Oriundos de uma pequena cidade alemã os Larrikins mostram no
seu novo álbum toda uma qualidade que não deve ser escondida. A explosiva e
criativa mistura de rock, punk e metal faz de Am Ende War Der
Mensch um dos segredos mais bem guardados deste ano. Por isso fomos
conhecer um pouco melhor este quarteto falando com o vocalista Felix.
Olá
Felix, como estás? Obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo vosso excelente
álbum. Devem sentir-se orgulhosos...
Olá,
obrigado. Estamos bem. Depois de um trabalho longo e difícil, é um grande
prazer ter este disco nas nossas mãos e tocar as novas músicas em palco.
Mas,
vamos começar pelo princípio. Quem são os Larrikins? Importas-te de apresentar
a banda aos rockers Portugueses?
Somos
uma banda alemã de Hardrock/Punkrock
de uma cidade muito pequena chamada Goldberg no norte da Alemanha, perto do Mar
Báltico. Fazemos música desde os 13 anos de idade. A banda nasceu em 2001 como
uma banda de escola.
Podemos
fazer uma viagem rápida pela vossa história até agora?
Christian,
o nosso baterista, juntou-se à banda no ano de 2006. E foi desde essa altura
que nos sentimos como uma verdadeira banda. Antes tocava baixo, mas depois de
um acidente que tive, Mike juntou-se à banda no Verão de 2010. Em 2008, Mike
gravou o nosso primeiro álbum Kommt Zeit
de Kommt’s Hart e portanto, foi a primeira pessoa a quem perguntamos se
queria tocar baixo. O nosso segundo álbum Krisenkirmes
foi gravado no ano de 2011. Foi o primeiro registo com este line-up. Desde aí nunca mais mudamos.
É
possível ouvir neste vosso novo álbum uma grande diversidade. De onde vem toda essa
a inspiração e influência?
Somos
quatro membros da banda, por isso temos todos gostos diferentes e as coisas que
gostamos acabam por nos inspirar. Na nossa sala de ensaios, misturamos todas
essas ideias e estilos de vida. Optar por ter apenas um género de música seria
aborrecido depois de todos esses anos e por isso queremos manter essas opções bem
vivas.
Cantar
em alemão é complexo e, sinceramente, acabo por não perceber nada (risos). Porque
essa opção?
Por
que não? Quando começamos a banda, o nosso Inglês não era tão bom como é hoje e
por isso escolhemos a nossa língua materna.
Já
agora, quais são as principais questões abordadas no aspeto lírico?
Se estiveres
com os olhos abertos neste mundo louco, irás encontrar muitas coisas para
escrever. Há tantos problemas na política, religião e relações humanas entre
todas estas pessoas no mundo. Isso faz-nos ter medo. Por outro lado, há tantas
coisas maravilhosas sobre as quais a nossa banda escreve, como amor, amizade,
natureza.
Durante
quanto tempo trabalharam nesta coleção de músicas?
Cerca
de quatro anos. Começamos a escrever as canções em 2012. Por vezes há muitas
quebras na sala de ensaios de uma banda, quando estamos em tournée, de férias de verão ou a beber cerveja em festivais.
Sei
que têm alguns convidados no álbum, não é verdade? Quem são eles e como se
proporcionou a sua participação?
Sim,
no nosso disco temos três convidados e todos são espontâneos. Em So Wie Früher Pauline, da banda Was
Sonst!, é a vocalista convidada. A viola e o trompete estão a cargo da Clarissa
e do Jonas. Jonas toca numa banda de covers
dos Rolling Stones chamada Get Stoned. Dirk, o nosso produtor, teve a ideia dos
convidados já no estúdio e depois de um breve telefonema, todos eles nos
visitaram, gravaram as suas partes e passamos um bom bocado.
Como decorrem
os processos de escrita e gravação?
Antes
de entrar em estúdio em Berlim, fizemos uma pré-produção na nossa sala de
ensaios em Goldberg com o nosso produtor Dirk. Apenas para detetar os altos e
baixos e encontrar o sentimento certo para as músicas. Após isso, gravamos a
bateria em Berlim. A guitarra e o baixo foram gravados no nosso estúdio
caseiro. Depois voltamos para Berlim para gravar a voz e toda uma série de pequenas
coisas que completam o disco.
Já
têm uma tournée planeada para
promover este álbum?
Na
verdade não. Iremos promover este álbum até o próximo. O nosso plano é tocar uma
série de concertos em clubes pequenos ou grandes festivais. Se nos quiseres ver
em Portugal estás à vontade para nos convidar! Ir para palco é a coisa mais
importante para nós. É muito bom estarmos na nossa sala de ensaios e escrever
algumas músicas novas, mas a melhor coisa é tocar ao vivo na frente das
pessoas. E se essas pessoas puderem tirar algo das nossas músicas, o mundo será
um pouco melhor nem que seja apenas por um momento.
Muito
obrigado Felix!
Muito
obrigado eu. Diverte-te!
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