Os dois O’s do rock britânico juntaram finalmente forças num projeto já há muito
falado mas nunca concretizado. Khalil Turk da Escape Music foi o patrono desta
união entre Steve Overland e Chris Ousey, onde se junta, ainda, Mike Slamer e
Tommy Denander. O resultado é um sensacional disco de hard rock clássico que mantém bem viva a tradição britânica neste
segmento. Um dos O’s, no caso
Overland, falou da génese deste projeto e do que se prevê daqui para a frente.
Olá Steve!
Obrigado pela tua disponibilidade. Finalmente os rumores concretizaram-se e
dois dos maiores vocalistas do rock
clássico estão juntos. Que circunstâncias permitiram a concretização deste
projecto?
Obrigado pelos elogios. Temos vindo a
tentar iniciar este projeto há já algum tempo, mas com os horários apertados de
todas as outras coisas em que estamos envolvidos, simplesmente não foi possível
até agora. Mas acreditamos que valeu a pena esperar.
Quem teve a
ideia para criar os Ozone e como se processou a selecção dos outros músicos?
A ideia veio da nossa editora. Khalil
[Turk] pensou que as duas vozes juntas num álbum seria de tal forma grande que sempre
quis fazer este álbum. Temos Mike Slamer envolvido como produtor e foi ele quem
trouxe os outros músicos para o projeto, sendo que todos eles fizeram um
trabalho incrível.
Eu e Chris [Ousey] já nos conhecíamos
antes de Ozone, por isso foi fácil. Ambos conhecemos o registo do outro pelo
que houve um respeito mútuo.
Levaram isso
em linha de conta quando criaram as linhas vocais?
Não, só escrevemos as músicas e
depois Mike e nós trabalhamos sobre quem iria cantar o que. Tentamos dividir as
performances de forma igual.
Quem foi o
principal responsável pela escrita do álbum?
Não houve um escritor principal no
álbum, foi uma espécie de 50-50 com Mike e, claro, Tommy [Denander] também
esteve envolvido.
Ultimamente
temos assistido ao surgimento de alguns supergrupos clássicos. Na tua opinião
isso dever-se-á a que?
Não sei se somos um supergrupo, mas
acho que há muitos grandes músicos por aí que tiveram sucesso com bandas que já
não estão ativas, por isso faz sentido para eles colaborarem com outros grandes
músicos na mesma situação.
Acho que este disco tem um sentimento
rock clássico muito britânico. Queríamos
tentar fazer algo na linha de Coverdale/Hughes na era Deep Purple, com as duas
vozes a cantar duas partes e uma mistura como eles fizeram. Estou muito
satisfeito com a direcção tomada.
Têm tido
oportunidades de levar este disco para palco?
É engraçado perguntares, porque ainda
ontem estive a conversar com a editora sobre isso. É algo que gostaríamos de
fazer, por isso há planos futuros.
É fácil
conciliar os Ozone com outros projetos?
Obviamente, tudo o que faço tem uma
certa direção, mas, como acontece com este, todos eles são um pouco diferentes
na sua maneira de ser. Espero que todos os álbuns e bandas tenham um estilo próprio
e único.
E este é um
projeto para apenas um álbum ou vamos ter continuação?
Já estamos a falar de um segundo
álbum de Ozone, uma vez que este tem tido uma resposta tão incrível. Por isso,
talvez no próximo ano.
Obrigado
Steve! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Gostaria apenas de agradecer a todos pelo
apoio e estamos verdadeiramente contentes por teres gostado do álbum. Espero poder
ver-vos a todos em breve... bye.
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