Entrevista: Suicide Bombers


Os Suicide Bombers estão de regresso com aquilo que chamam o melhor filme nunca feito: uma coleção de canções e soundbites entre elas. O resultado revelou-se interessante e está a ser muito bem aceite. Numa altura em que a banda anda em tournée pela Europa, Chris Damien Doll acedeu a falar a Via Nocturna sobre este extravagante e original projeto norueguês mas com um DNA situado na Sunset Strip.

Olá Chris! Obrigado por nos concederes esta entrevista. Podemos começar por falar um pouco dos Suicide Bombers para os rockers portugueses?
Olá Portugal! Como estão? Obrigado por tocares as nossas músicas no teu programa de rádio! Suicide Bombers é uma banda norueguesa de Hard Rock constituída por mim, Sleaze Fuhrer - Chris Damien Doll nos vocais e guitarra base, Lazy Leather - The Sex Gunslinger na guitarra solo, C Slim - the Thunder Mechanic no baixo e T-Bone - The Outlaw Groover na bateria. Lançamos o nosso primeiro álbum, Criminal Records em 2012, que teve grandes reviews on-line e em revistas. Tivemos 7/10 na Classic Rock Magazine e 8.5/10 na Metal Hammer Noruega, apenas para citar alguns exemplos. Em fevereiro de 2015, lançamos The Sex Tapes, um miniálbum de 6 temas e estamos atualmente em tournée. As reviews apenas agora começam a chegar mas também têm sido muito boas.

Nota-se que são influenciados pela perigosa cena de LA dos anos oitenta. Como se sentem vendo que este som está de volta e algumas das bandas mais antigas começam a ter alguma visibilidade?
Nós gostamos muito das bandas da Sunset Strip e houve tantos grandes álbuns clássicos lançados na década de 80, mas também somos influenciados por outras músicas de outras décadas e tudo misturado surge o som dos Suicide Bombers. Acho que a chave para obter o seu próprio som é ter o maior número possível de influências. Bandas que são inspirados por apenas um nome, na maior parte do tempo acabam por soar como uma cópia barata e não estamos interessados ​​nisso. Na Escandinávia, os anos 80 estão na moda de novo já há mais de 10 anos, com quantidades de grandes bandas novas a surgir e com as bandas de LA dos anos 80 que nunca deixaram de vir cá. Adoro isso! Eu odiava a música mais popular da década de 90, portanto, para mim sempre foi assim, mas poder ver cada vez mais pessoas a entrar de novo na música que gosto é muito bom.

The Sex Tapes é o vosso novo trabalho - uma espécie do melhor filme jamais feito, certo? Podes descrever-nos um pouco do que os ouvintes podem ouvir no álbum?
O que fizemos neste trabalho foi uma continuidade de música e soundbites. Portanto, em vez de ter apenas uma introdução, no início e um Outro no final, colocamos intros curtas antes de todas as 6 músicas e funciona muito bem! Esperávamos obter muita merda a este respeito, mas parece que a maioria das pessoas captou a ideia e são capazes de terminar a audição da obra como um todo, que é o que pretendíamos. As músicas são seis temas clássicos dos Suicide Bombers. Quem ouviu o primeiro álbum vai reconhecer o nosso som e adoro este disco. Há 5 originais mas também incluímos uma cover de uma música das Backstreet Girls chamada Devolicious Boys. Qualquer um dos teus leitores que esteja curioso a respeito da banda e das nossas novas músicas pode ir ao nosso canal de youtube e conferir o vídeo para BladeRunner (Tokyo Nights).  www.youtube.com/user/suicidebombersmusic

Portanto, pode afirmar-se que há uma história por trás da música. Se sim, em que consiste?
Muita gente nos tem perguntado se este é um álbum conceptual. Não somos particularmente amantes de álbuns conceptuais já que facilmente se perdem em diálogos pomposos e isso estraga a música. Aqui todas as músicas são peças autónomas. Ainda assim, o conceito e o filme estão lá, mas é mais sobre a emoção e sentimento. Percebes o que quero dizer? Está lá, mas ainda que de alguma forma, um pouco fora do alcance e é isso que o torna interessante.

