Há dois anos
atrás contactávamos Barry Fowler para nos falar de Ocho For Willow. Entretanto, muita coisa se passou no seio dos
Starroy, entre mudanças de formação e um novo álbum – Mixing The Pain.
Precisamente com estes tópicos em mente fomos novamente procurar o guitarrista
norte-americano que junto com o novo elemento do coletivo, Red Dorton, nos
explicou tudo.
Olá Barry,
tudo bem? O que andaram os Starroy a fazer desde a última vez que falamos em
2012?
Barry Fowler (BF): Tivemos algumas alterações na banda,
escrevemos, gravamos, andamos em tournée,
aprendemos, vivemos... o tempo voa man!!!
Está tudo bem e apontamos baterias para a nossa nova tournée europeia em 2014.
É verdade! A
11 de setembro estão de regresso! Onde é que vão tocar e expetativas para esta
nova tour?
BF: Temos um número de locais familiares
e também uma série de novos locais. Já recebemos uma série de mensagens de fãs
que viram os espetáculos e apreciaram os álbuns anteriores. Sinto que vamos ter
uma grande tournée. A formação é mais
forte do que nunca e estamos a tocar incrivelmente bem juntos. Vai ser
divertido para mostrar todo o trabalho que temos colocado nesta banda.
Isto apesar
de ainda recentemente cá terem estado. Como foi essa experiência?
BF: A anterior tour pela Europa foi, como se costuma dizer, um grande abre-olhos. A tal ponto que pensamos
voltar para casa e fazer tournées.
Mentalmente, estávamos todos concentrados apenas na Europa. Tenho certeza que
essa ideia ainda está sobre a mesa. Há tanta coisa a atravancar a
estrada/locais aqui nos Estados Unidos. Agora, qualquer um pode pegar uma
guitarra e aprender a tocar. A diferença é a paixão pela música na Europa que é
uma inspiração para continuar a fazer o que estamos fazer... Para que possamos
voltar e compartilhar tudo de novo.
Para este
novo álbum tiveram algumas mudanças de line-up.
Isso afetou o processo de composição?
Red Dorton (RD): Eu sou novo no grupo, mas os outros
elementos estiveram sempre abertos às minhas ideias. Sinto que este álbum é um
pouco mais Rock-n-roll in your face
que o último.
BF: A escrita e uma espécie de presente.
Os novos elementos têm contribuído com as suas ideias e adicionam elementos nos
seus respeitáveis lugares. Também nos ajudaram a deitar fora os excessos e limpar
a gordura das canções. Deixá-las apenas
com o necessário para contar essas histórias. Este novo álbum é liso, polido em
todos os aspetos – tocar, escrever, contar histórias, uma referência do que
esta banda é.
Por isso, neste
álbum as músicas são mais curtas e mais pesadas. Era a vossa intenção?
BF: Bem, as músicas têm vindo a ser
trabalhadas. Algumas já estavam escritas há algum tempo, enquanto outras foram
escritas durante a tournée na Europa.
Não quisemos necessariamente fazer algo mais pesado, apenas dissemos que nos
iríamos concentrar todos juntos na escrita. Para ser honesto – com Ocho não esperava sair da nossa zona.
Dito isto, e vendo o que temos visto, ganhamos um público mais amplo. Tivemos
que repensar todo o foco da banda. Queríamos fazer um álbum um pouco mais rock/focado/energético, na veia do Rock n Roll do passado... Acho que
acertamos em cheio.
Voltando aos
novos membros, como foi a sua integração?
BF: Foi uma integração bastante fácil. Os
Starroy sempre foram capazes de moldar a sua maneira dentro e fora das
situações. Esta foi provavelmente uma alteração mais fácil do que no passado, porque
já toquei em diferentes formações/line-ups
tanto com Red como com Cameron ao longo dos anos. Red e eu estávamos num grupo,
os Reformation, que já estava familiarizado com tournées aqui na Europa. Por outro lado, Cameron, Red e tocávamos
num projeto chamado Gypsy Revolution. Portanto, já temos bastantes ligações em
diferentes formações.
Têm algum
convidado neste álbum?
BF: Sim, temos um amigo nosso que tocou
algumas teclas em Freak Jones. Ele já
tinha estado no disco anterior também. O seu nome é Grant Garland e ele é um
daqueles músicos que pode pegar praticamente em qualquer instrumento e faze-lo falar.
No caso de Freak Jones ele deu o que o
tema precisava e que era aquilo que procurávamos para este disco.
Empty Cup é o primeiro
vídeo retirado Mixing The Pain,
certo? Porque escolheram essa música? Há projetos para mais algum vídeo?
BF: Na realidade, o primeiro vídeo foi Get Down Insanity mas esperamos ter mais
alguns vídeos disponíveis. Tem sido um turbilhão entre fazer o álbum em
Nashville, a mistura por telefone ou através da web. O sucesso do Kickstarter
e toda a gente a tocar em diversas formações. Estamos todos em todo o lado.
Posso dizer-te que Adam e eu temos algumas faixas acústicas a partir das
sessões de composição que iremos lançar. Apenas para mostrar o íntimo das
canções e como uma grande canção é simplesmente uma grande canção, não importando
o quão simples é a sua apresentação.
E para além
disso, tens outros projetos em mente para os próximos tempos?
BF: Atualmente, todos estamos a fazer
muito. Acho que há muito talento a sair aqui da nossa região. Todas as noites,
esta área circundante pede os nossos círculos de músicos. É uma loucura todo o
talento e grandeza existente no Nordeste do Arkansas. Para responder à tua
pergunta – nos Starroy estamos todos juntos e em grande forma, mas estamos sistematicamente
a emprestar talentos para outras coisas. Starroy é o grande projeto, mas
aprimoramos as nossas habilidades e ganhamos inspiração em todos os tipos de
formações. Mantenham os olhos abertos.
Obrigado
Barry, foi um prazer voltar a conversar contigo. Há mais alguma coisa que
queiras acrescentar?
BF: Por favor, arranjem uma cópia deste
novo álbum para assim poderem cantar connosco na próxima tournée. Prevejo algo em grande. Vemo-nos em pouco menos de um
mês!!!
Comentários
Enviar um comentário