Apesar de terem originalmente nascidos na Alemanha,
os Shameless sempre tiveram muitos nomes americanos a participar nos seus
discos. E ao sétimo – naturalmente chamado The Filthy 7 – isso volta a acontecer. Um sétimo disco
que mantém o coletivo como um dos expoentes maiores do glam rock atual. O líder Alexx Michael acedeu a
responder às nossas questões.
Olá Alexx, como estás? Obrigado pelo teu tempo e
disponibilidade. The Filthy 7 é o vosso novo álbum, já o sétimo. É por isso
que se chama assim?
The Filthy 7 é o nosso 7º lançamento do estúdio, por
isso pensei que este nome era perfeito.
Como foi o processo de composição deste novo álbum?
Diferiu em alguma coisa em relação aos trabalhos anteriores?
Comecei a escrever material antes de ir em tournée com Cherie Currie pela Nova
Zelândia e Austrália. Durante essa tournée
fiz alguns espetáculos com a banda de Auckland Blue Ruin e logo a seguir comecei
a escrever canções com a sua baterista Anna Monteith, que surgiu com bastantes
ideias novas para as músicas. Também foi muito interessante escrever em
conjunto com alguém que não vem da música glam
rock.
Numa altura em que o glam rock parece
renascer, e sendo que os Shameless sempre estiveram aí, como vês a nova geração
do género?
A parte triste é que muitas das bandas que surgiram há
cerca de 10 anos, como Crashdiet de Vains de Jenna, já desapareceram. Esta nova
cena só durou alguns anos antes de começar a ter os mesmos tipos de problemas
que as bandas dos anos 80 tiveram. Nós, simplesmente fazemos o que amamos. Apenas
Kick Ass Rock n Roll sem regras ou
limitações sobre o que escrevemos.
Existe alguma banda de que gostes particularmente
neste renascimento do género?
Gosto muito dos Hardcore Superstar porque permanecem
fiéis à sua música e fazem o que gostam de fazer.
De regresso a The Filthy 7, porque escolheram o tema Get Out Of My
Dreams, Get Into My Car para fazer uma
versão?
Nunca fui um fã da versão original de Billy Ocean, mas
um dia ouvi outra vez a música e pensei como seria fixe transformá-la numa
canção Shameless e mudar todas as coisas que não gostei no original. Bem, o
original também é um tipo de música totalmente diferente. Frankie Muriel fez os
vocais. Sempre admirei o seu estilo desde que o vi a abrir para os Extreme em
1991 em Munique com a sua banda King Of The Hill.
Quanto ao resto do álbum, sinto que mantens essa vibe típica do glam. Isso enfatiza que o teu sentimento de rock-star permanece intacto no final de tantos álbuns
e tantas colaborações?
Eu só escrevo o tipo de música que gosto de ouvir. Não
escreveria grunge nem emo, canções que simplesmente não gosto.
Não me sentiria confortável a escrever nesses estilos. Como mencionei anteriormente,
Anna Monteith trouxe uma frescura interessante para o disco e Tommy Wagner
também foi um sopro de energia fresca para as músicas com o seu estilo de
bateria. Tracii Guns esteve a bordo e queria muito tocar em todas as músicas do
álbum. Esta foi também a primeira vez que ele tocou muitas guitarras ritmo.
Já há alguma coisa confirmada para levar The Filthy 7 para a
estrada?
Anunciaremos novos espetáculos nas próximas semanas. Em
meados de novembro, vamos tocar 4 ou 5 concertos na Itália, seguido pela
Alemanha, Suíça, Áustria e, claro, também o Heat
Festival em Ludwigsburg, Alemanha, no dia 2 de dezembro, juntamente com
muitas bandas muito fixes. Vai ser explosivo!
Obrigado Alexx. Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Podem encontrar todas as nossas informações em
www.shamelessrock.com e toda a nossa música está disponível através da Amazon, iTunes, Spotify e, claro,
também diretamente a partir da nossa loja oficial Shameless. Iremos fazer mais alguns
espetáculos em 2018 e, depois, mais tarde, pensar noutro lançamento, embora
ainda não saibamos quando será. Estou muito grato por todo o apoio dos nossos
amigos e fãs em todo o mundo. Sem vocês não poderíamos fazer isto.
Comentários
Enviar um comentário