Um aspeto engraçado são as vossas alcunhas. Como surgiram e quais os seus significados?
A ideia surgiu no início e gostamos. Por que não, meio... Não há muitas bandas, se houver, que tenham feito isso antes e pensamos que seria porreiro, por isso avançamos. Os nomes são como extensões das nossas personalidades e dos nossos papéis na banda.

Outra curiosidade é o título do último soundbite: quase igual ao final do vosso anterior trabalho. Porquê?
A frase ...over & motherfucking out! é um grande final para um álbum e uma vez que já tinha sido usada, para este trabalho acabou por ficar parecido. Na realidade não há nenhum significado mais profundo para isso. Simplesmente precisávamos de um título.

Como foi o trabalho - composição e gravação - desta vez?
O mesmo e diferente nas mesmas quantidades. Voltei a escrever as canções e depois todos nós passamos muito tempo desconstruindo e colocando tudo junto de novo com todos os elementos a adicionar os seus toques pessoais e a trabalhar nos arranjos – desta forma foi uma maneira muito parecida com o primeiro disco. Desta vez optamos por gravar no Pinehead's Audio Saloon do C. Slim que nos deu mais tempo para gravar. Funcionou muito bem e provavelmente iremos fazer o próximo disco lá também. Maria Maxwell fez a mistura no seu estúdio DogEgg, que também ficou ótimo. Isto foi tudo novo. As intros foram feitas no estúdio DogEgg, como já tinha acontecido com as intros do último disco.

Estão nesta altura numa tour que vos levará à Suécia, Alemanha e República Checa. Como estão a correr as coisas e expetativas para as próximas datas?
Estamos muito animados! Já tocamos na Suécia e Dinamarca antes e houve muita diversão, mas esta será a primeira vez que desceremos um pouco mais no continente e temos muitas expetativas. As coisas estão a ir muito bem! As novas músicas resultam muito bem ao vivo e estes são, provavelmente, alguns dos melhores espetáculos que já fizemos. Mal podemos esperar para começar!

Que projetos futuros têm em mente ou já estão a trabalhar? Podes adiantar-nos alguma coisa?
Bem, nesta primavera estamos a fazer a primeira parte da tour de The Sex Tapes e, em seguida, faremos uma segunda parte final de outubro até ao Natal, pelo que iremos estar bastante ocupados com o touring, dar entrevistas e promover The Sex Tapes durante o resto do ano. Já começamos a trabalhar em canções para o próximo longa duração, mas é muito cedo para avançar qualquer data ainda. Também filmamos a festa de lançamento de The Sex Tapes mas ainda estamos a pensar o que devemos fazer com esse material. Esperamos que uma ou duas músicas apareçam no youtube ainda este ano, mas vamos ver. Há muitos outros projetos previstos para o futuro, mas ainda é um pouco cedo para falar. Temos que nos concentrar em The Sex Tapes, mas informar-te-emos quando for a altura certa.

Obrigado Chris, foi um prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Também foi um prazer conversar contigo! Para os teus leitores que queiram conferir os Suicide Bombers, recomendo o nosso canal de youtube (www.youtube.com/user/suicidebombersmusic), o nosso website (www.thesuicidebombers.com) e a nossa página no Facebook (www.facebook.com/SUiCiDEBOMBERSMUSiC). Para quem quiser encomendar o CD, podem muito bem começar por todas as lojas da Noruega ou em www.cdon.com, para quem vive na UE. Quem estiver fora da UE e quiser uma cópia assinada ou pedir um vinil, uma t-shirt ou outra coisa, vão à nossa página (www.thesuicidebombers.com) e podem encomendar diretamente a nós.

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