Greg
Hart, conhecido pelo seu trabalho nos Moritz, juntou alguns nomes históricos do
rock para expressar a sua paixão pela
música dos anos 70. Assim os Cats In Space revelam-se como uma surpreendente
coleção de temas. Quisemos saber mais sobre este novo nome do rock britânico e fomos conversar com um
otimista Greg Hart.
Viva
Greg! Obrigada pelo teu tempo! Como e quando a ideia de formar esta banda surgiu?
Basicamente o meu próprio estilo de
escrita dos anos 70 que forcei a ser mais proeminente no álbum SOS dos Moritz, provou ser um passo demasiado
longo mesmo para os Moritz poderem continuar ainda mais! Assim, infelizmente estava
perante a difícil decisão de seguir o que o meu coração dizia e iniciar uma 'coisa'
que se viria a tornar nos Cats In Space ou deixar a banda.
Com
grandes nomes que nada têm a provar na cena musical, o que vos motivou a
criarem os CIS?
Cats In Space é o meu veículo para
deixar a minha escrita sair absolutamente sem limites. O AOR e as minhas influências dos anos 70 permitiram que esta banda pudesse
seguir por tantas avenidas musicais – e isso soa deveras emocionante. Além
disso, os "gatos" estão aqui a 100% com toda a vibração e são pessoas
incríveis.
Temos Dean Howard na guitarra, que as pessoas conhecem dos T'Pau, Jeff Brown – baixo e vocais – anteriormente nos The Sweet. O impressionante Steevi Bacon na bateria, o meu amigo dos Moritz Andy Stewart nos teclados e, finalmente, a voz incrível de Paul Manzi, que conheci no ano passado, quando ele fez algumas datas comigo no nosso Supersonic 70’s Show. Paul também cantou com os The Sweet e sem esquecer Andy Scott também dos The Sweet que participou como convidado no single Mr.Heartache.
Temos Dean Howard na guitarra, que as pessoas conhecem dos T'Pau, Jeff Brown – baixo e vocais – anteriormente nos The Sweet. O impressionante Steevi Bacon na bateria, o meu amigo dos Moritz Andy Stewart nos teclados e, finalmente, a voz incrível de Paul Manzi, que conheci no ano passado, quando ele fez algumas datas comigo no nosso Supersonic 70’s Show. Paul também cantou com os The Sweet e sem esquecer Andy Scott também dos The Sweet que participou como convidado no single Mr.Heartache.
Um nome e
um logo futurista combinado com um som retro.
Como gerem essa, aparentemente contradição?
Inicialmente queria algo realmente
'pomposo' para combinar com a música, mas percebi logo que atualmente há tantas
bandas com nomes e capas semelhantes que precisava de algo que se destacasse. Definitivamente
queria um nome como Marmite. Dessa forma, ama-o ou odeia-o, não vais esquecer.
De qualquer forma todos os nomes de bandas soam a merda até serem famosos! O
tema espacial evoluiu a partir de algumas canções que estávamos a escrever do tipo
dos ELO. Também o capacete do gato é um logotipo fortemente visual que queríamos
para que as pessoas se lembrassem de nós.
Cães no espaço
são históricos - gatos nem por isso. Como surgiu o nome?
Nasceu do meu gosto por gatos e do facto
de termos brincado com uma foto de um gato no facebook que teve mais de 200 likes...
As pessoas adoram gatos, eu incluído, e especialmente, o meu gato que tem mais likes no facebook que eu. E os gatos também são mais espertos do que os
cães!
Podes falar-nos
sobre a criação de Too Many Gods – processos
de escrita e gravação?
Eu queria fazer um álbum que gostasse mesmo
que mais ninguém gostasse. Foi totalmente egoísta, indulgente (e caro!). Mas é honesto
e de coração. Com influências e estilo das bandas com as quais cresci a gostar
e ainda gosto, não era para ser um álbum pastiche,
mas certamente não iria fugir a meio caminho. Queríamos tudo e, pelo menos, as
pessoas vão ver que nos comprometemos totalmente com essas influências! Seja
Sweet, The Carpenters, John Miles, ELO. Abraçamos essas canções clássicas dos anos
70 que tanto gosto e fomos por aí. Foi essa a simples reunião que eu e o meu coescritor
Mick Wilson tivemos. Se soava a alguém, corríamos com essa ideia e, sim, caguei
algumas vezes para essas influências óbvias, como as harmonias vocais e de
guitarra dos Queen e acabamos com um som que alguns têm dito que é bastante
singular! Tudo começou com Mr. Heartache,
uma demo que gravei com Mick Wilson e
tudo cresceu a partir daí. Em breve todo o álbum tomou forma e surgiu como uma ideia
totalmente formada e sabia que iria parecer-se e soar como tudo o que eu tinha em
mente. A capa, as músicas, as letras e o som.
