A boa notícia
é que os Vardis estão de regresso com o seu primeiro material original em cerca
de 30 anos. Um regresso que, infelizmente fica ensombrado com o falecimento,
durante o registo de Red Eye do
baixista Terry Horbury. Isso faz com que do line-up
original apenas reste Steve Zodiac, precisamente o homem que acedeu responder
às nossas questões.
Olá Steve! Obrigado pelo teu tempo! Finalmente aí
está o regresso dos Vardis! O que vos motivou a regressar?
Ao longo dos anos tenho considerado diferentes
propostas de regresso dos Vardis, mas sempre disse que não. A remasterização de
Vigilante fez-me ver quanto nós demos
como banda, por isso, nessa altura, senti-me bem.
E sentem-se em forma e perfeitamente adaptados a
estes novos tempos musicais? Musicalmente acho que estamos fiéis ao legado da banda sem replicar o que
se passou antes. Red Eye permanece
como um álbum de Vardis para 2016. Muita coisa mudou em 30 anos, mas é incrível
ver nos nossos espetáculos fãs do início dos anos 80 juntos com fãs que nem
sequer eram nascidos na altura.
O que fizeram neste 30 anos?
Quando parei de tocar comecei a focar-me no lado
técnico do som. Trabalhei como engenheiro de som no West End Theatres em Londres,
e mais tarde desenvolvi cursos de engenharia de som para a educação do Reino
Unido.
Como definirias Red Eye, considerando os vossos lançamentos do
passado?
Em termos de produção, voltamos ao básico. O nosso
objetivo era usar o estúdio para mostrar o poder das performances e manter a energia ao vivo associada com a nossa
música.
E desta vez com um pouco de sangue fresco com o poderoso
baterista Joe Clancy. Como o descobriram?
Já conhecia Joe há bastante tempo. Durante dez anos
tocou com Adrian Smith durante o seu afastamento dos Maiden, embora sem andar
em tournée nem gravar material. Eu
queria fazer música nova e fresca e explorar e desenvolver o som dos Vardis e
precisava de um baterista de qualidade excepcional, e ele estava entusiasmado
por ser a dimensão extra dos Vardis. Após um ensaio Terry e eu sabíamos que
tínhamos o nosso homem.
Mas a triste notícia é a morte do vosso membro
Terry Horbury. O que aconteceu?
Terry era um homem fantástico e tal como eu tinha um
novo sopro de vida com o regresso dos Vardis. Adoeceu durante a gravação de Red Eye e em poucos meses acabou por
falecer devido a cancro. O disco tornou-se uma celebração do talento de Terry e
do seu legado musical.
Devem ter sido tempos muito difíceis... Como superaram
essa situação?
Foi difícil, estávamos com ele no hospital todos os
dias. Queríamos estar lá para ele, mas ele estava lá por nós - foi muito
filosófico e deu-nos força para continuar. A sua força era o exemplo que tínhamos
de seguir - para terminar Red Eye e
continuar a fazer música.
Voltando a Red Eye, acho que é um honroso regresso para a
banda, mas gostaria de te perguntar se todas as músicas são completamente novas?
Obrigado, sim todo o material de Red Eye, para além das duas faixas bónus, foi escrito nos últimos anos.
E a partir de agora... o que virá para os Vardis?
Seguramente, uma vida nova?
Sim, agora estamos a trabalhar em material novo e temos
planos para um álbum ao vivo. Depois do que aconteceu com Terry sabemos que
temos que aproveitar cada show como
um evento que pode ser o nosso último.
Obrigado Steve! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Apenas queremos agradecer a todos pela receção
fantástica que recebemos depois de tanto tempo afastados. É verdade que o Rock n Roll nunca morre!
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