Entrevista: Spencer Day

O aclamado cantor/compositor Spencer Day está de regresso com o seu 5º álbum, primeiro em edição independente em sete anos. O músico que nos confidenciou gostar muito de falar português, abordou a criação e lançamento de Daybreak e deixou em aberto a possibilidade de vir à Europa, Portugal incluído.

Olá Spencer e obrigado por esta oportunidade. Daybreak é o teu novo álbum, uma coleção de alguns originais e algumas covers. Poderíamos começar precisamente por aí: porquê a decisão de incluir este conjunto de versões?
Já não fazia versões nos meus álbuns há alguns anos. Depois, tinha algumas versões que admirava e que queria apresentar de uma forma original e única.

E como escolheste as canções que querias apresentar como versões?
Normalmente, quando estou inspirado durante um período, escrevo canções originais que surgem dessa inspiração. As covers de Daybreak trazem de volta memórias felizes para mim e adoro o clima dos anos 60.

Sendo este já o teu quinto álbum, como o comparas com os teus anteriores?
Acho que é mais up-tempo, mais pop e menos jazz. Se calhar tive mais controle sobre a gravação e a produção do álbum. Tendo mais controle fui capaz de trabalhar com grandes músicos e amigos e produzir o álbum de forma mais rápida, com um orçamento menor.

Uma das diferenças é que Daybreak é o teu primeiro lançamento independente em sete anos. Os dois últimos álbuns tinham sido lançados pela editora Concord/Jazz. Porque essa opção?
Decidi ir de forma independente devido aos timings. Ainda tenho boas relações com a Concord, e posso até voltar a trabalhar com eles num futuro próximo, mas, desta vez, estava muito animado para fazer um álbum independente. Abracei completamente o processo.

Podes apresentar os músicos que tocam contigo neste álbum?
Trabalhei com tantos músicos talentosos de Los Angeles, Califórnia, em Daybreak! Trabalhei com o meu amigo de longa data e baixista Erik Kertes. Ele co-produziu o álbum comigo. Toquei com o guitarrista John Storie durante anos. Os backing vocals são de Rayne Dee e Kathlene Grace. Um dos meus dias favoritos de gravação foi com os músicos da Budman Levy Orchestra. Escrevi canções com Cliff Goldmacher. Ele tocou cavaquinho em Daybreak. Matt Mayhall na bateria, Brett Farkas na guitarra, Alan Chang no piano e Paul Cartwright no violino. Grandes músicos e grandes pessoas! Não poderia ter feito isso sem todos eles!

E deixa-me dizer-te que a secção de metais está espetacular! Como foi trabalhar com a Budman Levy Orchestra?
Jeremy Levy da Budman Levy Orchestra fez os arranjos. Jeremy tocou trombone, Alex Budman tocou saxofone e Jamie Hovorka tocou trompete.

Missing Tonight é o primeiro single. Porque a escolha desta música? Há ideias para mais algum single?
Sim, iremos lançar outro single. Escolhi Missing Tonight porque faz a ponte entre o jazz e o pop. Os hits de rádio de The Mystery Of You e Vegabond tinham elementos de ambos, por isso combinei-os e criei Missing Tonight.

E tem sido um sucesso. Esperavas tal?
O que aprendi neste processo é não esperar nada. Pode ser um desafio, mas realmente tento não ter expetativas. Agora, vendo o sucesso de Missing Tonight, faz-me sentir muito agradecido.  

Daybreak foi lançado física e digitalmente em todo o mundo, mas antes disso, houve um lançamento direct to fans. Em que consistiu?
Fizemos isso porque tivemos que adiar a data de lançamento físico. E uma vez que hoje em dia a música está mais disponível na forma digital lançamos o álbum para os fãs na data de lançamento inicialmente prevista.

Tens algum vídeo retirado de Daybreak?
Estou a trabalhar em dois novos vídeos para Daybreak. Estamos em conversações com um aclamado realizador de vídeos musicais de Nova Iorque. Isso é tudo que posso dizer de momento. Por favor, fiquem atentos!

Como estamos em termos de tournées para promover Daybreak? Alguma coisa prevista para a Europa?
Atualmente tenho tido muitos espetáculos nos EUA. Também estive em Mallorca, pela primeira vez. Adoraria voltar a Espanha e também atuar em França e Itália. Vou fazer um evento privado em Praga neste verão e espero ter mais espetáculos futuros na Europa.

Bem, foi um prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores ou para os teus fãs?
Gostaria de dizer obrigado! Obrigado por esta entrevista! Estou animado com os meus próximos projetos, em continuar a tournée de apoio ao meu novo álbum Daybreak e viajar mais, espero que para Portugal! O português é uma das minhas línguas favoritas para falar. Paz e amor. 

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