Depois do
acidente que deixou Randy Pratt em mau
estado, os lagartos mais hardrockeiros do planeta têm um novo
disco. Falamos dos The Lizards e do seu jurássico
Reptilicus Maximus. Foi precisamente
com o (felizmente) recuperado baixista Randy Pratt que falamos sobre este
regresso.
Olá
Randy! Como vais? Obrigado pela tua disponibilidade e parabéns pelo
vosso excelente álbum, já o sétimo, não é? O que te oferece dizer a respeito de
Reptilicus Maximus?
Acho que este disco é uma progressão natural em
relação ao nosso último disco de originais, Against
All Odds. Ainda são os mesmos estilos, mas estamos um pouco mais abaixo na
estrada.
Começando pelo título – o que é Reptilicus Maximus?
Alguma espécie de dinossauro?
Reptilicus... como em répteis ou lagartos! Maximus... como em "esforço
máximo!"
Porque esta espera tão longa para um novo álbum de
originais?
Tive um terrível acidente de carro no
final de 2006, precisamente antes da nossa primeira tournée da Europa. Durante algum pensei que não pudesse voltar a tocar
baixo... cheguei a pensar que só iria tocar harmónica. Graças a Deus, recuperei
e sou capaz de tocar novamente. Os meus dedos da mão direita estão muito
inclinados mas isso não me faz abrandar.
Esta coleção de canções é recente ou foi sendo
construída ao longo dos anos?
Gravamos as faixas básicas em 2007.
Mike Dimeo estava em tournée com os
Masterplan por isso trouxemos o Scott "The Doctor" Treibitz para os
teclados.
Pelo meio gravaram um disco de versões. Como foi a
receção a esse material?
Ao longo dos anos, cada vez que íamos em tournée, aprendíamos uma cover... geralmente algo do hard rock obscuro do início dos anos 70.
Quando chegávamos a casa, gravávamos essa música. Quando a banda parou de tocar
em 2008, juntamos essas músicas e lançamos esse material com o título Archaeology. Recebeu muito boas
críticas. As pessoas disseram que fizemos uma interessante escolha de canções.
Tiveram alguns convidados, não foi? Quem foram e
como entraram neste disco?
Frank Marino, dos Mahogany Rush, Vinnie Moore dos UFO
e Glenn Hughes dos Deep Purple são tudo pessoas com quem os The Lizards já
andaram em tournée. São todos nossos heróis
de infância e tornaram-se nossos amigos. Achamos que eles fizeram um trabalho
incrível no novo álbum.
Costumas descrever a tua música como uma viagem
entre o rock progressivo e um swampy blues. O que é isso exatamente?
Nós viemos de uma época em que a música mais pesada
tinha elementos de blues, mas que
estendeu a mão para as estrelas com arranjos sofisticados. Repara em Led
Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath.
E liricamente vais do sagrado ao profane. Como
fazes essa ponte?
Adoro boa literatura e livros de banda desenhada. Adoro
a espiritualidade, a ciência e o sexo.
Depois de tours longas, de que forma este álbum
reflete a vossa experiência de palco?
A nossa música flui naturalmente a partir de nós. Acho
que continuamos a melhorar.
Em que projetos estás envolvido atualmente para
além dos The Lizards?
Toco harmónica nos Cactus, com Carmine Appice e Jim
McCarty e toco nos Joyous com Pat Klein dos The Lizards e com a minha noiva,
Joy. Também estou a gravar canções para um álbum a solo.
Muito obrigado Randy! As últimas palavras são tuas…
Espero que gostem do nosso novo álbum. Tocamos as nossas
almas para vocês. Obrigado pela atenção.
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