The Eye Of Tilos (Perfect Blue Sky)
(2017, SMG/Right Recordings)
Da junção do músico sueco Pontus Andersson e da vocalista australiana Jane Kitto nascem os Perfect
Blue Sky, independentemente de anteriores colaborações entre os dois
músicos. O novo álbum, The Eye Of Tilos,
é uma viajem retrospetiva aos anos 60 e 70, ao peace and love e ao flower
power. Melodias singelas criadas essencialmente com guitarras acústicas
onde o minimalismo e o psicadelismo prevalecem. No entanto, falta algum nervo, alguma intensidade, o que faz de The Eye Of Tilos um disco, em muitos
momentos, desinteressante e bastante insonso. (4.3/6)
Non-Stop Mexico-Jamaica (Ozomatli)
(2017, Cleopatra Records)
Para quem não
conhece, os Ozomatli são um abanda
californiana de latin-fusion já
galardoada com diversos Grammy. Non-Stop Mexico-Jamaica, o seu novo trabalho, nasce do conceito de
juntar duas das mais ponderosas tradições musicais: a canção Mexicana (clássica
e contemporânea) com a assinatura dos ritmos jamaicanos. O resultado é o
conjunto de 14 temas do século passado, reimaginadas e renascidas com a ajuda
de Sly & Robbie, um dos duos de bass & drum mais respeitados da
Jamaica. A ideia é engraçada e a fusão com outros ritmos como o R & B ou o rock resultam bem. No entanto, o recurso exagerado a ritmos
eletrónicos e hip hop, acabam por
tornar os temas menos imprevisíveis e mais plásticos. (3.8/6)
The Camden Promise (Tony Natale)
(2017, Independente)
Tendo como
principal objetivo a disseminação da paz e do amor, Tony Natale é baterista e compositor americano que, enquanto vivia
em Camden Town, Londres, se juntou a Brian Heaven para comporem 8 temas de rock soft, onde as guitarras têm a
principal palavra a dizer. Mais tarde, John Idan, dos The Yardbirds, juntou-se
ao duo para terminar o álbum. The Camden
Promise é um disco variado embora, como referido, centrado no rock. E essa variabilidade é dada por
passagens pelo pop, pelo R & B, pelo boogie rock (Boogie Around
é, de facto, o melhor tema do disco), e até por passagens mais étnicas como
sons latinos, afro e tribais. (4.5/6)
Amber Galactic (The Night Flight Orchestra)
(2017, Nuclear Blast)
Membros dos Soilwork e Arch Enemy rapidamente se transformaram de elementos do metal mais pesado em hard rockers. E o novo disco dos The Night Flight Orchestra, primeiro
para a Nuclear Blast, possui muitos
condimentos que os situam próximo do rock
de uns Kiss, ou, mais genericamente,
do rock anos 70/80, mas adicionado de
outras nuances, como palmas,
saxofones, vocais femininos, pianos e solos de sintetizador. Portanto, Amber Galactic solidifica o som e
intenções do projeto com um conjunto de realmente boas canções e muito
divertimento. (5.4/6)
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