Com um
glorioso passado no que diz respeito ao AOR Frédéric Slama continua imparável e
mantendo o ritmo de um álbum por ano. Desta vez, a coisa fica mais séria e LA
está darkness. O francês radicado na
Califórnia explica-nos porquê, em mais uma entrevista cheia de bom humor. Uma
entrevista onde também falamos dos inúmeros convidados deste novo disco e de
uma série de projetos para os próximos tempos.
Viva Frédéric! Como estás? Nunca paras, não é
verdade? Outro álbum cá fora...
Eu estou sempre bem quando lanço um
novo álbum (risos). Tento manter um bom ritmo, lançando um novo CD a cada ano
com material de qualidade única. Este é um desafio, mas nunca coloquei nenhum filler nos meus álbuns como muitas
bandas fazem com tanta frequência. Espero que os fãs gostem do álbum, tanto
quanto eu.
Desta vez, LA está na "escuridão".
Referes-te a que? Ao lado obscuro da cidade ou à cidade à noite com todo o seu glamour e decadência...?
Foi a escuridão e o declínio da
indústria musical que inspirou este título. É o primeiro álbum que não terminam
em "ion", isto é, LA Temptation,
LA Connection, LA Reflection etc... Acho que tudo mudou no mundo da música com os downloads ilegais e em que todos querem tudo
de graça, incluindo a música dos seus artistas favoritos!
Se LA Connection foi o teu álbum mais pesado, este, ainda
consegue ser um pouco mais. Cada um dos teus álbuns é mais pesado do que o
anterior. É consciente?
O álbum anterior Return To L.A. (2015) foi de longe o álbum mais pesado de todos com
grandes cantores como Paul Sabu, Tommy Funderburk, Erika, Jesse Damon, Bob
Harris e muitos outros. L.A. Darkness
é simplesmente a continuação de Return To
L.A., mas mais melódico e mais rock,
com incríveis novos cantores e uma produção superior.
O teu método de trabalho foi o mesmo que em Return To L. A.? Continuas
a compor sempre com um vocalista em mente?
Como no meu álbum anterior, Return To L.A., o método foi o mesmo e
tenho cantores específicos com quem gostaria de trabalhar numa música em
particular. Desta vez tive a sorte de ter lendas como Steve Overland dos FM,
Kevin Chalfant dos Storm ou Henry Small dos Prism entre muitos outros artistas
incríveis! Foi uma honra trabalhar com cada um deles.
E todos eles aceitaram o teu
convite... e todos estavam disponíveis?
Esses grandes cantores têm sempre
tempo para fazer parte de um projeto de qualidade que os colocará no centro das
atenções. Eles sabem que eu quero o melhor para eles e que podem confiar em mim
para lhes oferecer as melhores canções possíveis com letras significativas e as
melhores melodias. É por isso que eles continuam a trabalhar comigo. (risos)!
Mantendo o "maestro" Tommy Denander.
Neste álbum ele toca todos os instrumentos, embora, a guitarra seja o
principal, suponho...
Acabo por colocar sempre "Todos
os instrumentos" em Tommy porque me ajuda com muitas coisas diferentes.
Mas há outros músicos neste álbum, como em todos os álbuns anteriores de AOR. É
claro que os solos de guitarra são principalmente a sua área e Tommy brilha e
fica muito inspirado quando se trata de tocar solos de guitarra! Ele é uma
lenda AOR!
E também te ajudou na
criação das músicas?
Não, desde muito cedo que escrevo
músicas sozinho. Este é o meu principal trabalho, ser compositor. Tenho
centenas de canções que escrevi para álbuns de artistas japoneses, americanos
ou franceses, é o que faço melhor e pelo qual sou conhecido. Há mais de 15 anos
que sou compositor e agora estou com as maiores editoras de música do mundo,
como a Taiyo Music no Japão que lida com Janet Jackson, Joe Walsh, Bob Seger,
entre outros.
Bom, mas ainda há um longo caminho a percorrer até
atingirem a centena de álbuns juntos (risos)…
Bem, este é o meu álbum número 15
para os AOR (20 se contares os meus álbuns a solo e as minhas produções com os
Chasing Violets), portanto apenas tenho mais 85 álbuns de AOR para fazer e alcançar
o meu objetivo (risos)! Talvez termine o meu álbum 100 numa casa de repouso e tu
ainda vais estar aí para me entrevistar!
Diz-me uma coisa: o que faz quando as raparigas dizem
não (risos)? Se bem que, nestes casos, suponho que não seja a rapariga mais
inteligente em LA...
Elas dizem sempre sim ao capitão do AOR (risos). Mas, se ainda assim
disserem que não, terei que lhes dar o meu mais recente cd para as convencer
(que pode funcionar, nunca se sabe). Caso contrário, espero pelos teus
conselhos e, em seguida, poderia escrever outra canção chamada "Porque as raparigas
dizem sempre sim"!
Bem Frédéric... e de agora
em diante... Quais são os teus projectos para os próximos tempos?
Trabalhar em algumas reedições,
escrever para outros artistas, gravar um novo álbum, ir em tournée e curtir a vida, tanto quanto possível!
Mais uma vez obrigado Frédéric! Foi um prazer!
Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela boa entrevista. Mantenham-se
a rockar e espero ver-vos numa tour em breve!
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