Em finais de 2016 os The Vegabonds mostraram ao
mundo daquilo que são feitos. E Daniel Allen já não falava connosco desde 2011.
Por isso foi tempo de perceber o que entretanto se passou, analisar a
verdadeira fibra que compõem os americanos e verificar que este é,
definitivamente, o melhor e mais bem-sucedido disco da carreira do quinteto de
Nashville.
Olá Daniel! A última vez que conversamos foi há
muito tempo, em 2011, portanto, pergunto-te como tem sido o vosso trajeto desde
essa altura.
Olá de novo! Sou Daniel Allen, vocalista dos The Vegabonds.
Como banda, mudamos desde a última vez que estivemos na Europa. Agora somos uma
banda com cinco elementos. Em 2014, adicionamos um novo teclista chamado Beau
Cooper. O nosso som também mudou. Comecei a tocar guitarra acústica que nos deu
uma distinta vibe sulista,
complementada com os sons de guitarra elétrica de Richard Forehand.
What We’re
Made Of é o vosso disco mais recente e já
é considerado como o vosso melhor. Concordas? Em que aspetos mais se nota a
vossa evolução?
Sim, acredito que What
We’re Made Of é o nosso melhor registo. As canções contam grandes histórias
e a música vem dos nossos corações. Acho que a nossa maior evolução está na escrita.
Nos últimos anos tenho-me inserido na comunidade de composição de Nashville e
fui fortemente influenciado pela paixão e talento com que convivi.
Os The Vegabonds têm andado em tournée em todo o mundo e
essa é a vossa verdadeira vocação, suponho. Quais são as melhores lembranças que
guardas desses espetáculos?
Tenho muitas e ótimas lembranças ao longo dos anos que
andamos em tournée. Os grandes fãs na
Europa sempre tornam as nossas tours especiais.
Como favorito terei que dizer ter experimentando o Carnaval em Espanha em 2012.
Foi incrível ver todos vestidos e festas nas ruas até o nascer do sol!
Atualmente estão numa tournée americana. Como
têm corrido as coisas?
Andamos em tournée
nos EUA nos últimos 2 anos e tudo tem ido muito bem. Em dezembro fomos, pela
primeira vez, à Califórnia e também acabamos de tocar em Las Vegas pela
primeira vez. Temos tido sucesso em lugares onde nunca tínhamos ido, e somos
abençoados por continuar a espalhar a nossa música ao redor do mundo.
Porque a escolha do tema Oh My Lord para primeiro single?
Assim que escrevemos Oh My Lord, logo soubemos que queríamos que fosse o single. É cativante, optimista e tem uma
grande história. É sobre o momento da minha vida em que faleceu o meu avô e a
viagem através das diferentes emoções que senti. É também uma canção de amor
para a minha esposa e a forma como ela me ajudou nesse momento difícil.
Nota-se na vossa sonoridade um trabalho muito
orgânico. Como é feita a composição nos The Vegabonds?
Temos uma maneira orgânica de escrever que vem de
diferentes métodos de fazer canções. Às vezes, alguém escreve uma canção e trá-la
para o resto da banda; outras vezes todos nós nos juntamos num quarto a ver o
que surge. Isso permite-nos ser frescos e não ficar entediados com o processo
de escrita.
E esse aspeto orgânico foi, de fato, a origem do
tema que acabou por ser escolhido para single. Queres contar o que aconteceu?
Sim, estávamos no nosso espaço de ensaio e simplesmente
começamos a tocar alguns acordes de um lado para o outro. Tentava criar uma
canção com um sentimento sulista no refrão. Depois de algum tempo, comecei a
cantar as palavras Oh My Lord e
funcionou perfeitamente. O resto da canção foi escrito em torno dessa linha.
Há um forte componente de improvisação neste álbum?
Neste disco não improvisamos muito. Tudo o que
gravamos foi repetido incansavelmente uma e outra vez antes de entrarmos em estúdio.
Só tivemos 7 dias para gravar todo o álbum, portanto tínhamos que ter as músicas
exatamente como queríamos e ficou maravilhosamente!
Já que o álbum já está cá fora desde 2016, já têm feedback a respeito da
sua aceitação?
Tem sido o nosso álbum mais bem-sucedido até à data. Vendeu
mais cópias do que qualquer um dos nossos outros discos anteriores e foi eleito
o segundo melhor álbum de Southern Rock
de 2016 por SouthernRockBrasil.com
Para além dos The Vegabonds estão envolvidos em mais
algum projeto que queiram falar?
Estou sempre a escrever novas músicas. Já comecei a
gravar rascunhos das minhas próprias músicas para um possível lançamento num
futuro próximo. Mas, por enquanto, estou focado no próximo disco dos The
Vegabonds e no nosso regresso à Europa. Acabamos de gravar um par de músicas
novas na semana passada que iremos lançar em breve.
Muito obrigado, Daniel! Queres acrescentar mais
alguma coisa que não tenha sido abordada nesta entrevista?
Muito obrigado pela entrevista! Mal podemos esperar
para regressar à Europa em tournée! Sigam
os The Vegabonds no Instagram, Facebook e Twitter. Além disso, confiram no nosso site as datas da nossa tournée
europeia.
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