disso, os teclados estão muito presentes no seu inconfundível estilo sci-fi. Em termos vocais, a lista ficou mais restrita, mas ainda assim, este é um disco de superior qualidade neste segmento. As provas são dadas, por exemplo, em Digital Rain com um final à capella com um excelente jogo de vozes; em Cassandra Complex com a raridade de escutarmos uma secção de baixos nas vozes; ou, finalmente, em It All Ends Here, onde, de facto, o nível vocal atinge a excelência. Apesar do referido aumento de agressividade, com riffs muito pesados, densos e obscuros, a linha criativa de Arjen Lucassem é perfeitamente identificável. Em Earth That Was, por exemplo, os coros aproximam-se muito do trabalho dos Ayreon. O psicadelismo dos anos 70 também está muito presente, nomeadamente no trabalho de teclados e na influência pinkfloydiana em It All Ends Here. O que realmente acaba por surpreender é alguma tendência doom que pontualmente surge disseminada pelo disco, com especial ênfase em Cassandra Complex ou It All Ends Here. A longa faixa que fecha o disco já foi três vezes aqui referida. E o caso não é para menos porque se trata de uma faixa fantástica que encerra o álbum num elevado patamar de qualidade, se bem que todo o álbum esteja, como é normal com o músico holandês, num nível de excelência só ao alcance de génios.
Tracklist:
1. Down The Rabbit Hole
2. Digital Rain
3. Earth That Was
4. Victim Of Modern Age
5. Human See, Human Do
6. 24 Hours
7. Cassandra Complex
8. It’s Alive, She’s Alive, We’re Alive
9. It All Ends Here
Line Up:
Russel Allen, Damian Wilson, Dan Swano, Floor Jansen, Tony Martin, Mike Andersson, Rodney Blaze – vocais
Arjen Lucassen – guitarras e teclados
Ed Warby – bateria
Peter Vink – baixo
Joost van der Broek – teclados solo
Gary Wehrkamp – guitarra solo
Internet:
http://www.arjenlucassen.com/
www.myspace.com/ayreonauts
Edição: InsideOut
(2010, InsideOut)
Arjen Lucassen é um dos mais proeminentes criadores do metal na sua vertente mais progressiva, sendo que Ayreon será o seu projecto com maior visibilidade. No entanto, nas horas livres o músico holandês, com uma carreira superior a três décadas, dedica-se a criar outras sonoridades. Mais recentemente foi o álbum On This Perfect Day dos Guilt Machine, publicado em 2009, mas facilmente nos lembraremos de Ambeon ou Stream Of Passion. Star One é outro dos seres criados pelo multi-instrumentista que estava parado desde 2002, altura da edição de Space Metal. Oito anos depois dá-se o regresso com algumas diferenças: a história desce do espaço à terra e endurece. Este é, por isso, seguramente o disco mais pesado, mais obscuro e mais orientado para as guitarras da sua carreira. Mas, independentemente disso, os teclados estão muito presentes no seu inconfundível estilo sci-fi. Em termos vocais, a lista ficou mais restrita, mas ainda assim, este é um disco de superior qualidade neste segmento. As provas são dadas, por exemplo, em Digital Rain com um final à capella com um excelente jogo de vozes; em Cassandra Complex com a raridade de escutarmos uma secção de baixos nas vozes; ou, finalmente, em It All Ends Here, onde, de facto, o nível vocal atinge a excelência. Apesar do referido aumento de agressividade, com riffs muito pesados, densos e obscuros, a linha criativa de Arjen Lucassem é perfeitamente identificável. Em Earth That Was, por exemplo, os coros aproximam-se muito do trabalho dos Ayreon. O psicadelismo dos anos 70 também está muito presente, nomeadamente no trabalho de teclados e na influência pinkfloydiana em It All Ends Here. O que realmente acaba por surpreender é alguma tendência doom que pontualmente surge disseminada pelo disco, com especial ênfase em Cassandra Complex ou It All Ends Here. A longa faixa que fecha o disco já foi três vezes aqui referida. E o caso não é para menos porque se trata de uma faixa fantástica que encerra o álbum num elevado patamar de qualidade, se bem que todo o álbum esteja, como é normal com o músico holandês, num nível de excelência só ao alcance de génios.
Tracklist:
1. Down The Rabbit Hole
2. Digital Rain
3. Earth That Was
4. Victim Of Modern Age
5. Human See, Human Do
6. 24 Hours
7. Cassandra Complex
8. It’s Alive, She’s Alive, We’re Alive
9. It All Ends Here
Line Up:
Russel Allen, Damian Wilson, Dan Swano, Floor Jansen, Tony Martin, Mike Andersson, Rodney Blaze – vocais
Arjen Lucassen – guitarras e teclados
Ed Warby – bateria
Peter Vink – baixo
Joost van der Broek – teclados solo
Gary Wehrkamp – guitarra solo
Internet:
http://www.arjenlucassen.com/
www.myspace.com/ayreonauts
Edição: InsideOut
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