A notícia não
deixou ninguém indiferente: BB King faleceu. Esta entrevista aos Child já
estava feita, mas, o trio australiano que melhor mistura hard rock e blues ainda
teve tempo para uma curta e sentida referência em jeito de homenagem. Isto numa
curiosa entrevista onde ficamos a saber, entre outras coisas, que Neil
Wilkinson (teclista no álbum) nunca tinha tocado… teclas. Fiquem com as
considerações de Mathias, Jayden e Michael.
Olá pessoal!
Obrigado pela vossa disponibilidade. Quem são os Child? Podes apresentar a
banda aos rockers portugueses?
Olá! Obrigado por esta entrevista. Somos um trio de Melbourne,
Austrália. Tocamos heavy blues inspirado
em jams LSD/THC.
Quando
nasceram os Child? O que vos motivou a criar esta banda?
Os Child nasceram no final de 2012, quando três pedrados saíram das suas cidades e começaram
uma colaboração.
Que
experiências tiveram antes de Child? Foram na mesma linha musical?
Na verdade, todas muito diferentes. Do country ao psych/noise... Mas todos concordamos com os mais importantes. Crescemos
ao mesmo tempo na Austrália, por isso todos gostamos de rock e blues inspirado
nos anos 70, especialmente o material caseiro.
Child não é
um nome habitual para uma banda e é até um nome difícil de encontrar em pesquisas
na net. Sentem isso?
Haha, sentimo-nos bem. Acho que qualquer nome de uma banda
que seja vulgar vai originar vários resultados na pesquisa, no entanto, para
nós isso é uma coisa natural. Não pensamos muito sobre isso. Simplesmente sentimo-nos
bem sendo quem somos e tocando o que tocamos.
O que mais
vos influencia: a cena hard rock ou a
cena blues?
Honestamente é terrivelmente difícil escolher um. Suponho
que crescemos no hard rock mas o blues é, eventualmente, o lugar onde vais
aterrar. Todos sentimos isso diariamente portanto não há nenhum ponto de combate.
Não há sensação melhor do que tocar blues.
A vossa
estreia tem tido óptimas críticas. Devem estar orgulhosos do vosso trabalho. Foi
uma experiência fácil colocar este álbum cá fora?
Obrigado! Eu acho que poderás dizer que estamos
orgulhosos de ter lançado um disco de vinil numa grande editora pequena e que
as nossas músicas estão a tocar em todo o mundo! Posso dizer sem dúvida que
fazer discos não é fácil. Aliás, nenhuma coisa que valha a pena é!
Suponho que estejam
em digressão agora. Como tem o público recebido a vossa música?
Acabamos de terminar a nossa tournée nacional e a receção foi sempre, no mínimo, lisonjeira para
nós. Os australianos gostam do seu rock n
roll pesado e nós amamos de o entregar à sua porta. Seja através de disco
ou de um concerto.
Quanto ao
álbum, como decorreu o processo de composição e gravação?
Este EP é uma coleção das nossas jams iniciais que (com o tempo e bastante prática) se tornaram faixas
completamente desenvolvidas. O processo de gravação pareceu uma brisa devido ao
nosso grande engenheiro Paul Maybury dos Secret Location Studios (em Melbourne)
ou à nuvem ondulante de fumo que saia do estúdio. Na realidade, ninguém sabe.
Como
aconteceu Neil Wilkinson surgir no álbum como teclista?
Na realidade, Neil nunca tinha tocado órgão na sua vida
e apareceu no estúdio onde estávamos a gravar as faixas. Foi uma decisão de
última hora, 'hey Neil, porque não dás aqui uma ajuda?'... Depois Paul
(Maybury) apresentou uma combinação muito bonita de Hammond/Leslie... ninguém se queixou nos Child.
Próximos projetos
– estão a trabalhar em alguma coisa que nos possas adiantar?
Na verdade, temos alguns projetos suculentos em
andamento, incluindo uma tournée nacional,
gravações, clips e futuras datas
internacionais a serem anunciadas. Todos esses detalhes serão revelados na
nossa página de facebook em devido
tempo.
Obrigado, foi
um prazer conversar convosco. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Nós também, obrigado. RIP BB King.
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