Por que Too Many
Gods? Alguma ligação com as
posições extremas de rebeldes em nome de alguns deuses?
Sim, embora eu não goste de misturar
política e música. Eu não sou político, deixa-me acrescentar, mas tornou-se
claro que o mundo inteiro e as chamadas religiões estão a estragar a vida a milhões
de pessoas. Como diz a canção Too many people praying to the invisible
man. Ninguém sabe se há
um Deus. A menos que morras é que o poderás ver, se for esse o caso. Na minha
opinião a Religião é a raiz de todas as guerras.
Contas
com alguns convidados neste álbum. Como surgem ele em Too Many Gods e que papel desempenham?
Obviamente temos Mick Wilson dos 10cc,
que é a "co-piloto" da banda comigo. Mick está tanto na banda como
qualquer um de nós e é um músico incrível a todos os níveis. Também tivemos
Mike Moran a orquestrar The Greatest
Story Never Told, a minha namorada Janey Bombshell também entrou para
gravar alguns adoráveis backing vocals
femininos. Greg Camburn foi-nos recomendado por John Summerton (de Flintlock) e
a sua forma de tocar saxofone é incrível e o meu amigo dos Moritz Ian Edwards tocou
alguns teclados num par de faixas.
Muitas
coisas acontecem em Too Many Gods, mas
gostaria de referir dois aspetos. Primeiro, os impressionantes arranjos vocais.
Como trabalhaste este aspeto?
Mick Wilson e eu trabalhamos todos os
arranjos vocais e Paul Manzi, o nosso incrível vocalista deu uma mãozinha nas suas performances. Eu queria aquelas enormes harmonias Beach Boys/Queen em
todo o álbum e também aquele grande estilo vocal Sweet nas canções mais rockeiras e sabia que Mick poderia
ajudar a fazer isso!
Em
segundo lugar, mas não menos impressionante são as orquestrações. Trabalhaste
com Mike Moran, certo? Como foi a experiência?
Mike Moran orquestrou um ensemble de 80 peças baseada numa demo que lhe enviei construída por mim e
Ian Edwards. Essa canção foi um instrumental durante anos, até Mick e eu
finalmente termos encontrado a ideia lírica e as melodias. Levou anos! O que
ouves é essa orquestração executada por uma orquestra de 80 elementos com muitos
níveis musicais, desde as flautas aos tímpanos e tudo que existe no meio, incluindo
um cantor de ópera. Temos a intenção de lançar em breve um mix diferente para que se possa ouvir a pura profundidade que Mike introduziu.
É realmente muito especial.
Este é
um projeto de apenas um álbum ou poderemos esperar mais no futuro?
Não odeias a palavra
"projeto"? Tantas bandas constituídos por duas pessoas, sentadas em estúdios
caseiros a fazer discos. Boa sorte a todos eles, claro, mas esse não é o
caminho dos seventies para mim, a
menos que sejas os The Buggles! Não, Cats In Space é uma preocupação constante
composta por alguns músicos incríveis e prontos para tomar essa estrada.
Queremos fazer algumas boas tours e se
possível, tentar montar um bom espectáculo digno da música, mas vai ser
difícil. Não há pressas, o álbum número dois já está a ser planeado… por isso esperem
muito mais dos Cats!
Como
estão as coisas nos Moritz? Parados ou não?
Não, os Moritz ainda estão bem vivos e,
enquanto estamos aqui a falar, estão a planear o seu próximo álbum. Tenho em
mão algumas músicas que estão a ir bem e a malta está a rockar.
Para
terminar, afinal de contas qual é a maior história nunca contada?
A maior história nunca para mim? Será
sempre a verdade por trás de nossos governos e as merdas que são alimentadas diariamente
e nunca permitiu saber o que realmente está a acontecer. Mas olha - limito-me a
tentar aproveitar cada dia, desfrutar de tudo e não me preocupar com más
coisas. A vida é curta.
Muito
obrigado. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Eu gostaria de dar, se o espaço nessa
gloriosa publicação me permitir, um enorme agradecimento a todas as pessoas
maravilhosas que até agora têm abraçado a nossa banda. Sinceramente não tinha
ideia que iria encontrar um tal acordo entre tantos! DJs, revistas, todos os que compraram o disco até agora. Muito
obrigada. Significa muito para nós... e vai-nos permitir trazer mais música a
partir da nave espacial, porque depois de tudo, todos vão quere ser um gato.
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