Os The
Kenneth Brian Band, rebeldes do country
rock oriundos de Alabama, estrearam-se há dois anos com Welcome To Alabama e aproveitaram a tour com a estrela do country Lucinda Williams para escrever
mais algumas canções que agora aparecem no EP Blackbird. Ainda numa fase de tristeza pelo falecimento de Ikey
Owens, mas já com um novo longa-duração quase pronto, e ainda antes da vinda do
coletivo à Europa, em junho, fomos falar com o mentor Kenneth Brian.
Olá Kenneth!
Obrigado pela disponibilidade! Importas-te de apresentar a tua banda aos rockers portugueses?
Bem, somos uma banda de Southern Rock n Roll do Estado do
Alabama. A banda é composta por mim mesmo, Kenneth Brian nas guitarras e vocais
principais, Travis Stephens nas harmonias vocais e guitarras, Taylor Powell na
bateria e John Ingraham no baixo.
Há dois anos
atrás, Welcome To Alabama, foi muito
bem recebido. Agora estão de volta com um EP de 7 temas. Uma espécie de prenda para
os vossos fãs, enquanto o novo longa-duração não está pronto?
Ficamos muito felizes com a forma
como Welcome To Alabama foi recebido.
Chegou muito mais longe do que poderíamos ter imaginado. O novo EP Blackbird foi originalmente gravado para
ser um longa-duração com 13 canção, mas decidimos colocar as 7 músicas que
realmente parecia que pertenciam a este EP. Estas são as músicas mais pesadas
e mais cruas. Tentamos capturar a essência do que a banda é ao vivo e acho
que acertamos em cheio.
Estas músicas
são totalmente novas ou vêm algumas das sessões de gravação de Welcome To Alabama?
É tudo novas músicas que havia
escrito quando estávamos na estrada a abrir para Lucinda Williams. Há duas
canções que não fizeram parte de Welcome To
Alabama e que planeamos lançar como lados B em alguma altura. Eu estou sempre
a escrever, por isso há uma grande abundância de canções...
Olhando para
trás para a tua estreia, de que forma este novo EP está ligado a ela?
Acho que, de uma certa maneira, Blackbird parte de Welcome To Alabama. Eu cresci a tocar música country e acho que Welcome To
Alabama tem mais dessa sensação que Blackbird.
Estamos em movimento e música leva-nos e não nos preocupamos com o género de uma
determinada canção. Acho que Blackbird
mostra isso muito bem.
Para quem não
vos conhece, como definirias este EP?
Eu definiria Blackbird, como southern rock
n roll moderno, cru e direto. Os The Kenneth Brian Banda na sua forma mais pura.
Trabalhaste com
Ikey Owens que infelizmente faleceu no ano passado. Que lembranças guardas
desse grande músico?
Uau. Sim, muitas e grandes memórias de
Ikey... Ele era único. Conheci Ikey na casa de Jack White em Nashville e
tornamo-nos grandes amigos. Ele tocou na banda de Jack com a minha namorada da
altura, Lillie Mae Rische (outra grande cantora e música). Não se preocupava
com dinheiro, fama ou reconhecimento, só a música. Se ele tinha algo a dizer, ias
ouvir… Ikey possuía o groove na sua forma
mais bruta, como têm os grandes músicos de jazz,
e ele trouxe isso com ele quando gravamos Blackbird.
Quais são os
próximos passos para The Kenneth Brian Band?
Acabamos de gravar um novo
longa-duração em Hollywood, Califórnia, com o produtor David Bianco. Iremos
fazer tours em 2016, tanto quanto
humanamente possível. Adoro a estrada e é onde me sinto mais criativo. E deixa-me
dizer-te, mal podemos esperar por uma tournée
pela Europa e tocar para toda agente amável.
Muito
obrigado, Kenneth. Queres acrescentar algo mais?
Só quero dizer obrigado pelo tempo
utilizado para me entrevistares e agradecer a todos os fãs na Europa que têm
apoiado a nossa música e a roots music
em geral. Os fãs europeus costumam ter um olho afiado para encontrar música de
verdade e nós gostamos deles por isso. Vemo-nos em junho.
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