Entrevista: Ocre

Vostok 1 foi o trabalho que, em 2015, introduziu os Majax no circuito rockeiro nacional. A banda entretanto foi forçada a uma paragem e aproveitando esse facto, André Figueiredo e Chlöe Illingworth avançam em duo para um novo projeto que assina Dazed, EP para já apenas em formato digital, como primeiro trabalho. Assim nascem os Ocre de quem nos fala André Figueiredo.

Olá André, tudo bem?! Ocre é o teu novo projeto. Abandonaste os Majax ou é uma atividade paralela?
Viva Pedro, sim está tudo bem. Sim, Ocre é atualmente o projeto em que estou a trabalhar, que nasceu precisamente da paragem dos Majax, paragem essa que foi feita não por vontade, mas sim por necessidade pois o João (baterista), não tinha possibilidade de continuar com os Majax.

Quando começaste a trabalhar neste novo projeto?
Os Ocre começaram por volta de setembro de 2015, pouco tempo após a paragem dos Majax.

Ocre acaba por ser um pouco diferente de Majax. Nesse sentido, quais são as vossas maiores influências?
Por um lado é muito diferente e por outro não. As maiores diferenças é que agora usamos instrumentos diferentes; trocamos a guitarra por sintetizadores; um crescente gosto pelos sintetizadores e a composição está muito mais direcionado para uma dualidade entre o baixo e a bateria; as parecenças é que os gostos e influências não mudaram assim tanto; continuamos a achar que somos uma mistura de Rock Psicadélico e Post-punk com um pouco de Stoner Rock, mais concretamente bandas como Pink Floyd, King Crimson, Joy Division, Tame Impala, um pouco de Royal Blood tambem por razões óbvias e outras bandas que vamos ouvindo e nos vão inspirando.

Para além de ti, quem mais compõe os Ocre atualmente?
Sou eu (André Figueiredo) na bateria, voz e sintetizadores e a Chlöe Illingworth no baixo, voz e sintetizadores, que tambem já fazia parte dos Majax como baixista.

Dazed é o vosso primeiro EP. Como o descreverias?
Descrevo-o como sendo a nossa opinião do estado das coisas; da falta de vontade do Homem tentar ser mais do que ele próprio, de estar como quem estivesse num estado de desalento, atordoado. Isto tudo contado pela nossa mistura de Psicadélico com Post-punk e Stoner e o que mais for (risos).

Para já está em audição livre no vosso Bandcamp, certo? Irá haver alguma edição física?
Sim podem fazer stream gratuito do nosso álbum tanto no bandcamp  (https://ocreband.bandcamp.com) como tambem no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=OsHDS0oWs1I&t=5s). A edição fisica ainda vai demorar um pouco mas também vai haver!

Em termos de gravação, como decorreu a experiência? Onde gravaram? 
Nós gravamos no Villa "L Dourado" resort em Viseu, por mão do Ricardo Bernardo. A experiência foi muito boa, pois já conhecíamos  a malta que grava e ensaia lá como os Epilépsia Alienígena e os Adãomastor, e isso já foi uma grande ajuda para nos sentir-mos à vontade.

Sendo uma banda extremamente jovem, que projetos têm em mente cumprir nos próximos tempos?
Bem agora queremos apresentar o nosso EP ao vivo, entretanto mais para o futuro, queremos gravar um longa duração.

Mais uma vez obrigado! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Um grande obrigado a ti Pedro, pelo teu apoio e dedicação à divulgação do nosso trabalho e de muita mais boa música que se anda por aí a fazer e um obrigado a todos que tiram um pouco do seu tempo para nos ouvir e apoiar, são os maiores!

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