Ser
galardoado como a Melhor Banda Italiana de 2016 pela consagrada Metal Hammer não é para qualquer um. A
escolha recaiu nos Badbones, banda que no ano passado assinou o seu quarto
álbum Demolition Derby. Muito hard rock, bem alto, com boas melodias é
a chave para um grande disco e um merecido reconhecimento. De uma forma
empolgada, mas humilde, o baixista Steve Balocco falou-nos da banda, do álbum,
do prémio e das próximas tours.
Olá Steve! Quem são os Badbones? É certo que Demolition Derby é já o vosso
quarto álbum, mas podes apresentar a banda aos rockers portugueses?
Viva! Somos uma banda de Hard Rock da Itália, formamos em 2007. Gravamos 4 álbuns e 1 EP e a
nossa música é profundamente influenciada por bandas como Van Halen, Thin
Lizzy, AC/DC, Whitesnake, Def Leppard, Motörhead e ZZTop.
Poderias falar um pouco da vossa história até
agora?
Sim! Comecei a banda em 2007 para ter a oportunidade
de tocar com o meu irmão Lele (bateria). Tivemos diferentes bandas e projetos e
percebemos que passamos mais de 10 anos divididos. Portanto, decidimos começar
esta coisa nova. No início era como um projeto paralelo apenas para nos
divertirmos a tocar a música que nos inspirou quando éramos mais jovens. Rapidamente
tudo mudou e quando o nosso primeiro álbum Smalltown
Brawlers foi lançado, teve um sucesso inesperado no underground e percebemos que tínhamos uma base de fãs! Andamos em tournée pelos EUA e Europa sem parar! Em
2011 pedimos a Max para se juntar à banda e concluir, com ele, o lineup. Em 2013, Sergio substituiu o
nosso ex-guitarrista Meku e aqui estamos! Quatro álbuns, centenas de espetáculos
em todo o mundo e um novo desafio com este novo álbum!
Falando de Demolition
Derby, como descreverias este álbum para quem
não vos conhece?
Estamos muito orgulhosos deste novo álbum! Soa
barulhento e com grandes melodias. Tudo o que se pode ouvir aqui é uma banda a
tocar, sem computadores, sem teclados, exceto o incrível desempenho de
Alessandro Del Vecchio em Red Sun, tudo
é ao vivo e áspero! Acho que fizemos um trabalho muito bom. Se gostam de hard rock old school, deveriam dar uma
audição.
Como decorreu o processo de gravação? Onde gravaram
e com quem?
Gravamos no estúdio Domination em San Marino com a
produtora Simone Mularoni e as vozes foram produzidas e gravadas por Roberto
Tiranti no Giallupo’s Liar, em Génova. Adoramos estes dois elementos! São
grandes artistas e fizeram um trabalho incrível, tudo surgiu tão natural. Eles
já conheciam a banda e tivemos a mesma ideia quando começamos este novo álbum.
Todos empurraram na mesma direção para fazer um disco de hard rock barulhento, melódico, sem teclados ou sequenciadores. Queríamos
um som essencial e poderoso, que é uma marca para nós! Guitarra/baixo/bateria e
nada mais!
As reacções têm sido muito boas. Esperavam tal?
Estamos muito felizes com as reviews. Quando o master
ficou pronto, ficámos satisfeitos com o resultado final e esperávamos que as
pessoas pudessem apreciar o nosso trabalho. Os nossos produtores estavam
empolgados, mas nunca se sabe até ler os primeiros comentários. Mesmo que não estejamos
na moda como outras bandas, os jornalistas gostaram da nossa música sem pensar
no que acontece atualmente. A nossa música vem do passado, mas todas essas boas
palavras dos jornalistas dão-nos mais esperança para o futuro!
Também com a Metal Hammer a eleger-vos como a melhor banda italiana
de 2016. Como reagiram a esta notícia?
Isso foi, de todo, inesperado! Ninguém pensou que isso
poderia acontecer, quero dizer, houve lançamentos monstruosos em 2016, por isso
ficamos realmente surpreendidos quando o nosso management nos falou desse prédio! A Metal Hammer é uma revista gloriosa e estamos honrados e gratos a
eles!
Este prémio irá trazer mais responsabilidade a
partir de agora?
Não penso assim. Estamos todos felizes, obviamente, mas
temos os pés bem assentes na terra e continuaremos a lutar todos os dias para seguir
com esta banda. Não é fácil tocar o que tocamos hoje em dia, não somos música house, Dj's ou artistas pop. Somos
uma banda underground e estamos
orgulhosos de ser quem somos, mas sangramos para manter a nossa música viva.
Já têm algum vídeo retirado deste álbum?
Sim! Iremos lançar um novo vídeo muito em breve!
Estamos a trabalhar nisso!
Prontos para subir a palco para promover este
álbum? O que está planeado para os próximos tempos?
A tournée começou
na Itália no outono, agora vamos tocar na Rússia em março. Depois, temos uma tour na Europa e em novembro vamos tocar
novamente nos EUA! Gostamos de andar em tournée,
conhecer novas pessoas e velhos amigos em todo o mundo! Somos uma banda 100% ao
vivo!
Mais uma vez, muito obrigado, Steve! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela bela entrevista! Continuem a rockar!
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