Sujo, distorcido, explosivo. Três
adjetivos que assentam na perfeição na sonoridade que os NitroDive trazem para
o seu novo álbum Re-Evolution. Uma
sonoridade enriquecida pela experiência acumulada ao vivo e afinada pela colaboração
do produtor Thomas “Plec” Johansson, como nos esclareceu o vocalista Albert
Norberg.
Olá Albert! Obrigado pela tua
disponibilidade! Podes fazer uma breve apresentação dos NitroDive para os rockers portugueses?
NitroDive é um trio de rock
e punk próximo de Gotemburgo, na
Suécia e soa como uma espécie de mistura entre os The Ramones, Foo Fighters e
Danko Jones!
Com a edição do vosso primeiro
álbum andaram bastante tempo em tournée
com nomes como Hardcore Superstar ou Crucified Barbara. Que aprendizagens
retiraram para este novo álbum?
Aprendemos muito sobre as nossas próprias forças e fraquezas como
banda e certamente aplicamos muitas dessas aprendizagens no processo de criação
deste novo álbum. Uma coisa que percebi foi que realmente devíamos aproveitar a
parte explosiva e energética das nossas músicas em relação à parte mais suave.
Também achamos que é a parte selvagem que fazemos melhor, tanto ao vivo como em
estúdio, por isso concentramo-nos em elevar isso a um patamar superior em Re-Evolution.
Esse primeiro álbum muito bem-sucedido.
Sentiram algum tipo de pressão quando começaram a compor para este?
Não, eu não diria que sentimos pressão, mas estávamos muito
teimosos e exigentes quando começamos o processo de composição. Demoramos o
nosso tempo e não quisemos gravar qualquer coisa de que não nos sentíssemos verdadeiramente
orgulhosos. Quando sabes que irás para uma longa tournée com as novas músicas que escreveste, isso faz-te pensar
duas vezes!
De facto, este novo álbum, Re-Evolution, é muito forte. Verdadeiramente
nitro-rock... De onde vem tanta
energia?
Sempre fomos uma banda muito energética, portanto, acho que temos
atraído um público bastante enérgico, que geralmente reflete essa energia de
volta para nós nos espetáculos ao vivo. Quanto mais duro tocamos, mais alto se
ouve o público, portanto, como que nos provocamos uns aos outros! Diria que ter
a mesma intensidade em estúdio é o desafio final, mas a nossa ambição sempre
foi o de ser tão feroz nos álbuns como nas performances
ao vivo.
Podemos, pois, dizer que Re-Evolution é muito mais forte e direto
que o vosso primeiro trabalho?
Sim, com certeza! É muito mais simples. Há partes menos musicais em
metade do tempo e também há mais gritos que no nosso primeiro álbum.
Desta vez optaram por trabalhar com
o vendedor de um Grammy Thomas
Johansson. Como foi trabalhar com ele? Qual foi o seu input no álbum?
Trabalhar com Plec foi muito instrutivo e aprendemos muito a respeito
do processo de gravação. Ele é uma pessoa muito positiva e trouxe muita alegria
criativa para o projeto. Deixou a maioria das decisões relativas à composição e
arranjos para nós, tendo-se voltado principalmente para criar o som cru e
nervoso da produção, o que realmente conseguiu de uma forma formidável!
E como foi esse tempo passado em estúdio?
Foi realmente um grande momento, como de costume, mas, ao mesmo
tempo, muito trabalho duro e desafiador, às vezes. Gostamos de estar all-in e não nos concentrarmos em mais
nada quando estamos a fazer as gravações e, felizmente, Plec é exatamente como
nós a este respeito. Havia muito café e noites até muito tarde, no mínimo!
No primeiro álbum tiveram a lenda
Danko Jones a cantar numa música. Desta vez, têm alguns convidados?
Sim, é correto. Todavia, desta vez, sentimos que precisávamos ir
sozinhos, mas quem sabe, talvez tenhamos algum convidado no próximo!
O título Re-Evolution tem algum significado?
Sim. Na verdade refere-se à nossa própria maneira de fazer música.
Antes de termos escrito este disco havia muito que queríamos mudar no nosso som.
Assim, em muitos aspetos, tivemos que voltar ao básico e começar do zero quando
chegamos ao processo de composição.
A respeito de tours têm alguma coisa planeada?
Sim, iremos numa extensa tournée
europeia juntamente com os Hardcore Superstar nesta primavera! Começamos na
Inglaterra, Escócia e País de Gales, depois vamos a França, Holanda e
terminamos com um conjunto de espetáculos na Alemanha.
Muito obrigado, Albert. Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Foi um prazer responder às tuas perguntas! Esperamos poder ter oportunidades
de vir a tocar em Portugal, no futuro, portanto, fiquem atentos. Paz!
Comentários
Enviar um comentário