II.
Simplesmente II, como tiveram os
grandes Van Halen, Queen ou Led Zeppelin. É assim que se chama o novo trabalho
dos noruegueses Wonderworld. E o III
já está a ser preparado, mas este trará outras nuances. Para já o trio liderado por Ken Ingwersen assume que se
trata da continuação da estreia. Tudo isto e muito mais para descobrir em mais
uma entrevista concedida pelo simpático guitarrista nórdico.
Olá Ken! Quando falamos há um ano atrás, tinhas-nos
dito que já estavam a trabalhar no segundo álbum. Bem, aqui está ele. Bem rápido,
não?
Sim! Sinto-me numa fase criativo, por
isso para mim é simplesmente manter o ritmo e ficar ocupado. Idealmente gostaria
de lançar um álbum por ano, como as grandes bandas dos anos 70 costumavam
fazer. Mas, claro, é um processo que às vezes está fora de minhas mãos.
Mudaste alguma coisa nos processos de composição,
gravação ou produção em relação à estreia?
Não. Quisemos manter o processo
bastante semelhante. Poderemos fazer algumas mudanças no próximo álbum, mas
desta vez, quisemos apenas fazer um segundo capítulo do nosso álbum de estreia.
Mantê-lo cru, relativamente ao vivo e sem complicações.
E um título simples como II dá essa impressão de uma
continuação natural, o que de facto é…
Correto! E esse era o plano.
Semelhante ao Van Halen I e II e a outras bandas clássicas como Led Zeppelin e
Queen, que também utilizaram o número romano I, II, III, etc., e queríamos
entrar nesse reino.
Mas agora, com um melhor conhecimento, puderam tirar
o melhor de cada um, por isso, II também pode ser visto como um passo em
frente?
Sim, fizemos isso. Uma coisa é o feedback que recebemos, e que é unanimemente
positivo, mas nós mesmos ouvindo os álbuns agora, sentimos que II é um pouco mais melódico e maduro.
Provavelmente, com base no facto de termos crescido juntos como banda, fazendo
alguns espectáculos ao vivo e conhecendo-nos melhor uns aos outros.
Mantêm a ligação com Ken Hensley?
Claro! O último show que fizemos com Ken foi em Israel, em setembro. Depois disso,
Roberto decidiu deixar Ken Hensley & Live Fire e, durante algum tempo, todos
nós estivemos presos num fosso. Assim, a partir de agora, como não temos novos shows
planeados com Ken vamo-nos concentrar a 100% em Wondeworld. Toco com Ken há 10
anos, fizemos discos, dvds e concertos, portanto, acho que era saudável para
ambas as partes fazer outra coisa por um período. Na maior parte do tempo Ken está
ocupado a atuar a solo, de modo que a sua necessidade de banda tem diminuído ao
longo dos anos. Mas vamos ver o que o futuro traz.
Lendo a tua biografia, fiquei curioso sobre a tua
ligação com a equipa Oslo Recordings, uma equipa orientada para a pop. Como surge esta
ligação à pop na tua vida?
(risos)! Bem, fui um incondicional escritor
e produtor pop durante 10 anos com a Oslo
Recordings, onde escrevemos e produzimos para nomes de todo o mundo. Por acaso,
gostei desse período. Foi uma boa lição, escrever canções onde precisas chegar
ao ponto e encontrar os ganchos. E
indiscutivelmente fez de mim um melhor escritor e produtor. Sempre fui fã da
música pop pura, por isso para mim não
foi apenas um trabalho. Gostei! E não creio que alguém possa fingir e fazê-lo apenas
por dinheiro. Tens que gostar do que fazes, só assim os outros podem gostar
também.
E foram muito bem-sucedidos nessa equipa, não
foram?
Eu diria isso. Quero dizer, nunca
alcançamos o nível de sucesso que a Stargate e outros tiveram, mas a maioria
das nossas músicas foram gravadas e entramos no top 10 na Alemanha, Suécia,
Finlândia, Espanha, Itália, Austrália, Coreia, Japão entre outros. No entanto,
a dada altura a indústria da música colapsou, os orçamentos ruíram, o A & R foi demitido etc. Basicamente,
está congelado, por agora. Mas nunca se sabe, poderei escrever mais alguma coisa
para outros artistas no futuro, mas gosto de tocar rock puro com estes músicos.
Além disso, os teus companheiros de banda são
elementos muito ocupadas. Como conseguem gerir o tempo para trabalhar em todos
os projetos coletivos e pessoais em que estão envolvidos?
Bem, isso é verdade. Estamos todos
ocupados. Mas os bons músicos estão sempre ocupados. E, hoje em dia, a maioria
dos músicos toca em vários grupos. Portanto, vamos trabalhando nos intervalos aqui
e ali. Às vezes tenho alguns dias livres e faço alguns riffs e outras coisas. Talvez Rob não tenha alguns dias de folga,
mas, em seguida, na próxima semana ele terá e irá trabalhar. Enviamos algumas
coisas um ao outro e trocamos ideias. Portanto, é bastante fácil manter vivo o
processo criativo. Também temos espetáculos juntos, por isso, tentamos passar
alguns dias juntos antes dos espetáculos, a trabalhar em novo material, vídeos
ou simplesmente estarmos juntos a confraternizar.
E no que diz respeito de apresentações ao vivo? É
fácil lidar com a agenda dos três?
Sim, tem sido bastante fácil até
agora. Quero dizer, nós temos datas reservadas com outras bandas, mas, depois,
tentamos trabalhar em torno disso. E Wonderworld é uma prioridade para todos
nós, por isso, tentamos arranjar espaço para os espetáculos que queremos fazer.
Bem, e a verdade é que vocês têm um outro grande
álbum, portanto parabéns para isso e obrigado por mais uma oportunidade de te entrevistar.
Queres acrescentar algo mais?
Obrigado! Sim, também estamos muito
satisfeitos com o álbum. Agora é mais fácil atuar ao vivo, temos mais músicas
para escolher e montar um set ao vivo
que faz mais sentido. E, claro, já começamos a trabalhar em III... portanto fiquem atentos!
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