Luca Stanzani
não foi, num passado recente, muito bem-sucedido nas suas bandas. Mas é um
homem perseverante e isso levou-o a erguer um projeto onde, finalmente, viu o
seu empenho e atitude reconhecidos. Da mistura dos seus ídolos Jon Bon Jovi e
Dallas (a série), surgiu o nome para o projeto John Dallas que se estreia com Wild Life. Uma estreia que deu nas
vistas e que nos fez ir falar com Luca sobre esta sua nova e mais positiva
fase.
Olá Luca! Obrigado por esta entrevista! Podes
apresentar o teu projeto aos rockers portugueses?
Olá Via Nocturna e saudações a todos
os fãs de rock em Portugal! Sou um vocalista
italiano e depois de muitas más experiências em diferentes bandas, no final de
2013 decidi tomar conta da minha vida e da minha carreira e tentei colocar toda
a minha arte e habilidade num novo projeto liderado por mim. Depois de muitos
ensaios com alguns músicos locais, em busca da química certa, fui para o
estúdio certo, no momento certo para gravar nove canções, as melhores músicas
que criamos naqueles (talvez três/quatro) meses.
Como aparece o nome John Dallas?
Bem, é uma história engraçada... Quando
comecei a tocar com os meus velhos amigos (numa banda chamada Red Burn) tive
que procurar um apelido fixe, um nome que refletisse o meu espírito e a minha
interpretação do estilo de vida e de música rock
n roll. Comecei a pensar e, hey,
quem é a pessoa mais fixe do rock
melódico? John Bon Jovi!!!! Bem John estava… E qual é o apelido americano mais
fixe que ouvi na minha infância, assistindo todos esses filmes e episódios?? Dallas!!
Cá está... John Dallas! Obviamente, quando decidi seguir em frente sozinho, o
nome do meu novo projeto já estava definido... (Risos) O meu nome é John
Dallas, baby!
Tens estado bastante ativo na cena rock de Bologna,
mas este é o teu primeiro álbum como John Dallas. Pode descrever um pouco da
tua história até agora?
Sim, com o meu irmão Andrew, que toca
bateria e ainda vive comigo (risos) tive basicamente duas bandas entre 1999
(quando comecei a tocar e a cantar) e 2010: After Life e Red Burn. No total
gravei três álbuns com essas bandas. O mais recente álbum de Red Burn, chamado Transfert, foi para mim e para os nossos
fãs, na época, uma pequena obra-prima! Com a minha atual banda ainda tocamos
algumas músicas desse álbum, que é talvez o meu favorito de sempre. Tocamos rock n roll, hard rock, versões de Van Halen e coisas assim, mas quando tens uma
banda, tens que tentar colocar todos os estilos diferentes, expetativas,
ambições. E se tens uma banda de rock
tens que competir com o guitarrista! E, infelizmente toquei sempre com
"guitarristas desafiadores" (risos), por isso decidi parar um momento
e pensar: "como posso mostrar o meu trabalho e a minha arte sem
argumentos, compromissos e atrasos" e lá está, John Dallas – Wild Life! Stefano e Oscar da Street
Symphonies ouviram o álbum e quiseram que eu assinasse com a sua editora, porque
queriam lançar o álbum e eu fiquei muito feliz porque vi uma luz depois de
muitos anos de deceções. Portanto, só posso estar agradecido ao Oscar e
Stefano!
Para quem não te conhece, como descreverias Wild
Life?
Poderoso, forte, verdadeiro, melódico,
canções curtas, solos curtos, grandes coros de estádio, bem produzido e bem tocado,
espero (risos). De qualquer maneira este álbum cresce a cada dia e estou muito
feliz com isso!
Pode ler-se que tu és o vocalista mas que os
instrumentos são tocados por alguns... convidados anónimos! Naturalmente não
podes dizer quem eles são...
Não, não posso, apenas porque esses músicos
estão sob contrato com outras editoras e estão totalmente ligados. Em poucas
palavras, eles são famosos e com uma história musical diferente da minha, de
modo que me pediram anonimato e eu respeitei a sua decisão. A única coisa que
posso dizer é que o meu irmão Andrew teve um papel importante na produção deste
disco...
Mas a respeito da banda que agora toca contigo, já
podes dizer quem são, não?
Claro! Aqui está ele, o line-up oficial: na bateria temos o meu
irmão Andrew, que também toca nos Speed Stroke, no baixo temos Carbo, que trabalhou
comigo no projeto Red Burn e por último mas não menos importante, na guitarra, temos
o deus da guitarra, o Homem, Tom Angeles, que tocou em bandas como Pophecy,
High Again e White Stars.
Como tem sido a receção deste álbum no teu país e
fora dele?
Para mim, o feedback, superou todas as expectativas. Tenho recebido comentários
positivos de todo o mundo, especialmente dos Estados Unidos e Grã-Bretanha, que
são os países que mais importam... E aqui na Itália, o feedback também foi excelente! Estou muito feliz!
Já tiveste oportunidade para mostrar este álbum ao
vivo?
Sim, já fizemos 20, talvez 25 espetáculos,
desde o lançamento do álbum, tocando todas as faixas de Wild Life, e iniciaremos uma pequena tour no final de março. Estou muito animado! A banda toca em grande
e as pessoas conhecem as canções e podem cantar comigo durante os nossos
concertos.
E quanto ao futuro? O que está previsto?
Tocar, tocar, tocar, tocar e
continuar a tocar coisas velhas, material novo, pensar num novo disco. E quero
ir a todos os sítios onde pedirem para ouvir e ver John Dallas em ação!
Muito obrigado Luca! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Tentem ser positivos e saudáveis.
Tentem ouvir mais Van Halen (risos!) e claro ouçam Wild Life de John Dallas!
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