Puro rock’n’roll com
misturas de southern rock e stoner, eis uma forma algo simplista de
apresentar os Low Torque banda que reúne um conjunto de músicos com créditos
firmados no cenário roqueiro
nacional. Descartando, desde logo, o rótulo de all star band, o guitarrista André Teixeira apresenta a Via
Nocturna a banda e o seu álbum de estreia.
Obrigado por acederem a responder a Via Nocturna. Os Low Torque
são um coletivo com gente experiente vinda de outras bandas com algum
reconhecimento. Como surgiu a vontade de se unirem neste novo projeto?
Nós criamos este projeto um pouco por
acaso. Inicialmente eu e o Hugo Raminhos encontramo-nos num bar onde
costumávamos beber uns copos e decidimos dar uns toques só naquela de
desenferrujar. Já não tinhamos nenhuma banda nessa altura e então a coisa
sucedeu assim. Depois fomos encontrando os restantes elementos um a um até
sermos quem somos hoje. Primeiro o Miguel Rita, depois o Marco Resende. À exceção
do Raminhos, que foi substituido pelo Arlindo Cardoso a banda mantém-se com os
membros originais desde o início.
De alguma forma sentem-se como uma “all star band”, dado o
currículo dos elementos?
De forma alguma... lol... num país
tão “pequeno” (de tantas formas!) sería no mínimo pretencioso considerarmo-nos
uma “all star band”. Somos apenas pessoas simples que tocam instrumentos e que
tentam fazer a música que gostam.
É verdade que vocês só tocaram instrumentais durante cerca de
um ano porque não encontravam um vocalista?
Sim, é verdade. O Marco Resende foi a
única voz possível para este projeto, das pessoas que tentaram ao longo desse
ano. Na nossa humilde perspetiva, claro.
Como descreveriam a sonoridade praticada pelos Low Torque e que
nomes ou correntes podem apontar como vossas influências?
Nós tocamos aquilo que nos sai
naturalmente. Mas assumimos que tocamos southern
rock com alguma dose de stoner metal.
As influências são inúmeras. Desde os clássicos como AC/DC, Black
Sabbath, ou até Thin Lizzy; aos ZZ top
ou Lynyrd Skynyrd; dos Kyuss aos Pantera; dos Black Label Society aos Alice In
Chains ou Soundgarden.. enfim, tudo o que rocka,
sem estilo nenhum definido particularmente. São demaisiadas as bandas que
crescemos a ouvir e que nos influenciam todos os dias.
Depois de um EP de 4 temas o ano passado, chegam agora ao longa
duração. Estão satisfeitos com o resultado final?
Nós por acaso lançámos logo o álbum!
No geral estamos muito satisfeitos, senão não tinhamos feito as coisas assim.
No dia em que fizermos música para agradar a terceiros, a banda acaba. Primeiro
fazemos o que gostamos, depois esperamos que alguém goste para podermos
continuar a tocar. O processo inverso, normalmente, dá merda.
Como decorreu o processo de gravação de Low Torque?
O álbum foi 100% gravado, misturado e
masterizado na nossa sala de ensaios e no meu estúdio em minha casa.
Entretanto, já com tudo pronto a respeito do vosso álbum,
ocorreu uma alteração no vosso line up,
certo? O que aconteceu?
Infelizmente o nosso ex-baterista
Hugo Raminhos decidiu sair da banda por motivos dele, pessoais, que nós
preferimos não divulgar publicamente, apesar de continuarmos grandes amigos.
Atualmente toca connosco o Arlindo que, como já referi acima, é um excelente
músico e nosso grande amigo. A vida tem destas coisas...
Conseguiram votos suficientes para irem ao Uproar Festival?
Não. Hahaha.
E por falar em concertos, como está a vossa agenda para os
próximos tempos?
Estivemos parados nestes 2 quentes
meses de verão e vamos voltar a carga já em setembro até ao final do ano. É
estarem atentos ao nosso facebook. Lá
divulgamos todas as datas com bastante antecedência.
E quais são os vossos projetos para os próximos tempos?
Tocar ao vivo, vender merchandise e gravar álbuns. Um por ano
de preferência.
A terminar, querem acrescentar algo para os nossos leitores?
Apoiem o rock nacional. Venham aos concertos.
Comentários
Enviar um comentário