Andaram por
cá o verão passado a espalhar o seu boogie
hard rock e pretendem voltar. O seu álbum homónimo foi alvo de uma reedição
em vinil com a adição de três temas extra, a cargo da Bilocation Records.
Falamos dos La Chinga, power trio de
Vancouver (Canadá) que surpreenderam meio mundo com o seu trabalho homónimo. No
meio das saudades do Moscatel e da festa portuguesa o trio foi respondendo às
nossas questões.
Olá pessoal! Quem
são os La Chinga? Queres apresentar a banda aos rockers portugueses?
Olá! Somos os La Chinga, um power trio de hard rock de Vancouver no Canadá. Vivemos para Rock, Rockamos para
viver.
A primeira
curiosidade sobre vocês é... o vosso nome! O que é La Chinga?
La Chinga é uma expressão com muitos
significados. Pode significar "fantástico" ou "pesado" ou
"que se lixe". É como a vida, o bem e o mal. Sentimos parentesco
próximo com o termo "pesado" mas às vezes apetece-me dizer "que
se lixe!"
Um trio - é
assim que vocês se sentem bem? A teoria do mínimo é máximo? Ou uma homenagem a
tantos míticos power trios?
Estamos assim por acaso. O poder do
triângulo? Imediatamente soubemos que tínhamos criado química. Se não pensares,
não pode feder.
Como tem sido
a vossa história até agora?
Formamo-nos em 2012 e lançamos o
nosso primeiro LP, de forma independente, em 2013. Fizemos alguns vídeos e
começamos a vender lps no Bandcamp. Andamos
em tournée pela Europa no verão
passado e tocamos em Portugal! Adoramos! F-E-S-T-A! Temos um novo álbum a sair
em breve no final da Primavera 2015 pela Small Stone Records. Vai chutar alguns traseiros se me permites dizê-lo.
Quais são as vossas
principais influências?
Temos muitas. Os grandes, Sabbath,
AC/DC, Zep, Kiss, etc mas também estamos muito na onda proto metal underground do final dos anos 60 e início dos anos 70.
Mas ouvimos muito funk antigo, blues, reggae, mesmo country.
Nunca o novo country – é uma merda!
Este álbum
homónimo foi, então como vimos, um lançamento independente em 2013. Agora há uma nova edição a cargo da Bilocation Records. Quais são as
diferenças?
Esta nova edição tem três faixas
diferentes que foram cortadas quando fizemos a gravação original. Tiramos um
tema - Boogie Children - do
lançamento independente para dar espaço para esses três temas novos.
E quando é
que os vossos caminhos – banda e Bilocation - se cruzaram?
Não sei, eles encontraram-nos online. Amo a interweb!
Há apenas uma
versão em vinil do álbum, não é verdade? Como tem sido a receção a este tipo de
edição?
Ótima, na realidade. A melhor maneira
de ouvir os nossos riffs cro magnon é
sobre cera!
O que é que
fazem para obter esse vosso som vintage?
Principalmente usamos material velho.
Guitarras e amplificadores antigos, bateria velha. Procuramos material que tenha
alma, usado, com o mojo dos anos e das
milhas!
Assumimos
que, por esta altura, já devem estar a trabalhar em novo material para um novo
álbum. Será verdade? Em que direção irão os La Chinga desta vez?
Acho que o novo material é muito
forte, é o som da banda depois de fazer tantos espetáculos ao longo dos últimos
anos. Temos realmente algo muito orgânico em desenvolvimento. Sempre o fizemos,
mas agora o fuzz, o moss e o groove, são mais profundos que nunca. Temos uma vasta gama de
influências e acho que a química que adquirimos brilha através das novas músicas.
Os riffs são mais grossos e o mau ambiente
abunda em grande quantidade!
Quais serão
os principais projetos para a banda nos próximos tempos?
Uh, sair, fazer alguns vídeos e regressar
à Europa para mais festa!
Muito
obrigado. Queres dizer mais alguma coisa?
Obrigado por terem o nosso álbum! As
pessoas boas de Portugal foram tão gentis connosco no verão passado! Mal posso
esperar para voltar e beber um pouco mais do vosso Moscatel!! Saudações!
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