Formaram-se em 2004, mas só em 2011 apresentaram o seu
primeiro trabalho, simplesmente chamado Bridge
e… simplesmente soberbo. Com a vantagem de os temas irem crescendo e apurando ao longo do tempo, Bridge é uma
estreia como há poucas. Jeff Cafone, guitarrista e vocalista do quarteto
norte-americano, faz uma retrospetiva do passado e projeta um brilhante futuro
para os Outside The Box.
Podes apresentar os Outside The Box? Quando, quem e
porque formaram a banda? E porque demoraram tanto tempo para gravar o vosso
primeiro álbum?
Mark e eu formamos a banda quando tínhamos 14 e 15
anos de idade. Nós costumávamos jogar hóquei no gelo juntos e percebi que
gostávamos do mesmo tipo de música. Ainda demorou alguns anos até sabermos
tocar em palco e escrever canções. Eu acho que naquela idade não poderíamos
gravar um disco e ser significativo. As músicas que eu escrevia não provinham
de um encarar as coisas reais que fazem os grandes temas do rock ‘n’ roll. É preciso uma quantidade
infinita de tempo para desenvolver as preferências musicais, o ouvido para
ouvir, e eventualmente o próprio estilo. No final de 2010, sentimos que
tínhamos as músicas e a capacidade técnica para tentar o nosso primeiro longa
duração. Penso que fizemos uma boa escolha em esperar. Estamos muito orgulhosos
de Bridge. Em muitos aspetos, 2011
foi o ano 1 para os Outside The Box. Agora é altura de aproveitar esse momento
e olhar para projetos futuros. Os grandes músicos nunca param de mudar, crescer
e expandir. E isso é o que esperamos ser.
Quais são as vossas principais influências?
No meu Top
5 estão The Band, Wilco, The Hold Steady, Counting Crows e Bruce. Recentemente tenho ouvido coisas como Josh Ritter, Elvis Costello, Rilo
Kiley, Florence & The Machine, Fastball, Ryan Adams entre outros. Eu tento
ouvir álbuns do início ao fim e não saltar entre as faixas. Eu acho que a
maioria dos artistas pretende que os seus registos sejam ouvidos dessa maneira.
Eu sinto que é o meu trabalho como ouvinte para honrar isso. É a única maneira
que de se poder, realmente, entender e apreciar o trabalho como um todo.
Como decorreu o processo de gravação de Bridge?
Eu penso que antes de Bridge, as pessoas viam os Outside The Box como uma banda
exclusivamente "ao vivo". Quando nos propusemos a fazer o álbum,
estávamos preocupados em conseguir fazer a transferência de energia ao vivo
para o trabalho que fizemos em estúdio. Mantivemos sempre isso em mente quando
estávamos em gravações. Para este primeiro álbum, tínhamos mais de quatro anos
de material original para escolher. Começámos com uma lista de 27 canções e
reduzimo-la a 14. Foram gravadas 12 e 11 aparecem no disco. Uma vez que
esperamos tanto tempo para gravar o nosso disco tínhamos as músicas trabalhadas
ao vivo. Fomos para o estúdio muito bem ensaiados para não haver percas de
tempo. Muitas das canções foram totalmente tocadas na maior parte ao vivo, exceto os vocais e alguns overdubs.
Vocês têm tido muito sucesso. Nos Prémios Asbury Music
ganharam vários troféus e tiveram outras nomeações. Como vêm este reconhecimento?
É bom ser reconhecido pelos pares, mas eu realmente
odeio prémios. Para mim, parecem forçados e artificiais. Sucesso para mim é
medido pelo que nós realizamos na estrada e no estúdio. O verdadeiro prémio
está quando se ganha amigos e fãs e se cresce constantemente como músico.
Mas, sentem-se com mais responsabilidade para o
futuro, ou não?
Eu sinto que temos muito a provar. Nós fizemos um
álbum muito bom do qual estamos orgulhosos e eu não posso esperar para ter a
oportunidade de fazer um outro que seja dez vezes melhor. E depois disso,
um.... terceiro, quarto, quinto, e assim por diante
Bridge chega
agora à Europa e vocês também já estão a planear uma tournée europeia. Algo em especial em preparação? Quais são as
vossas expectativas?
Mal posso esperar para ir à Europa e compartilhar a
nossa música. Iremos em setembro e outubro. Será um grande passo para os
Outside The Box. Mas não estou só ansioso por essa tournée. Estou ansioso para ser bem sucedido desta vez e depois
voltar de novo e de novo, tanto quanto possível. Realmente quero aumentar a
nossa base de fãs na Europa e torná-la nossa segunda casa.
Já estão a trabalhar em novos temas?
Sim, mas não temos um calendário específico para
quando iremos gravar e lançar um próximo álbum. Sentimo-nos bem a escrever
canções com um projeto específico em mente. O próximo álbum vai ser mais focado
e condensado com personagens comuns, temas e definições. Eu não quero chamá-lo
de álbum conceptual, mas ele vai definitivamente ter uma continuidade forte do
início ao fim. Como eu disse anteriormente, fomos desenhando, em cerca de cinco
anos de composição, quando nos propusemos a fazer Bridge. Para o próximo álbum, a maioria das músicas será nova e
escrito em menos de um ano. É mais um desafio e presta-se a um projeto ainda
mais unido e coeso.
Para terminar, há mais alguma coisa que gostasses de
dizer aos fãs portugueses?
Eu mal posso esperar para fazer novos amigos e fãs
quando chegarmos a Portugal. Espero que todos possam obter uma cópia de Bridge no iTunes ou nosso site. Não
há sensação melhor do que tocar num espetáculo onde toda a gente cante junto!
Comentários
Enviar um comentário