Rappacins Tochter foi um marco na carreira dos Aeternitas e até do metal em geral. No entanto os germânicos
procuraram não se repetir e conseguiram encontrar uma outra história
interessante para abordar com o seu metal sinfónico. Demorou sete anos até House Of Usher estar cá fora, e esse foi
um dos pontos da nossa conversa com Alexander Hunzinger (compositor,
guitarrista).
Viva Alexander! Obrigado pela disponibilidade. Sete
anos depois, eis o regresso dos Aeternitas! Como se sentem atualmente?
Aliviados e muito felizes por finalmente termos conseguido
depois deste longo período de trabalho duro.
O que aconteceu durante este longo período de sete
anos?
Depois do lançamento do nosso muito especial último
álbum em 2009 - o musical gothic-rock Rappacinis
Tochter – andamos em tournée-teatro
pela Alemanha durante cerca de anos. Esta tour
exigiu muito tempo e esforço, porque realizamos um verdadeiro espetáculo de
teatro. Tivemos muita diversão, mas deixou-nos menos tempo para ser criativos e
escrever novas músicas. E no final dessa longa tournée percebemos que não poderíamos fazer um projeto como aquele
uma segunda vez. Por isso, tivemos que decidir qual caminho a seguir para o
álbum seguinte em termos de estilo musical e conceito. O resultado foi o álbum
atual House Of Usher.
E em House Of
Usher – álbum e conceito – é algo em que
já estão a trabalhar desde 2012. Podes falar-nos a respeito desse conceito?
Depois de terminar o período de teatro tivemos algumas
discussões sobre o nosso novo estilo, o que demorou algum tempo. No final
chegamos à conclusão de manter o conceito de um álbum baseado num conto, mas
não numa forma apertada de um musical de palco, mas sim com canções de metal sinfónico moderno na tradição do
nosso segundo álbum La Danse Macabre.
As letras são baseadas na história com o mesmo nome
de E. A. Poe. Quando surgiu essa ideia de transformar esta história em música?
Eu já andava a estudar as histórias de Poe há muito
tempo, durante as pré-produções para o nosso último álbum, que foi baseado numa
curta história do autor americano Nathaniel Hawthorne, um companheiro de E.A.
Poe. Portanto, para além de todas as mudanças musicais, queríamos manter neste
novo álbum o tema do romance gótico e chegamos ao extraordinário conto The Fall Of The House Of Usher, que se
encaixa perfeitamente no nosso novo conceito musical.
Esta é também a vossa estreia para a Massacre
Records. Quando começou esta ligação?
Após a conclusão da produção do álbum, começamos a
procurar um selo para lançar este nosso novo álbum e Massacre Records mostrou-se
interessada. Ficamos muito felizes em fazer parte da família Massacre, porque
algumas das suas antigas bandas de sucesso como os Theatre Of Tragedy tiveram
uma enorme influência nos nossos primeiros anos de banda.
Como decorreram os processos de escrita e gravação?
Para este álbum House
Of Usher escrevi todas as músicas e fiz os arranjos básicos e
orquestrações. Numa segunda fase, trabalhamos juntos nas músicas nas nossas
sessões de ensaio, tentando várias ideias e melhorando as músicas. Finalmente
fizemos a gravação, apoiada pelo nosso produtor vocal Henning Basse (Firewind)
e pelo engenheiro da mistura e masterização Götz Kretschmann dos
Wonderlandstudio.
E o que têm feito desde o lançamento do álbum?
O lançamento foi apenas há um mês… Claro que tivemos
uma festa de lançamento muito agradável e também algumas ações de marketing. Os ensaios para os
espetáculos também já começaram.
Próximos projetos a serem realizados? Está planeada
alguma tour pela Europa?
Já começamos a trabalhar em novas músicas para que o
tempo para o próximo lançamento seja mais curto do que nesta vez. Também
planeamos fazer alguns espetáculos e alguns festivais no próximo ano e talvez também
possamos agendar alguns espetáculos europeus.
Muito obrigado, Alexander! Desejas acrescentar mais
alguma coisa?
Desfrutem da nossa música e desfrutem de toda a boa
música e deem à música o valor que merece.
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