Entrevista - Godofe Keios

Oriundos de Raiktapartah, os guerreiros vikings Godofe Keios estão a viver a sua segunda era e Bent Beak é o seu segundo registo histórico. Defensores das coisas boas, espalham a palavra do Deus Halibute na sua linguagem própria e num dos ensaios da banda, resolveram dedicar algum tempo a algumas questões colocadas por Via Noturna. Eis o resultado.


Para começar, podem apresentar os Godofe Keios?
Nos somos guerreiros de Raiktapartah, adoramos o Deus de tudo o que é bom, Halibut, e combatemos contra as forças do do Deus do menos bom, Ananax. Juntos espalhamos a fé e a palavra de Halibut por novas terras, contado estórias em forma de modas sobre as nossas batalhas.

Na vossa existência há duas eras distintas. O que separa essas duas eras?
O antes e o depois, que se pode resumir a música má e música menos má. Na Primeira Era as modas eram mais despreocupadas e mais focadas na teatralidade/parvoice. Os instrumentos só chegaram a Raiktapartah na Segunda Era, desde o inicio dessa mesma que estamos a tentar a aprender a tocar. Também podemos afirmar que se caracterizou por todo o tipo de dificuldades técnicas e logisticas (não havia lojas em Raiktapartah).

Para esta segunda era adicionaram um teclista. De alguma forma teve influência na sonoridade Gofofe Keios?
As teclas estiveram sempre presentes só que a missão era partilhada por vários guerreiros: Egill Pikallagrissom, Kollskegg Partt’ukuh, Antti. Mas nenhum conseguiu superar o nosso falecido guerreiro Muvo (leitor de mp3). Nesta Segunda Era temos um guerreiro dedicado às teclas e aos arranjos florais. Abençoado seja por Halibut!

Na segunda era este é já o vosso segundo trabalho. De que forma é vocês caracterizariam Bent Beak?
Bom, o Bent Beak foi um bico d’obra, primeiro porque tivemos muito tempo parados devido a um corte de luz em Raiktapartah. Depois porque foi dificil reunir os guerreiros para mais uma missão. Pôs-se também um winter block no nosso caminho (fenómeno vivido neste momento pelos Wintersun), ultrapassado com muita força na verga e fazendo das tripas coração. Durante o Under Testicular Gode houve muitas baixas na banda sendo este de cariz mais experimental. O Bent Beak é assim o crème de la crème de Godofe Keios e a fasquia mínima a partir de agora.

Todo o imaginário literário é criado pela banda. Podem explicar um pouco esse povo a que pertencem e os deuses que adoram?
Imaginário? Acho que a pergunta não é correta. Nós não somos malucos! O povo de Raiktapartah é um povo fiel ao Deus Halibut. Somos inimigos mortais dos infames Amigos do Alheio, liderados pelo Deus Ananax. Somos guerreiros treinados desde tenra infância na arte das armas e da parvoíce. Usamos indumentária Viking porque isso é a coisa mais poderosa alguma vez vista. Para uma visão mais completa achamos por bem que consultem o nosso site: www.godofekeios.com .

Também a linguagem é uma criação vossa. Como surgiu a ideia e de que forma criam os termos?
A linguagem é a identidade de qualquer povo, para caracterizar melhor esse povo tão peculiar tivemos que criar uma linguagem própria. A ideia basicamente surgiu de o Antti não saber escrever God of Chaos em Inglês...e Puff! Fez-se o Xokhapik. O Tapartikoh é algo de que muito nos orgulhamos.

Um dos aspetos a retirar é o vosso sentido de humor. É por, normalmente, o metal ser muito negro e depressivo?
Sim, desde o inicio que um dos objetivos de GoK foi desmistificar o metal como sendo algo escuro e depressivo. Uma das formas de fazer isso foi levar esse estereótipo ao extremo. Em GoK podem encontrar várias influências e até características mais denunciadas em certas músicas, usamos o som para criar uma relação direta com um ou outro estilo de metal, e as letras para mostrar que nada disto é negro ou depressivo.

Por falar em sentido de humor, como surgiu a ideia de desconstruir o tema Let It Be?
A música é sobre a morte do Mijah e a expressão Let it Be enquadrava-se na história. Para além disso, era a única música que o Mijah tinha no Aipode.

Em termos musicais quais são as vossas principais influências?
Ensiferum, Borknagar, Bon Jovi, Wintersun, Chave D’Ouro e Fintroll.

O vosso site não está nem estará escrito no novo acordo ortográfico. Porque? O que acham desse acordo?
Achamos que assassinar a expressão escrita de um povo é deturpar a identidade desse mesmo povo. O acordo ortográfico foi uma mais valia...mais valia estarem quietos.

Tem tido apresentações ao vivo para promover Bent Beak? E próximas datas já previstas?
Terminamos este projeto recentemente e estamos prontos para espalhar a palavra de Halibut. Por equanto apenas temos confirmações para o verão, mas estamos abertos, tal e qual como uma mulher da vida, a todos os convites. Por isso vá a ver, convidem!

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