Foi um longo
período de cinco anos que culminou no lançamento do petardo de enorme qualidade
que é Fake Mistake. Falamos dos
italianos Waste Pipes, banda com uma carreira, ou experiência, como eles
preferem chamar, de 10 anos sempre com o mesmo line-up. Foi precisamente a propósito de Fake Mistake que falamos com o baixista Lava.
Olá Lava! Obrigado pela disponibilidade! Os Waste
Pipes são uma banda de hard rock muito experiente com mais de dez anos de
atividade. Como analisas a vossa carreira até agora?
Nós é que agradecemos. Sim, tocamos juntos desde 2003
e nunca mudamos o line-up. Andávamos na
escola e crescemos com a nossa música. Preferia chamar de "experiência"
em vez de "carreira". Cada espetáculo e cada canção é uma nova aposta
para nós. A propósito, a nossa "experiência" é fantástica e envolve
música, amizade e todos os bons e maus momentos que passamos.
Fake Mistake é o vosso regresso após uma longa paragem.
O que aconteceu?
Foi um longo período de 5 anos para encontrar o som
certo para o álbum. Queríamos um álbum com um muitos tons, desde o hard rock clássico que ainda adoramos
até ao toque moderno quer da pop quer
do rock moderno. Além disso, produzimos
e gravamos o álbum por nós mesmos e foi certamente um longo processo. Admitimos,
também que perdemos muito tempo precioso nestes anos e até escrevemos uma
canção sobre isso (For All The Times We
Waste). Agora não queremos esperar muito e já temos algumas canções e
ideias novas, basicamente mais orientadas para o rock'n'roll: duas guitarras e grandes riffs.
E que magnífico regresso, deixa-me dizer! Parabéns!
Estavam numa fase muito inspirada...
É um grande prazer para nós ler estas palavras! Mas
nem todas as opiniões a respeito de Fake
Mistake são positivas e eu entendo o porquê. É complexo e nem sempre é in-your-face, mas representa o que
eramos.
De qualquer maneira, referiram numa entrevista que este
foi um álbum muito difícil. Por quê?
Trabalhamos muito para encontrar a roupagem certa para
a música e nunca escolhemos a maneira mais fácil de levar as músicas até ao
fim. Algumas faixas como Fire Below
ou Bad Growning são como duas ou mais
músicas coladas e os sons de cada instrumento são concebidos precisamente para
isso. Também tocar Fake Mistake ao
vivo foi difícil. Trabalhamos e ensaiamos muito para que as músicas
funcionassem.
Durante quanto tempo trabalharam neste álbum?
Escrevemos as canções em 3 anos e o resto foi
produção, gravação e pós-produção, mas tudo foi muito fragmentado devido à
intensa atividade ao vivo que sempre tivemos. Fizemos uma paragem verdadeira de
10 meses em 2015 para gravar e misturar este bebé.
Como é o processo de criação nos Waste Pipes?
Gostaria de te dizer que escrevemos sempre as músicas
todos juntos, mas nem sempre é assim. A maioria das canções de Fake Mistake foram criadas passo a
passo, gravar demos e acrescentando
coisas. Pessoalmente não gosto desse método, mas, no fim, permitiu-nos explorar
novas terras. Boe e Guarro cuidaram
dos sons, criando o ambiente certo para as canções. E acreditem, trabalharam
muito. A respeito das letras: pela primeira vez experimentamos os quatro a
escrever. Eu e Chris escrevemos bastantes letras juntos e foi engraçado.
Como foi a experiência em estúdio desta vez?
Importas-te de falar sobre isso?
Foi muito stressante;
certamente preferimos tocar ao vivo. O nome Fake
Mistake é uma contradição, porque gastamos muita energia na produção deste
álbum e, no final, não gostamos tanto assim do resultado, tivemos algumas lutas
entre nós, por não sentirmos o que pensamos ser em palco: uma banda divertida. Portanto,
foi um erro, mas que quisemos assumir. O nome do álbum é um reflexo da experiência
que tivemos no estúdio: errado, mas essencial para nós.
Já têm alguma tour planeada para promover Fake Mistake?
Sim, claro. Tocamos cerca de 25 concertos em menos de
4 meses entre o final de fevereiro e maio. Para nós, é um grande número de espetáculos.
Agora iremos tocar em alguns festivais de verão na nossa região (Norte de
Itália) e, em seguida, outros clubes no outono.
Obrigado Lava! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Sim! Vão ver ao vivo as vossas bandas locais e apoiem
a cena. Muito obrigado Via Nocturna!
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