Entrevista: Cinemuerte

Se há projeto nacional que tem primado pela sua independência, maturidade e honestidade são os Cinemuerte. O ritmo de lançamentos não será, certamente, aquele que os seus fans desejariam, mas o coletivo prefere apostar na qualidade em detrimento da quantidade. Depois de Wild Grown, suceder-se-ão três EP’s a lançar espaçadamente no tempo. O primeiro, DHIST, já está no mercado e foi para nos falar dele, mas também dos vindouros e de outras coisas mais que contactamos a vocalista Sophia Vieira.

Viva! Há já bastante tempo que não nos cruzávamos, desde Aurora Core. O que têm feito os Cinemuerte durante todo este período?
Editámos mais um álbum: Wild Grown. Agora: este DHIST, um de 3 ep’s. E muita composição que foi posta de parte.

Sendo certo que durante esse período apenas nos presentearam com um álbum de originais, esse Wild Grown. Que razões apontam para isso?
As nossas outras profissões limitam-nos a disponibilidade para compôr à velocidade expectável de um músico a tempo inteiro.

Nessa altura em que falámos tinham alterado de formato duo para grupo. Que balanço fazem dessa alteração?
Foi uma boa escolha. Crescemos em qualidade e diversidade. Somos atualmente 4 em vez de 5, pois o Tiago Menaia partiu.

Entretanto, atingiram em 2012 a marca de 10 anos de carreira. Como analisam o vosso percurso até aqui?
Achamos que não cabe a nós essa análise… de qualquer maneira o nosso percurso sempre se pautou pela honestidade e empenho naquilo em que acreditamos; o nosso amor por esta arte, sem quaisquer cedências ou concessões. A música que fazemos é espelho disso mesmo.

DHIST é, pois, o vosso novo trabalho, um EP, com a curiosidade de ser o primeiro de vários EPs’ a lançar nos próximos tempos. Porque esta opção de lançamento faseado de um menor conjunto de temas?
DHIST é o 1º de uma trilogia de EP’s cujo objetivo principal é o estreitar do distanciamento que a edição dos álbuns nos obriga, na ligação que nos une ao exterior, ao nosso público.

Na realidade, quantos EP’s estão a ponderar colocar cá fora para além de DHIST?
Na realidade? ...Mais 2. A seguir outro capítulo se abrirá…

Os temas desses EP’s já estão prontos ou ainda estão em fase de construção/conclusão?
As linhas gerais dos temas estão definidas. Temos temas ainda por desenvolver. O difícil é escolher os próximos 5….

Qual o significado de DHIST?
Dog; Heavens not too…; I’m Too much here…; Shinning Shadows..; The Park .

Outro aspeto relevante são as capas realizadas por Tommy Ingberg. Quem é este fotógrafo e porque decidiram trabalhar com ele?
Para além da música, a fotografia é uma área do nosso interesse. Não me recordo do momento certo em que embatemos no trabalho do Tommy, mas lembro-me do impacto que gerou. Foi contactado, e ele aceitou colaborar nesta trilogia de EP’s.

Ainda existem as Crystal Mountain Singers? Ainda te manténs lá? Como tem sido a atividade deste projeto?
Não se mantém. Não sei qual é atividade do projecto há muitos anos, porque dele nunca tive qualquer controlo exceptuando a parte criativa das vozes quando fui convidada.

Como está a apresentação destes novos temas ao vivo?
Estamos coesos e temos prazer em palco. Tocar ao vivo é grande parte da nossa razão de existir. Mostrar a nossa música e atingir a dimensão que idealizámos para ela.

Para além do lançamento destes EP’s, estão atualmente envolvidos em mais algum projeto?
Não.

A terminar, queres deixar alguma mensagem?
Queremos. Gratos pelo vosso tempo, muita paz e amor regados com muito rock!

Comentários

DISCO DA SEMANA #47 VN2000: Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA) (Inverse Records)

MÚSICA DA SEMANA #47 VN2000: White Lies (INFRINGEMENT) (Crime Records/We Låve Records)

GRUPO DO MÊS #11 VN2000: Earth Drive (Raging Planet Records)