Inspirados pelos lendários precursores do punk metal Motörhead,
surgem os Segregates, um power trio
britânico, responsável por trazer a mensagem musical de Lemmy & Co. até às
novas gerações. Burston é o trabalho
de estreia e o motivo que nos levou à fala com o baixista e vocalista Smell.
Olá, Smell! Obrigado pela tua disponibilidade. Antes
de mais, podes apresentar os Segregates aos rockers portugueses?
Os Segregates formaram-se algures em 2011. Depois de
algumas mudanças de formação, agora somos Smell (questionável) no baixo e
gritos, animal Bilo na bateria e
gritos ocasionais e Dr J Horn na guitarra e talento.
Inquestionavelmente, os Motörhead são a vossa principal
influência. Mas que outros nomes foram também responsáveis pelo nascimento e
música dos Segregates?
É correto dizer que os Motörhead são a principal
influência e não temos vergonha em dizer que eles são a maior banda de todos os
tempos! Mas não somos uma cópia descarada e temos influências de outros nomes
do punk rock britânico como GBH e
ANWL, bem como do rock ‘n’ roll clássico
como Eddie Cochran e Little Richard. Obviamente, também temos muito de Inepsy,
Warefare, G.A.T.E.S e músicos como Wilko Johnson também devem ser mencionados. Se
é apropriado dizer, não temos tempo para os posers
que desarrumam o mundo.
Claro que fazendo uma versão teria de ser de um tema
dos Motörhead. Mas por que escolheram Riding With
Driver? Têm alguma ligação especial a
essa canção?
Já há muito tempo que tocamos Riding With The Driver, mas a decisão de a gravar surgiu
simplesmente com a ligação que este álbum teve com Wurzel. Fomos convidados a
gravar no The Croft Studios pelo companheiro e baixista de Wurzel, Tim Atkinson
(Leader Of Down). Isso foi depois de um encontro casual com Tim nos bastidores de
um espetáculo dos Motörhead em Manchester. Frequentemente o estúdio era usado
por Wurzel com os Leader Of Down e alugamos algum do seu equipamento para usar
neste disco, bem como como um velho amplificador de baixo do próprio Lemmy.
Chamamos este álbum de Burston em
homenagem a Wurzel (Michael "Wurzel" Burston) e decidimos colocar esta
música uma vez que sentimos que era uma das melhores em que esteve envolvido durante
a sua estadia nos Motörhead.
Parece que a criação e o desenvolvimento deste
disco não foram muito fáceis. O que aconteceu?
Beber muito (ou não o suficiente?) em estúdio tornou o
processo de gravação mais lento do que o esperado e, depois, a falta de
qualquer tipo de habilidade musical também não ajudou, Dr Horn excluído.
Tivemos uma oferta para lançar pela Bestial Invasion Records, mas o tempo
passou e depois de quase dois anos desde que começamos o álbum, tivemos uma
oferta da Cleopatra Records com quem acabamos por assinar. Portanto, foram
cerca de 2 anos desde começar até lançar o álbum, com grandes lacunas entre as
sessões, etc.
Mas agora, com as excelentes reações que o álbum
tem tido, estão recompensados, não é?
Temos recebido algumas boas reviews de pessoas que parecem entender o que estamos a fazer, que é
verdadeiro Rock and Roll. Houve
algumas negativas, mas que se lixem… Estamos felizes agora que o disco está cá
fora e que a Cleópatra mostrou muita fé e apoio na música e banda.
Como tem sido levar Burston para palco?
Temos vários espetáculos anunciados aqui no Reino
Unido e alguns em fase de agendamento. Mas pretendemos sair em breve para a
Europa e, possivelmente, para os Estados Unidos.
Há mais alguma coisa que gostasses de acrescentar a
esta entrevista?
Felicidades para todos que nos apoiam e vemo-nos no
bar em breve.
Comentários
Enviar um comentário