Os Mother Abyss são um novo
coletivo nacional, oriundo de Viana do Castelo que junta elementos dos Burning
Man e The
Walking Dead. Influenciados por nomes como Old Man Gloom, Cult Of
Luna, Mastodon, Neurosis, Isis ou Converge, Burden é o seu EP de estreia. André Gonçalves, apresentou o projecto.
Viva! É um
prazer conversar convosco e obrigado pelo tempo despendido. Para iniciar, podes
falar um pouco de como nasceu este projeto?
Antes de mais, queria agradecer a
disponibilidade do Via Nocturna para esta entrevista. Este projeto nasceu muito
naturalmente. Inicialmente, eu, o Morgado e o Afonso juntamo-nos para tocar e
logo percebemos que resultávamos bem. Sentimos a necessidade de um segundo
guitarrista e a escolha mais óbvia foi o Nuno, pois já tínhamos tocado com ele
e partilhávamos os mesmos gostos musicais. A banda estava feita e a cada ensaio
percebíamos que aquela sintonia não era de desperdiçar. Entre um investimento
numa sala de ensaio e material, decidimos que Mother Abyss iria dar que falar.
Pertencendo a
outros coletivos, nomeadamente The Walking Dead e Burning Man, de que forma
ficou a vossa situação? Isto é, Mother Abyss é apenas um projeto paralelo ou
passa a ser a vossa prioridade número 1?
Mother Abyss começou há um ano atrás,
sensivelmente. Nessa altura eu e o Afonso ainda tocávamos com Burning Man e o
Morgado estava parado pois The Walking Dead tinha acabado bastante antes. Começou
como um projeto paralelo, não menos importante. Deixamos de ensaiar com Burning
Man em março de 2013 e recentemente acabamos. Desde março que nos temos
dedicado inteiramente a Mother Abyss, que se tornou a nossa prioridade.
Que objetivos
se propõem atingir?
Pretendemos fazer música da qual nos
orgulhamos, dar concertos de arrepiar os mais insensíveis e sobretudo
sentirmo-nos realizados com o que fazemos. É isso que nos faz andar para a
frente. Depois de promover o nosso E.P este ano, um álbum e uma tour são os próximos passos.
Vocês são
oriundos de Viana do Castelo. Como é a cena por aí atualmente? Aparentemente
não tem tido grande expressão…
No verão é complicado para as
promotoras agendarem concertos. Não há como competir com festivais de verão.
Neste momento, temos uma promotora bastante ativa em Viana do Castelo, a
Caveira Productions. Viana que se prepare, que vão ter concertos de qualidade.
O mais próximo será We Are The Damned dia 28 de setembro na AISCA.
Quais são as
vossas principais influências?
Não escondemos as nossas influências,
até porque são bastante fáceis de identificar. Pelo menos, aquelas que definem
o som da nossa banda. São bandas como Cult Of Luna, Old Man Gloom, Neurosis e
Mastodon.
Fala-me do EP
Burden, como definiriam o seu som?
São riffs e melodias de guitarra a navegar num baixo que ruge e numa
bateria imponente. É sludge, com uma vibe hardcore e post lá no meio. Pode ser feio, bonito e sombrio.
Neste
trabalho existe um conceito. Queres explaná-lo?
Existe uma história. Um romance real
onde impera o drama, o desespero, a morte. Como o álbum descreve, um fardo.
Já existem
temas disponíveis para audição, correto? Onde podem ser ouvidos?
Existem dois. The Ritual e The Killer
estão disponíveis para audição no nosso bandcamp:
motherabyss.bandcamp.com
Quem quiser
adquirir o vosso trabalho o que deve fazer?
Para já ainda não temos editado.
Iremos lançar o E.P no próximo mês. Poderão compra-lo digitalmente no nosso Bandcamp, ou fisicamente á banda. A
edição será em digipack e o design ficou a cargo da Raquel Peixoto.
Já têm algum
vídeo disponível para Burden?
Não estava nos nossos planos um videoclip para este E.P.
Foram gravar
no mítico Sá da Bandeira. Como decorreram as coisas?
Gravar no Sá da Bandeira foi das
melhores experiências que tivemos como banda. Este estúdio tem uma alma
própria, um ambiente vintage onde te
sentes inspirado e completamente focado na tua música. Isto aliado ao
equipamento de topo que possui torna-se a combinação perfeita. Desde o início
que tivemos uma grande empatia com o João Brandão, o produtor do nosso disco.
Entrou na ‘cena’ da banda e foi tudo muito mais fácil a partir daí. Também
íamos bem preparados e sabíamos o que íamos fazer. Correu tudo bem e o
resultado está á vista. Aproveito a oportunidade para mandar um abraço ao João
e ao Cláudio!
E qual foi a
sensação de serem selecionados para Band
Of The Day na conceituada Terrorizer?
Foi sem dúvida um grande momento para
nós. São momentos como este que nos fazem acreditar, que provam que a nossa
música tem qualidade e que nos incentivam a nunca deixar de a fazer.
E daqui para
a frente? Quais são as vossas prioridades para os próximos tempos?
As prioridades neste momento são
editar o E.P e cumprir a agenda para a sua apresentação. Este ano vamos estar
completamente focados na sua promoção.
Nomeadamente,
em termos de concertos, como está a vossa agenda para os próximos tempos?
As próximas datas são dia 20 de
setembro no Hard Club, dia 21 de Setembro no Vibe, Viana do Castelo, dia 27 de
setembro em Vale de Cambra, dia 4 de outubro em Braga e 7 de dezembro novamente
em Viana. Estamos a agendar mais datas, fiquem atentos.
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