Oriundos dos
quatro cantos do globo, Blackwelder é uma nova e emocionante experiência metálica. Inicialmente planeado para ser
o sucessor de Believe In Angels dos
Seven Seraphim, os temas foram-se desenvolvendo em outras direções o que, na
opinião do mentor Andrew Szucs, justificou uma assinatura diferente. Assim, surgiu
Survival Of The Fittest e os
Blackwelder. Mas confiram toda a história com o guitarrista Americano.
Olá Andrew! Antes
de mais, obrigado! Podemos começar pela apresentação dos Blackwelder?
Saudações e parabéns! [em Português].
É muito bom falar contigo! Claro, os Backwelder são um grupo de músicos de metal de todo o mundo (Alemanha, Brasil,
Suécia, EUA):
Ralf
Scheepers - Vocais (Primal Fear, ex-Gamma Ray)
Aquiles
Priester - Bateria (Primal Fear, ex-Angra)
Bjorn Englen
- Baixo (Dio Disciples, ex- Yngwie Malmsteen)
Andrew Szucs
- Guitarras (Seven Seraphim)
Foi ideia tua
criar uma banda como esta? Quando decidiste que era o momento certo para
iniciar este projeto?
Sim, realmente não planeei nada disso.
Mas pareceu que as músicas escritas se tornaram íman para o resto dos elementos.
A banda formou-se sozinha. Logo no início, fiz alguns espetáculos aqui em LA
com uma formação temporária dos Seven Seraphim e as coisas começaram a correr
bem e a possibilidade de fazermos espetáculos nós próprios foi-se tornando cada
vez mais provável. Só tínhamos cerca de 30 minutos de material que valia a pena
e eu não queria preencher o set com covers, portanto naquele momento, senti
necessidade de escrever mais música. Quando comecei a escrever, a música
evoluiu rapidamente para longe do som dos Seven Seraphim – e tornou-se bastante
claro que era o início de algo mais, de modo que aqueles foram os primeiros
passos para formar os Blackwelder.
Quanto tempo
demoraste para colocar todas as peças no lugar certo?
Não muito tempo. Uma vez que já tinha
as músicas, as coisas começaram a acontecer. Bjorn Englen é um baixista
fantástico que eu conhecia aqui de Los Angeles – a sua forma de tocar é sempre
excelente, por isso ele foi a minha primeira escolha para a banda. Por essa
altura, já tinha apresentado as músicas ao Ralf que se mostrou interessado,
também. Pouco depois, Bjorn foi em tournée
com Tony Macalpine e ouvi dizer que Aquiles Priester também estava a tocar com
eles. Eu conhecia a incrível forma de Aquiles em Rebirth e Temple of Shadows,
dos Angra, portanto, definitivamente queria contar com ele nos Blackwelder.
Tu reúnes músicos
dos quatro cantos do mundo. Como foi o processo de seleção?
Felizmente, estes músicos são todos
músicos de primeira que foram contactados para cada posição, por isso evitamos
qualquer processo de audição/seleção.
Portanto,
isto é o que se pode chamar de supergrupo. Sentem-se assim?
Obrigado! Absolutamente! Para mim, somos
definitivamente um supergrupo - eu não poderia querer melhores companheiros para
fazer música.
De qualquer
forma, Blackwelder acaba por ser um projeto paralelo para todos os envolvidos, ou
não?
Aquela típica história de quatro
amigos de escola a tocar numa garagem não se aplica aos Blackwelder. Definitivamente
não somos um projeto one-off. Sempre
que o trabalho surgir, cada membro aproveita a ocasião, e assim, para nós,
funciona muito bem.
Que relação existe
entre a música dos Blackwelder e o álbum Believe
In Angels dos Seven Seraphim?
O CD Survival Of The Fittest era para ser o sucessor de Believe In Angels dos Seven Seraphim. No
entanto, e musicalmente falando, as duas bandas têm estilos diferentes. Eu realmente
mencionei isso antes, mas para este segundo CD, a música começou a evoluir numa
direção diferente longe do estilo Seven Seraphim. Assim, tornou-se claro que as
músicas deveriam ser representadas com um nome diferente, e esse nome acabou
por ser Blackwelder.
A respeito da
criação do álbum, foi um trabalho de equipa ou escreveste tu as principais
linhas musicais em primeiro lugar?
As músicas e os arranjos foram feitos
por mim mesmo, mas Blackwelder é absolutamente uma equipa e este CD foi um
esforço de grupo. Não há nenhuma dúvida a esse respeito. A química do grupo é
muito especial e a personalidade de todos brilha na gravação.
Alguma vez
chegaram a reunir para trabalhar juntos?
Até agora, o enfoque principal tem estado
no sentido do lançamento do CD. A partir daqui, vamos mudar o foco para a
realização de espetáculos ao vivo - que é o próximo passo.
Survival Of The Fittest é uma grande experiência musical - o que tentaram atingir com
este álbum?
Muito obrigado! O objetivo era fazer
uma declaração clara e focada no metal,
onde podes por o CD em shuffle e
obtens sempre uma música que é diferente de cada vez, mas que, ainda assim, tem
todos os elementos chave do metal.
Mas, como é
que o descreverias?
Para mim, é um desafio descrever a
música com palavras, mas outros têm-no descrito como Power Metal com elementos Progressive
Metal.
Como poderemos
considerar Blackwelder? O projeto de um único álbum? Ou há mais para vir?
Blackwelder não é um projeto one-off - os planos passam por levar os Blackwelder
tão longe quanto possível. Isso inclui futuras gravações e estamos a tentar
tocar ao vivo, também. Neste momento, estamos atentos à forma como o novo CD
tem vindo a ser aceite e a fazer estudo a ver se há (e aonde) possibilidade de
tocar ao vivo.
Precisamente,
como será para tocarem ao vivo com os membros espalhados por todo o mundo?
Muito boa pergunta! Estamos
acostumados a fazer nós próprios a maior parte do trabalho de preparação para
atuar ao vivo (mantendo as canções e nosso equipamento pronto), sem a
necessidade de muitos ensaios, portanto acho que irá ser o normal para esta
malta.
Muito
obrigado Andrew, queres acrescentar algo mais a esta entrevista?
Muito obrigado por esta entrevista
muito fixe! Aprecio o teu interesse e o interesse dos teus leitores – foi um
grande privilégio ter chegado até ti e até aos fãs de metal de Portugal! Tudo bem!
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