Review: Isla de Muerta (Ten)

Isla de Muerta (Ten)
(2015, Rocktopia Records)
(5.7/6)

Quando assinaram pela Rocktopia para dois discos, os Ten já tinham as músicas para os dois, por isso não é de estranhar a rapidez com que Isla de Muerta sucede a Albion. O mar e a pirataria voltam a centrar as atenções de Gary Hughes – agora até de maneira mais evidente – preenchendo os dez temas mais o bónus para a edição europeia. E mais uma vez os britânicos mostram ser mestres na arte de fazer excelente hard rock melódico. Grandes canções, ganchos melódicos memoráveis, coros a preceito. Os guitarristas sabem como ninguém trabalhar com as três guitarras de forma a criar harmonias, twin guitars, solos monstruosos e outras acrobacias. Delicioso! O baixo, um pouco mais escondido, mas que ainda tem espaço para brilhar a grande nível em temas como Intensify ou Angel Of Darkness. Os teclados são outro dos elementos fundamentais a criar ambientes, a introduzir paisagens cinematográficas a liderar as baladas. A bateria tem um desempenho adequado a cada situação – ora mais forte nos temas que assim o exigem, ora mais sóbria noutros pontos. Finalmente a mágica voz de Hugues, calma, grave, quente, com um timbre belíssimo e um vibrato ligeiro. Mas, no fim de contas, ainda não dissemos nada que já não soubéssemos. Isla de Muerta segue a tradição dos grandes álbuns dos Ten e apresenta duas belíssimas baladas (This Love e We Can Be As One) e dois temas pesadões que são simultaneamente os mais longos: Karnak/The Valley Of The Kings e Revolution. E depois um conjunto de grandes melodias dispersas por temas como Buccaneers/Dead Men Tell No Tales, uma abertura claramente como uma chamada para a batalha na primeira parte e cinematográfica na segunda, Tell Me What To Do, primeiro single e vídeo, Acquiesce e Angel Of Darkness. Numa análise atenta e em jeito de comparação, Albion parece estar uns ligeiros furos acima de Isla de Muerta, mas isso não impede que esta nova proposta do septeto se assuma também como um dos melhores álbuns da história dos Ten e deste ano no seu segmento.

Tracklist:
01. (i) Buccaneers (Instrumental) 
      (ii) Dead Men Tell No Tales 
02. Tell Me What To Do
03. Acquiesce 
04. This Love 
05. The Dragon And Saint George 
06. Intensify 
07. (i) Karnak (Instrumental) 
      (ii) The Valley Of The Kings 
8. Revolution
9. Angel Of Darkness
10. The Last Pretender
11. We Can Be As One (European Bonus)

Line-up:
Gary Hughes – vocais
Dann Rosingana – guitarras
Steve Grocott – guitarras
John Halliwell – guitarras
Steve Mckenna – baixo
Darrel Treece-Birch – teclados
Max Yates – bateria

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