Filipe
Nicolau começou jovem no rock. Mais
tarde, procurou outras tendências em Inglaterra mas foi no seu país que
encontrou o que precisava. Fil, The Captain é o seu projeto. E os primeiros 4
temas já estão no primeiro EP disponível para download gratuito. Confiram tudo nesta entrevista que o
multi-instrumentista nos concedeu.
Olá Filipe,
obrigado por nos concederes esta entrevista. Tens tido um passado ligado ao rock. Podes falar-nos dessa tua
experiência?
Olá Pedro, queria desde já
agradecer-te pela entrevista. Sim, comecei com os meus 17 anos (ainda mal sabia
tocar) numa banda rock, na altura
tocava baixo e cantava e foi assim durante muitos anos. Até que chegou uma
altura que percebi que tinha de me focar mais na voz e passei a ter mais
atenção nesse aspeto, o que me levou a procurar outros géneros musicais.
E pelo que
percebi, desde sempre tens composto temas que não se enquadravam nas tuas
bandas…
Sim, é verdade, eu comecei por tocar
baixo e era só isso que eu sabia tocar (e mal), mas como tinha uma viola antiga
lá em casa e deixava o baixo no local de ensaios comecei a tocar e a
interessar-me mais pela viola. Não levou muito tempo até começar a compor
músicas mais soft e lamechas que
realmente não se enquadravam nas bandas rock
onde estive.
Portanto,
agora achaste que seria a altura ideal para apresentar esses temas?
Eu sou um tipo perfecionista, penso
sempre que consigo compor algo melhor do que o que já compus anteriormente e
isso levou-me a criar imensas músicas, mas chegou uma altura que pensei que
tinha realmente de gravar algo e mostrar essa minha faceta mais soft, mais acústica e ainda numa altura
que me estava a descobrir musicalmente.
E houve
alguma motivação especial para te aventurares nesta viagem?
É engraçado estares a falar nisso,
porque realmente ouve. Eu queria mesmo vingar na música e então fui para
Londres viver e estive a ensaiar com umas quantas bandas até que ouve uma que
me interessou imenso. Fizemos uns quantos ensaios e quando tudo parecia que ia
dar certo, eles decidem que a minha voz afinal não se enquadrava no estilo
deles. Foi ai o ponto de viragem. Fiquei desolado e muito em baixo e para
agravar a situação o dinheiro estava a acabar, então decidi começar um projeto
a solo em Portugal.
Então surge
este EP de 4 temas. Como os descreverias?
O EP basicamente fala de desgostos
amorosos e de nos conhecermos e nos encontrarmos a nós próprios neste mundo.
Contas com a
colaboração de mais algum músico neste projeto?
Eu gravei o EP praticamente todo.
Gravei as guitarras, o baixo, a bateria de uma música, as pandeiretas, shakes, a voz e as back vocals. Quanto ao piano e violinos, fiz num programa. (ok, não devia estar a dizer isto -
risos). Quanto à bateria, pedi a um amigo meu que se chama Rogério Romão que
desde já lhe agradeço imenso que me gravou a bateria de 3 músicas. Não podia
também deixar de agradecer à Catarina Gaspar que me ajudou imenso desde o
inicio na parte do design e
fotografia. E já agora, agradecer ao Paulo Andrade, que foi onde gravei o EP.
Que nomes ou
movimentos mais te influenciam?
Sem dúvida o Ed Sheeran foi quem me
influenciou mais para começar esta fase mais acústica, mas também nomes como
Charlie Simpson e recentemente The Passenger e Lewis Watson.
Já tiveste a
oportunidade de apresentar este trabalho ao vivo?
Curiosamente não. Tinha inicialmente
a ideia de tocar com um pedal de loop
e quando tinha quase tudo pronto para começar a ter concertos decidi parar para
gravar o EP, entretendo estive fora do pais e voltei há uns tempos. Agora estou
a preparar-me (sem pedal de loop)
para começar a tocar ao vivo, por isso está para breve.
E quanto ao
futuro? Vais continuar em acústico e solitário, vais voltar ao rock, ou tens alguma outra ideia?
Ainda estou confuso quanto ao futuro.
Comecei há pouco tempo uma banda Folk
na qual estamos a ter os primeiros ensaios e na qual espero para o ano começar
em força, mas também quero divulgar o meu EP e tocar os meus acústicos como
“Fil, the Captain”. E embora não esteja a ver acontecer em breve, nunca perco a
esperança de voltar ao Rock, onde
comecei.
A terminar,
mais uma vez obrigado e dou-te a oportunidade para acrescentares algo mais ao
que já foi abordado nesta entrevista.
Queria desde já agradecer esta
oportunidade de falar um pouco de mim e do meu projeto, desejar felicidades e
que continues com o bom trabalho que tens feito com a Via Nocturna. E já agora
deixo aqui os links do “Fil, the
Captain” para ouvirem o EP for free. Resta-me
só pedir a todos um grande favor. SEJAM FELIZES E APOIEM A MUSICA NACIONAL
ONDE ENTRA O TEU IRMAO NO MEIO DESTA CONVERSA TODA?
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