Seja pela
qualidade dos entrevistados, seja pela sua importância histórica, há
entrevistas marcantes. Esta que vos apresentamos agora é marcante e histórica,
porque se trata da primeira entrevista feita a uma banda da nossa terra,
Moimenta da Beira. Bairrismos à parte, quisemos perceber como é tricotada a música dos Ponto Cruz.
Olá! Obrigado
pela vossa disponibilidade. Para começar, quem são os Ponto Cruz?
Os Ponto Cruz são uma banda de rock português que junta cinco amigos
que tocam maioritariamente por diversão e tentam criar algo novo, dentro do
estilo rock.
O que vos
motivou a erguerem um projeto como este?
O que nos motivou a iniciar este
projeto foi a amizade entre todos e o desejo de fazer projetos novos, com
ideias novas e um pouco diferente do “só tocar covers em bares”.
Quais são as
vossas principais influências?
As nossas influências vão desde o metal mais pesado até ao popular mais
rural ou o clássico mais calmo… Ou seja não há uma só influência específica
embora possamos dizer que bandas como Foo Fighters, Nirvana, Alice In Chains,
Dream Theater, Xutos & Pontapés, Artic Monkeys, etc.. são alguns pontos de referência.
Vocês
definem-se como hard rock
alternativo. O que significa isso exatamente?
É tal como o nome diz, é um rock mais pesado, não chegando a entrar
na onde metal, mas também com muitas
passagens e até algumas músicas alternativas, ou seja, mais calminhas e mais
“agradáveis” de se ouvir…
Alguns de
vocês já tiveram outras experiências anteriores, nomeadamente nos Kit Cat. De
que forma este novo projeto se afasta dos anteriores?
Os Kit Cat foram um ponto de partida
para 3 de nós e é um projeto já antigo pelo qual temos muito carinho. Os Ponto
Cruz são uma banda criada com o intuito de ser já mais madura e mais pensada,
não ser só tocar por tocar uns covers
nos bares para animar os amigos.
Por falar em
Kit Cat, como está a situação deles neste momento?
Os Kit Cat continuam a existir e vão
continuar a existir. Como dissemos são projetos um pouco diferentes e onde
temos ambições diferentes.
Começaram a
tocar covers, mas desde 2012 que começaram
a criar os vossos próprios originais. Para já, quem vos quiser conhecer o que
deve fazer?
A forma mais fácil de nos conhecer é
procurar no Facebook em
“facebook.com/pontocruzbanda”, pois é o local mais atualizado e com mais
informações. Para além disso ainda podem visitar o nosso canal no youtube bastando para isso procurar por
“ponto cruz moimenta da beira” ou “ponto cruz banda”, na nossa página do soundcloud
“soundcloud.com/pontocruzbanda” ou ainda no nosso site “pontocruzbanda.wix.com/pontocruz”, embora este último possa
estar de vez em quando um pouco desatualizado.
Todos os
vossos temas são cantados em português, correto? É para continuar na nossa
língua materna?
Nós queremos continuar a cantar em
português primeiro porquê o nosso rock
é português e não queremos ser apenas mais uma banda de rock cantado em inglês e segundo porque gostamos de dar valor e
temos orgulho na nossa língua pelo que o cantar em português foi sempre um
ponto a manter.
Pude reparar
no vosso facebook que estão a gravar
um novo tema…
O tema gravado saiu precisamente
hoje. Chama-se Mente Vazia e é uma
prova da nossa veia alternativa para além do rock. É um tema mais calmo e mais íntimo que não deixa de ser uma
parte importante do nosso “estilo”.
No entanto,
apesar de todos os vossos temas estarem disponíveis na net, não há ainda, digamos, uma edição oficial de um álbum ou um
EP, pois não? Estão a pensar nisso?
Nós já pensámos em editar pelo menos
um EP que pudesse ser adquirido por quem estivesse mais interessado. Não algo
do qual tirar algum lucro ou coisa parecida. Apenas dar a conhecer o nosso
trabalho um pouco melhor. Ainda nada foi feito porque como toda a gente sabe a
burocracia em Portugal é enorme e a música não foge a isso, pelo que embora já
tenhamos procurado e tentado recolher alguma informação sobre isso ainda não
conseguimos chegar a grandes conclusões.
Que objetivos
pretendem atingir com os Ponto Cruz?
Os objetivos para os Ponto Cruz neste
momento passam por gravar os originais e dar a conhecê-los e principalmente
aproveitar o verão para tocar para o maior número de pessoas que consigamos…
Objetivos a longo prazo ainda não estão bem definidos e para já apenas queremos
divertirmo-nos e tocar.
A nossa zona
não é propriamente conhecida por criar bandas rock que se destaquem acima da média nacional, apesar de louváveis
iniciativas em diversos projetos (onde naturalmente se incluem vocês!). Na
vossa opinião a que se fica a dever tal situação?
Essa situação deve-se primeiro à
ideia que toda a gente em Portugal tem que o interior é “o fim do mundo” e que
tudo o que se faz aqui é de fraca qualidade. Pelo contrário, o que se faz aqui
é muitas vezes bem melhor do que o que se faz nas grandes cidades! Um dos
principais problemas é a falta de acesso às oportunidades e às pessoas que nas
grandes cidades como Lisboa e Porto as bandas conseguem ter.
Em termos de
apresentações ao vivo, estiveram recentemente em Coimbra no Rock Planet. Como foi?
A experiência em Coimbra foi boa a
todos os níveis até porque saímos de lá com grandes elogios e deu perfeitamente
para ver o “ponto” em que nós nos encontramos face a muitas outras bandas
nacionais. Salientamos que não continuamos no concurso por falta de
entendimento com a organização e não por termos sido desclassificados, o que
nos leva a perguntar onde teríamos chegado se tal não tivesse acontecido!
E próximas
datas?
Para já podem encontrar-nos no dia 12
de agosto em Moimenta da Beira e no dia 14 de agosto na Barragem do Vilar.
Obrigado.
Querem acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores ou para os vossos
fãs?
Que ouçam as músicas e critiquem seja
positiva ou negativamente, porque o que nós queremos também é aprender!! Que
partilhem as nossas músicas que gostam com os amigos e que apareçam nos
concertos que nós estamos lá é para tocar para o público!! Obrigado!!
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