Sucessor do EP Kiss Of Judas, Strength Of One representa o regresso do britânico David A. Saylor,
numa belíssima coleção de 11 temas de AOR.
Numa simpática conversa com o multi-instrumentista, passamos em revista não só
este novo projeto individual como recordamos os Push UK e os Wildrose.
Olá David!
Obrigado por concederes esta entrevista a Via Nocturna. Antes de mais, parabéns
por este excelente álbum...
Olá.
Obrigado por esta entrevista e estou feliz que tenhas gostado do meu novo CD Strength Of One.
Quando decidiste
que era a altura correta para avançares em nome próprio? E porquê tomaste essa
decisão?
Após
os Push UK terem terminado em 1988, fiz um contrato a solo com uma editora
espanhola sedeada em Madrid chamada Home Records. Com essa editora fiz o meu
primeiro álbum solo chamado One On One
em 1991. Essa foi a primeira vez que usei o meu nome David A. Saylor como nome
do artista e é o que tenho usado sempre nos meus projetos a solo.
Já estás neste
cenário rockeiro desde os anos
oitenta! Como vês a atual do AOR/rock
melódico, em comparação com aquela altura?
Na
década de 80, o AOR era um estilo
muito popular, com grandes concertos de estádio e um look glam. Atualmente encontras alguns desses mesmos fãs de volta à
década de 80 que ainda compram CD’s de AOR/rock
melódico de muitas das bandas que permaneceram juntas ao longo dos anos e ainda
gravam material novo e tocam ao vivo em festivais e assim por diante.
Mas parece haver
um grande aumento de interesse neste tipo de música hoje em dia. Sentes isso?
Desde
que gravei o meu terceiro CD a solo com a minha editora, a AOR Boulevard
Records, descobri que há um mercado lá fora de pessoas que são leais à música AOR/rock e que se mantêm atualizadas com
todos estes tipos de bandas. E mais: ainda compram CD’s deles.
Agora, novo
álbum em teu nome, depois do sucesso do EP Kiss
Of Judas. Como preparaste este novo álbum?
Para
ser honesto, escrevi apenas algumas músicas novas para este meu novo CD, mas
também tinha algumas músicas que ficaram fora do EP, portanto havia material
disponível para este terceiro projeto a solo.
Como fizeste a
seleção dos músicos que tocam contigo neste álbum?
Bem,
o CD foi produzido pelo meu bom amigo Jon Dewsbury e por mim. Fizemos muitas
produções aqui no Reino Unido e também para muitos artistas espanhóis e
latino-americanos ao longo dos anos. Jon e eu coescrevemos e produzimos muitas
músicas desde que começamos a trabalhar juntos no final dos anos 80. Quanto a músicos
convidados no meu novo CD, o que fiz foi terminar todas as músicas em primeiro
lugar e, em seguida, entrei em contato com os guitarristas Nik Lloyd (Push Uk),
Brett Hammond (Push Uk) e David Marc Pearce para tocar alguns solos em várias faixas.
Também convidei a banda de rock
espanhola The Val para fazerem um dueto comigo numa das músicas (Falling Star).
Como descreverias Strength
Of One?
Strength Of One é
um CD musicalmente completo. Quero dizer que tem vários estilos de música AOR. Algumas músicas têm um som 80´s e
outras são um pouco mais 90’s.
Como surgem os
versos em castelhano na última canção, It
Must Be Love?
Quando
o meu amigo Jon Dewsbury e eu escrevemos a música It Must Be Love, esta canção estava no meu primeiro álbum solo One On One e como ele estava de saída de
Espanha, adicionamos algumas linhas em castelhano. Falo fluentemente castelhano,
por isso ajuda (risos). A versão presente em Strength Of One é uma versão um pouco mais rock desse tema.
A editora fez um
número limitado a mil cópias do álbum. É natural que rapidamente se torne uma
peça de colecionador! Aliás, como o teu antecessor. Existe alguma coisa planeada
para uma prensagem mais alargada?
Para
ser honesto, nesta altura, somos capazes de vender algumas centenas de cópias
do meu trabalho, por isso a editora apenas lançou qualquer coisa entre 500 e
1000 cópias, por agora. Se a procura da minha música aumentar, tenho certeza
que a editora irá considerar a impressão de maiores quantidades no futuro.
Como foi a
experiência em estúdio? Trabalhaste com todos os músicos juntos?
Eu
tenho gravado e produzido os meus CD’s no meu estúdio em casa e no estúdio do meu
amigo Jon Dewsburys. Em primeiro lugar, Jon e eu colocamos todas as músicas e
vocais. Em seguida, convidamos vários outros músicos para tocar em algumas
faixas, ao fim do qual começamos a mistura.
Tens algum vídeo
retirado deste álbum?
Não,
nós não fizemos nenhum videoclip de
qualquer canção neste ou em qualquer um dos meus CD’s anteriores. Tudo o que
tenho feito é um clip de vídeo com um
medley rápido para os meus dois CD’s,
só para deixar as pessoas ouvir e ter uma ideia como é o disco para quem quiser
comprar uma cópia. É tudo uma questão de orçamento para ser honesto.
A respeito dos Push
UK ou Wild Rose, como está a tua situação?
Os
Push UK não estão a gravar nada de novo. Há muitos anos que todos os membros da
banda estão a trabalhar noutros projetos. Wild Rose é uma gravação de um
projeto de estúdio onde tenho estado envolvido com muito prazer. Andy, Haris e
os restantes elementos da banda têm escrito algumas músicas fantásticas de AOR. Posso dizer-te que realmente gostei
de cantar as canções no álbum Dangerous
e recomendo vivamente a todos os amantes de AOR
que comprem um exemplar.
Vai haver
oportunidades para levares este álbum para palco?
Infelizmente,
neste momento não sou capaz de fazer isso, mas penso faze-lo num futuro não
distante.
Bem David, foi
um prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os
nossos leitores ou para os teus fãs?
Sim,
gostaria apenas de agradecer a todos os meus amigos e fãs por todo o apoio que
me deram ao longo dos últimos dois anos com meus projetos a solo. Nenhum dos CD’s
teria sido possível sem o vosso apoio! Além disso, a todos aqueles que apoiam a
minha banda Push UK e a todos os elementos da banda, um grande obrigado! E,
finalmente, um grande obrigado a VIA NOCTURNA por esta entrevista. Estou muito
grato que me tenhas convidado para esta conversa. Tenham cuidado e falaremos em
breve, meus amigos!
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