A sua
colaboração com Antoine Fafard deu ao guitarrista Jerry de Villiers Jr uma
exposição maior e isso permitiu perceber o trabalho que o músico já vinha a
fazer, desde os anos 90, integrado na cena jazz
de Montreal. Na altura com o seu projeto Turning Point criou este conjunto de
fantásticos temas que, apenas agora, vê a luz do dia. Um aplauso para a
Timeless Momentum que não permitiu que estas pérolas caíssem no esquecimento.
Por estes motivos, fomos saber o que sente o guitarrista canadiano.
Olá Jerry! Obrigado por
esta oportunidade para fazer esta entrevista...
De nada, o prazer é meu!
Finalmente um
disco com as tuas próprias composições está cá fora. É como um sonho tornado
realidade, não?
Sim, de fato e estou muito agradecido
por ter conhecido o fundador da Timeless Momentum, Antoine Fafard que fez um
trabalho fantástico na promoção do álbum e por acreditar o suficiente no
material para tratar bem dele. Muito feliz mesmo!!
Os teus fãs devem
ter regozijado!! Como tem sido a receção?
Até agora não podemos reclamar - a
receção tem sido muito boa e as reviews
que recebemos até agora foram muito boas! Durante anos, muitos dos nossos fãs
não entendiam porque razão este material não era lançado mas, claro, havia
muitas razões para isso, mas para eles era difícil de entender. Mas,
felizmente, depois de tantos anos finalmente fomos capazes de recuperar a
procissão dos nossos mestres e estamos finalmente em condições de lançar este
álbum!
Este é um álbum
retrospetivo, mas, podemos assumir que continuas a criar a tua própria música. Por
isso, pergunto-te se estas músicas dos anos 90 ainda são representativas da tua
linha musical atual.
Claro, elas são parte de mim e sempre
serão, mas sim, hoje estou totalmente noutro lugar e estou ansioso para lançar novo
material nos próximos anos, com certeza!
Na década de
90 foste um ativo membro da cena jazz
de Montreal. Ainda manténs essa ligação?
Sim, estive muito ativo no jazz no início dos anos 90 mas, em
seguida, no final dos anos 90, comecei a perseguir algumas oportunidades na
indústria do cinema, mas não poderia ficar longe da minha verdadeira paixão por
isso agora decidi regressar às origens o que, de diversas maneiras, era necessário
até para a minha própria sanidade.
A respeito
deste álbum, porque escolheste sete músicas de estúdio e outras tantas ao vivo?
Essa foi uma decisão feita pela editora.
Não desgostei da ideia porque os nossos fãs estão a receber pelo seu
investimento. Assim, eles serão capazes de ouvir o álbum muitos anos e ainda
descobrir coisas novas!
Turning Point
era o nome do teu projecto naqueles tempos não era? Esse projeto ainda está
ativo?
Sim, precisamente, era o nome do meu
primeiro trio oficial que nos deu a conhecer muito rapidamente na cena de Montreal.
Rapidamente nos expandimos para um quinteto por vezes com dois teclados. Atualmente
os Turning Point estão inativos, mas nunca se sabe se poderemos refazer algo no
futuro. Seria divertido!
Quando e a
partir de quem surgiu a ideia de lançar este álbum?
Muitos colaboradores próximos sempre afirmaram
que era lamentável que este material nunca tenha saído. Então um dia Antoine
Fafard, o fundador da Timeless Momentum e estreito colaborador decidiu lançar
um CD, que incluiria algumas das melhores faixas de estúdio e ao vivo.
O facto de estares
actualmente a trabalhar com o Antoine Fafard, deu uma ajudinha?
Sim, sem a sua ajuda este material provavelmente
nunca veria a luz do dia.
Já que
falamos de Antoine Fafard, como descreves o teu trabalho no seu novo álbum, Ad Perpetuum?
Bem, foi muito divertido, mas muito
trabalhoso também. Não só para encontrar o feeling
e direcção adequada a cada música, mas também para encontrar a combinação certa
e, considerado o número de temas a trabalhar, foi enorme. Mas no final todos
nós ficamos muito felizes e sentimos que tínhamos sido bem-sucedidos conseguindo
fazer-se sentir como sendo feito em conjunto e com um toque de sensação live.
Próximos lançamentos, shows... Nesta altura estamos a
trabalhar na preparação de novas faixas para um novo álbum de Antoine Fafard
com o grande Gary Husband, que acho que vai soar muito bom! Também estou a trabalhar
num projeto a solo que deverá estar pronto lá para meados de 2015, que contará
com alguns grandes músicos como Jeff Watts na bateria e muitos outros grandes nomes.
Mais uma vez,
obrigado Jerry! Foi um prazer! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pelo tempo a fazer
esta entrevista! Tudo de bom para todos vocês!!!
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