Após a promissora estreia
discográfica com Golden Age Of Decadence
(2013) e com uma crescente base de seguidores, os darkWaters regressam com o muito
aguardado segundo álbum intitulado Odds
And Lies, um disco majestoso e profundamente emocional que está a ter boa
receção um pouco por todo o globo. Motivos mais que suficientes para darmos voz
aos nossos vizinhos de S. Pedro do
Sul.
Viva! Aí está o segundo
álbum dos Darkwaters, já lançado em outubro. Como tem sido a receção até gora?
Tem sido ótima! Apesar de contar
ainda com pouco tempo desde o seu lançamento, o feedback tem sido extremamente positivo, por parte do público em
Portugal e também lá fora, com muitas mensagens de apoio à banda e ao novo
trabalho.
E que
diferenças são mais visíveis ou notórias em relação à vossa estreia?
Bom, Odds and Lies é um trabalho mais maduro e homogéneo em termos de
sonoridade. O primeiro álbum foi uma tentativa inicial de marcar uma posição
própria no panorama musical português (e não só), e por esse motivo, bastante
mais raw e desenfreado em termos de
som. Apesar de ser darkWaters, eram muitos os caminhos possíveis que o conjunto
de temas parecia apontar em termos de evolução musical, o que foi claramente
depurado neste segundo trabalho. Coesão e identidade própria são marcas fortes
neste álbum, pelo menos, no nosso ponto de vista!
Este disco
foi masterizado e misturado por Daniel Bergdstrand. Como foi essa experiência?
De que forma ele vos ajudou?
Trabalhar com o Daniel foi uma
experiência surpreendente para nós, uma vez que tínhamos uma ideia
completamente distinta do que seria colaborar com alguém com um estatuto como o
dele. Apesar de todo o seu currículo, o Daniel revelou-se um tremendo
profissional em todos os aspetos e, acima de tudo, com uma grande humildade em
todo o processo. Para além disso, quase sem diretrizes de nossa parte,
estabeleceu de imediato uma visão para todo o álbum, que fez questão de nos
apresentar e discutir de forma honesta, apontando os pontos fortes e, claro
está, aquilo que poderia ser aperfeiçoado. Sentimos claramente que se envolveu
em cada detalhe e que assumiu, também, um papel crucial tal qual um elemento da
banda. No fim, mais do que uma colaboração estritamente profissional, ficou
também uma relação de amizade e a vontade de colaborarmos de novo num futuro
próximo.
O vosso
primeiro disco já tinha causado algum burburinho,
inclusive lá fora. Já há planos para algo mais sério em termos de
internacionalização?
Essa questão é um tanto complexa,
pois estamos nisto a sério desde o primeiro momento! Para alguém que se está a
tentar afirmar num plano de influência maior, e atendendo ao facto de estarmos
no nosso pequeno país, as coisas são bastante mais difíceis, mas nem por isso
nos deixamos esmorecer. A projeção da banda fora de Portugal está a começar a desenvolver-se
para além das plataformas digitais e esperamos conseguir estabelecer uma agenda
de concertos na Europa a curto prazo. Neste momento, estamos ainda em fase de
contactos e negociações.
Como se
proporcionou a vossa entrada na família Premiere Music?
A oportunidade de nos associarmos à
Premiere surgiu durante o processo de gravação do segundo álbum. Apesar de
terem surgido várias propostas para a banda, o facto é que não considerávamos
razoável estar a ceder tudo e mais alguma coisa para podermos ter um novo álbum
cá fora. Tínhamos uma ideia muito clara do tipo de colaboração que pretendíamos
para a banda, assim como aquilo que estávamos dispostos a dar à editora que
acreditasse no nosso trabalho. A Premiere foi aquela que respondeu claramente
às nossas aspirações, demonstrando uma visão muito próxima da nossa, mas, mais
do que isso, um conhecimento real do que seria necessário fazer para projetar Odds and Lies para um plano mais
alargado de influência. Gostaram do nosso trabalho e decidiram apostar nos
darkWaters, o que nos deixou extremamente satisfeitos, pois sabemos que estamos
a trabalhar com uma equipa fenomenal!
Sendo que
vocês os cinco acabam por vir de backgrounds
ligeiramente diferentes, de que forma é que essas individualidades se
fundem, depois, no som Darkwaters?
A diversidade que nos marca enquanto músicos
é algo que encaramos com naturalidade e que nunca tentamos medir ou
condicionar. O facto é que as coisas fluem quando estamos juntos e não tentamos
colar este ou aquele riff a uma dada
banda que um de nós aprecia ou está a ouvir em determinado momento. O que
acontece, na verdade, é que, uma vez juntos, apagamo-nos em termos individuais
e servimos a sonoridade darkWaters, que pode surgir de qualquer lado: um ritmo
ou uma melodia, uma frase ou expressão… enfim, as músicas que fazemos podem
começar de muitas maneiras diferentes e, por isso, deixamo-nos levar e damos o
máximo que conseguimos em cada momento.
Em termos de
vídeos, sei que já há alguma coisa retirada de Odds and Lies…
Sim. Trabalhámos os temas Confession e Strongest Of Them All, que estão a ter uma aceitação muito acima do
que inicialmente antecipámos, especialmente no caso do último tema. As visualizações
não param de crescer e em pontos do planeta que não estávamos nada à espera!
E quanto a
estrada? Já têm alguma coisa agendada para breve?
Sim, vamos estar em abril em Lisboa e
estamos também a confirmar datas adicionais no Norte do país.
A terminar,
obrigado e dou-vos a oportunidade de acrescentar algo mais…
OK. Obrigado a todos os que têm
apoiado a nossa música e que continuam a fazer do rock e do metal a voz dos
inconformados! We’ll see you
on the other side of the dark waters!
Comentários
Enviar um comentário