Quem se deliciou com as melodias cativantes dos Oratory deve rejubilar por saber que Miguel Gomes está de volta com um novo projecto. Waterland nasceu para ser só isso mesmo: um projecto. Mas a qualidade de dois trabalhos obrigou ao crescimento do grupo que já pondera e já se prepara para ir para a estrada. De tudo isso e muito mais nos confidenciou o próprio guitarrista Miguel Gomes.
Sendo já esta a segunda parte da história de Waterland, podes descrever-nos, de forma sucinta, esta história?
Olá! No Planeta C64-A.tipo2 existem 4 cidades IceLand, RiverWood, Fireland e Waterland. Waterland é uma cidade imortal, uma junção de gazes e componentes químicos concentrados numa das zonas do planeta que leva a que Waterland se torne único e desejado por todos povos desse planeta. Cada CD de Waterland é um avançar na história, cada música é um capítulo dessa mesma história.
Quais são as principais diferenças entre Virtual Time e Waterland?
São muitas. O primeiro CD é mais orquestral e com melodias mais simples e directas. A qualidade do som é nitidamente inferior. O Virtual Time é um CD com outros elementos. Sons electrónicos, mais guitarras, temas mais rápidos, mais vozes com mais coros e arranjos. Mas com a mesma essência que o outro. Foram dois anos de trabalho para haver uma diferenciação entre ambos, neste caso para melhor.
Entretanto, os Waterland foram crescendo. Qual é o seu lineup, actualmente?
Sim, no início era somente eu e o Marco Alves, isto em 2007. Em 2008 entrou o Bruno Gomes (vocalista) em 2009 o Tó Silva (teclados) e, recentemente, em 2010 o Tiago Moreira (bateria) e o Tiago Alexandre (baixo).
Apesar de apareceres nos créditos como interpretando todos os instrumentos, o alargamento da banda, têm-te facilitado a vida nesse campo, não?
Sim claro. O próximo CD será assim mais fácil e rápido de finalizar, já que será gravado pelos novos membros, mas, será na mesma todo ele elaborado por mim, como sempre foi até agora.
E como surgiu a ideia de convidar um locutor de rádio para as narrações?
O Manuel de Melo é um amigo de longa data e o responsável do lendário programa Sinfonias de Aço e como estávamos a precisar de narrações para o CD o Melo era a pessoa indicada tendo também em conta a sua qualidade e experiência de muitos anos de rádio.
Este teu projecto acaba por ser um pouco diferente do tradicional metal melódico pela inclusão de ritmos quase dançáveis e muitos teclados numa linha claramente pop. Essa linha de orientação surgiu naturalmente? E que influências os Waterland misturam na concepção dos seus temas?
Bem não é fácil descrever a sonoridade de Waterland. Quem ouve sabe que é metal melódico, mas não se trata só disso. Existem outros elementos que misturados dão Waterland. Temos alguma sonoridade dos anos 80, sons electrónicos, a velocidade e as melodias vocais que são pensadas de forma a não caírem no exagero.
No entanto, musicalmente, ainda se nota, naturalmente, digo eu, alguma influência Oratory. Podes dizer-nos em qual o ponto da situação em relação a eles?
Sim, Waterland terá sempre algumas semelhanças com Oratory embora que vagas ou subjectivas. Bem Oratory está parado, temos planos para voltarmos e gravarmos um novo álbum, mas ainda não decidimos o timing correcto para nos dedicarmos a 100% a Oratory.
Entretanto já foram produzidos dois videoclips. Podes falar um pouco deles?
Os 2 video clips são obra de Marco Neiva com a colaboração de Paulo Ralha. O Marco Neiva é um dos impulsionadores do 3D em Portugal. Um excelente produtor e realizador com uma óptima visão. Tem um futuro enorme pela frente. Falando dos vídeos, são 2 vídeos promocionais gravados em HD que serve de apresentação do novo álbum de Waterland.
Para já a promoção tem sido feita com alguma calma. Temos muito tempo para apresentar o CD. A divulgação lá fora ainda não começou em concreto. Dependerá de algumas negociações que estão em curso. Temos tido excelentes reacções ao novo álbum, o que é motivador para nós, dando-nos mais força.
E contactos com editoras para a edição deste trabalho, já há alguma novidade?
Estamos em negociações com uma editora! Não te posso adiantar muito mais. As editoras hoje dizem uma coisa, amanhã pode ser outra. Temos sempre que estar atentos para não cometer alguns erros do passado. Mas estou confiante.
E quanto a concertos de promoção a Virtual Time, o que podes desde já adiantar? E qual será a banda que vos acompanharão?
Para já estamos concentrados em conseguir transmitir o CD ao vivo. Os ensaios estão a acontecer regularmente e com tranquilidade. Vamos ver se para o inicio do próximo ano já podemos actuar ao vivo. Seria fantástico tendo em conta que Waterland só foi feito a pensar em ser um projecto. Ainda não pensamos em bandas mas no inicio será sempre bandas amigas e próximas de nós
A terminar, queres acrescentar algo mais que ainda não tenha sido abordado e que consideres pertinente?
Gostava de poder agradecer às pessoas que têm acreditado em nós e que continuam a dar-nos força para continuar a crescer. De igual modo gostaria de agradecer-te pela entrevista e pelo apoio a Waterland. Um muito obrigado a todos.
Gosto muito do som!! Acho que têm um futuro promissor.. Espero assistir ao primeiro concerto!!
ResponderEliminarE o Miguel tem muito talento :)
Kat