Ao terceiro
álbum os Degreed atingem aquilo que chamam de “som degreed”. É o alcançar de
uma personalidade musical que tem vindo a ser perseguida nos álbuns anteriores,
mas que só desta vez se conseguiu atingir, essencialmente, devido a um trabalho
onde o agora quarteto se empenhou sobremaneira. O baterista Mats Ericsson explicou-nos o que mudou dos Degreed em Dead But Not Forgotten.
Olá Mats! Antes
de mais obrigado! Os Degreed estão de volta com um novo álbum. Como é o
sentimento dentro da banda?
Tudo bem! Sim. Sentimos que este é o
melhor disco que fizemos e que ainda estamos em evolução, o que é ótimo. O facto
de termos feito o álbum por nós próprios nesta altura é algo que significa
muito para o som e que, por outro lado, se reflete na forma como o álbum saiu.
Uma maneira fácil de dizer é que nos sentimos fantástico com este álbum!
Na tua
opinião, quão diferente ou semelhante Dead
But Not Forgotten é em relação aos vossos álbuns anteriores?
Primeiro, como referi antes, é o facto
de nós próprios termos gravado, produzido, misturado e masterizado o álbum o que
acrescenta uma outra dimensão ao nosso som, de modo que torna este álbum muito
especial para nós. Nos dois primeiros álbuns, tivemos um produtor, que é ótimo
de qualquer maneira, mas que nos limita em algumas coisas porque não
conseguimos experimentar todas as coisas que queríamos nesses álbuns. Não
saíram tão bons, mas, pelo menos, tentámos. Não me interpretem mal, realmente
achamos que os dois primeiros álbuns são bons, mas este mostra um pouco mais
quem realmente somos e como nós realmente soamos.
O tal “som
degreed” que vocês falam, certo? O que é exatamente?
O "som degreed" é,
basicamente nós os quatro a fazer o que fazemos. Mikael tem um som muito
distinto nos teclados em tudo, desde grandes arranjos até solos incríveis,
porque são raros os teclistas tão bons como ele. Depois temos o Daniel, que é
um dos maiores guitarristas da Europa, juntamente com Robin, que é apenas o
melhor vocalista. Muitos vocalistas fizeram grandes álbuns, mas quando os vais
ver ao vivo simplesmente não conseguem. Mas Robin não - ele está sempre a fazer
isso aliado ao facto de ele não soar como um sueco. Eu e Robin temos tocado
juntos desde crianças e isso ajuda ao “som degreed” até porque estamos
constantemente em bass & drum que
também é uma coisa rara nos dias de hoje! Se a isto adicionarmos que nós próprios
produzimos, misturamos e masterizamos este álbum, então adicionamos outra
dimensão ao “som degreed”.
Robin foi
finalista do concurso sueco do Idols.
Como foi a experiência?
Uma experiência incrível que
beneficiou tanto a banda como Robin. Ele teve a oportunidade de fazer evoluir
as suas capacidades vocais durante esse tempo, bem como crescer como frontman que tem sido uma grande coisa
para ele e para a banda.
Agora estão
reduzidos a um quarteto, certo? O que se passou?
Jesper tinha muito que fazer e
decidiu deixar a banda, o que aconteceu em bom ambiente. No início, senti-me
triste, mas depois de tentarmos sentimo-nos incrivelmente bem e continuamos
assim.
Como é o
processo de escrita nos Degreed?
Na realidade, cada música tem um
processo de escrita diferente. Normalmente encontramo-nos para ensaiar e alguém
tem uma ideia de uma música e nós começamos a escrever juntos. Outras vezes, alguém
tem uma demo para mostrar aos outros
e sobre isso temos algo para trabalhar. No final, pode soar como uma música
totalmente diferente da demo, mas isso
é a parte divertida.
Como
decorreram as sessões de gravação desta vez?
Bem, desta vez fizemos tudo sozinhos.
Tudo, desde a gravação, produção até ao produto acabado e foi uma experiência
incrível para nós dado que apenas tínhamos feito o nosso próprio material,
juntamente com um produtor. Agora todos os quatro fomos produtores e tentámos
basicamente tudo que queríamos tentar o que também foi ótimo. Devido ao facto
de que todos tinham que estar a produzir, todos tiveram que aprender a gravar o
que também resultou em que poderíamos gravar sempre que a pessoa que tocasse um
instrumento específico tivesse tempo. Acho que esse é o caminho que devemos
fazer nos nossos discos para obter o som e sentimento adequados. Talvez
tenhamos um produtor apenas para obter uma segunda opinião, mas quando tens os
meios, por que tornar as coisas mais difíceis do que são?
Desde quando trabalharam
nesta coleção de músicas?
Algumas dessas canções são coisas que
temos vindo a trabalhar há anos e outras são canções que escrevemos um mês
antes de começarmos a gravar o álbum. The
Scam e Touch Of Paradise são duas
músicas que terminamos pouco tempo antes de começamos a gravação. Na verdade até
escrevemos algumas das coisas de The Scam
quando já estávamos a gravar o álbum. Turn
Around Don’t Back Down é uma música que já nos acompanha há cerca de três
anos e é provavelmente a mais antiga das canções do álbum. De facto, quando
dedicamos algum tempo apenas para escrever música não demoramos muito.
E a respeito
de tours, há alguma coisa planeada?
Nada está planeado ainda, mas temos a
certeza que esperamos sair para a estrada novamente muito em breve!
Muito
obrigado Mats. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado por despenderes o teu tempo
com a entrevista.
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