Pedro Santo,
compositor de bandas sonoras de vídeo jogos, já acumulava aventuras desde o rock à eletrónica, mas surge agora como
voz de Bússola. Com outros quatro elementos que integram formações que vão da
Orquestra de Jazz de Leiria aos Dapunksportif, passando pelos Few Fingers,
apresentam agora o seu primeiro EP, com perspetivas de um LP para o final de
2016, para o qual já têm bastante material composto. Fomos conhecer melhor esta
Bússola orientadora de uma nova proposta musical falando com o próprio Pedro
Santo.
Olá, tudo
bem? Quem são os Bússola?
Olá, Bússola são Tiago Ferreira no acordeão,
teclas e back vocals, Nuno Rancho na
guitarra eléctrica e back vocals,
Adelino Oliveira no contrabaixo, José Carlos na bateria e Percussão e eu (Pedro
Santo) na guitarra acústica e voz.
O que vos
motivou a juntarem-se e o que vos norteia nesta caminhada musical?
Quando regressei a Leiria trazia comigo um
conjunto de canções na guitarra que achei que faziam sentido trabalhar como
banda. Assim, gravei uma pequena demo
e convidei a malta para montarmos este projeto. O nosso norte, acho que é uma
enorme paixão e fazer música.
O que
representa a escolha de um nome como Bússola?
Achámos que o nome fazia sentido com o que
estávamos a escrever. Bússola, que não deve ser interpretado no sentido
geográfico do termo, mas como orientação ou sentido de vida, é um conceito
interessante e que liga bem com o período abordado em algumas das nossas
primeiras músicas.
Que músicas
ou filosofias mais vos influenciam?
Não é fácil resumir, todos nós temos gostos
bastante dispares mas acho que o indie
folk reúne o consenso de todos.
De que
forma a participação no Leiria Calling e a eleição para os Novos Talentos FNAC
se mostrou relevante para o vosso crescimento?
Foi com muito orgulho e satisfação que
participámos em ambas as publicações. A banda tinha pouco tempo e ainda nos
estávamos a conhecer como músicos quando tudo aconteceu. Na altura surgiram
muitos convites para tocar mas nós não tínhamos repertório suficiente, de
tal forma que decidimos trabalhar no repertório para concertos ao vivo e adiar
a gravação do EP, que era o que estava planeado na altura.
E estes
cinco temas são a vossa primeira amostra. Satisfeitos com o
resultado final?
Sim, este é o nosso primeiro registo do qual
estamos muito orgulhosos.
Como é o
processo de composição no seio dos Bússola?
Gostamos de experimentar, tentar várias ideias e
arranjos, contudo procuramos ter sempre um fio condutor na nossa música. Tudo
pode surgir a partir de um apontamento na sala de ensaios ou uma ideia que levo
na guitarra. É um processo muito moroso, mas apaixonado.
E como
decorreu a experiência de estúdio?
A maioria das gravações decorreu no meu pequeno home studio. Achamos sinceramente que é
a melhor abordagem pois podemos fazer as coisas com mais tempo e
liberdade.
Um dos
pontos fortes da vossa música acaba por ser a simplicidade e
a honestidade. Parecem dois objetivos que fazem alguma falta nos dias de
hoje, não acham?
Sim, concordo. Pessoalmente, a maioria dos autores que acompanho são registos simples. Hoje em dia somos inundados por grandes produções, especialmente na música Pop que por vezes carecem de autenticidade. Por mais produção ou mistura que se tenha, é essencial ter a música honesta como fundação de tudo.
Sim, concordo. Pessoalmente, a maioria dos autores que acompanho são registos simples. Hoje em dia somos inundados por grandes produções, especialmente na música Pop que por vezes carecem de autenticidade. Por mais produção ou mistura que se tenha, é essencial ter a música honesta como fundação de tudo.
Ainda
assim, este foi o caminho escolhido e para já está a dar bons resultados. Têm
recebido algum feedback da aceitação do vosso EP?
Sim, temos recebido algumas manifestações e
congratulações. Gostávamos que o disco e a nossa música conseguissem chegar a
mais ouvintes, mas para tal é necessário tempo e alguma sorte.
Que
objetivos anseiam atingir com os Bússola?
Esperamos que a nossa música chegue e seja apreciada
pelas pessoas. Acho que não existe recompensa mais importante do que sentires
que existem pessoas que se identificam na música que escreves.
Mais uma
vez obrigado. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Quero acrescentar um grande obrigado a Via Nocturna
e a nossa morada no facebook.
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