The Butterfly Raiser (Bare Infinity)
(2017, Blackdown Music)
Bare Infinity – mais um nome a juntar à lista dos
imensos que tenta a sua sorte na competitiva cena do metal sinfónico de vozes femininas, assim na linha de Nightwish, Edenbridge ou Epica. E The Butterfly Raiser, segundo
longa-duração dos gregos, mostra-nos uma excelente voz, com um belíssimo
timbre, perdida num oceano de ideias e fórmulas já utilizadas até à exaustão. A
inclusão de coros e elementos éticos/folk
tenta mudar esse destino, mas são utilizados de forma pouco consequente e sem o
necessário arrojo. Ainda assim, a primeira metade do disco é suficientemente
apelativa para chamar a atenção do ouvinte. Infelizmente, a segunda metade
decai drasticamente. Este é um disco que se tivesse menos 3 ou 4 faixas
melhoraria significativamente. (4.9/6)
Manifestation (Midnight Rider)
(2017, Massacre Records)
Com membros de outras bandas (Metalucifer no Japão e Metal
Inquisitor na Alemanha), os Midnight
Rider são um abanda de culto que se estreia com Manifestation. Analógico e orgânico, Manifestation, recria o heavy
metal dos anos 70 e 80, de bandas como Judas
Priest, Black Sabbath, Iron Maiden, Kiss ou Thin Lizzy. No
entanto, Manifestation é um disco
repetitive e monótono, salvo por alguns riffs
mais ousados, algumas mudanças rítmicas mais interessantes e por algumas
cavalgadas épicas. Ainda assim, insuficiente para o colocar ao nível do que
estes músicos têm feito nas suas outras bandas. (4.6/6)
Empress Of The Cold Stars (Perpetual Rage)
(2017, Inverse Records)
Bastante interessante este segundo álbum para os
finlandeses Perpetual Rage que em Empress Of The Cold Star não se
preocupam em inventar a roda, mas
antes seguir as boas indicações deixadas pelos nomes icónicos dos anos 80. Sim,
os Perpetual Rage aproveitam o que
de melhor Dio, Iron Maiden, Saxon e
afins tinham, injetam-lhe uma adequada dose de personalidade e eis uma coleção
de dez temas de heavy metal
tradicional, versátil, enérgico e com atitude. (5.0/6)
Towards The Mountains (Herc)
(2016, Independente)
Com um
passado no power metal Herc decidiu enveredar por caminhos
mais épicos e fantasiosos, sendo que Towards
The Mountains é o seu mais recente registo. Um disco onde paisagens calmas,
atmosféricas e acústicas são, por vezes, cortadas por descargas mais densas e
obscuras. O mundo de Tolkien é a
principal inspiração de Herc, embora
musicalmente se aproxime muito dos Bathory,
pelo menos nas suas fases menos agressivas. A influência black e pagan metal
também se fazem notar, essencialmente ao nível das ambiências. No entanto, os
dedelhados acústicos, partes sinfónicas e coros majestosos são as principais
mais valias de um álbum que acaba por se tornar monótono fruto da sua longa
extensão – cerca de duas horas. (5.3/6)
(2017, Hellxis Records)
The Brainstorm é o disco que os Backflip apresentam em duas partes de
seis temas cada. A primeira já saiu em 2016 e agora surge a segunda, mais uma
vez captada nos Generator Music Studios
com Miguel Marques ao comando. O
quinteto luso, que aqui estreia o guitarrista Tiago Gonçalo que substitui Miguel
Morais, evoluiu e mostra como fazer bom hardcore
cheio de ganchos melódicos e vozes limpas conjugados com a sua habitual agressividade. Adequado para fãs de Comeback Kid, Rise Against, Terror ou Ignite. (4.2/6)
Lilith (Lamina)
(2017, Raging Planet)
Os Lâmina nasceram em Lisboa em 2013 com a
intenção de fazerem stoner rock
psicadélico influenciado por nomes como Acid
King, Electric Wizard ou Sleep. O resultado do seu trajeto é um
manifesto de ocultismo e psicadelismo retro
na forma de Lilith. Uma rodela com
sete temas que combinam as influências ácidas, ambientes psicadélicos, riffs stoner rock e um som,
genericamente, obscuro oculto e doomy.
(4.4/6)
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