Longe do Chão (O Gajo)
(2017, Rastilho
Records)
(5.5/6)
O trajeto que João Morais vinha trazendo com a sua
banda, os Gazua, já fazia prever
algo do género ao que assistimos agora com O
Gajo. João Morais, apesar de ter
começado no punk rock, sempre se mostrou
incorformado e sempre se notou, na sua música, o sentido de inovação e
evolução. A utilização da guitarra portuguesa nos Gazua acabou por ser o precursor para a descoberta da viola
campaniça, instrumento da maior relevância em Longe do Chão. Uma viola tipicamente alentejana, nas mãos de um
lisboeta a cantar a sua cidade. Um disco que pega na campaniça e com ela junta o
melhor das nossas raízes, desde o fado ao folclore. Apenas por uma vez surge
uma voz, feminina, e em vocalizo. É
em Trânsito de Vénus, um tema de
forte teor arábico, ou não fosse o Alentejo uma das zonas onde mais tempo
permanecerem os mouros, diz a nossa história. E a história deste Longe do Chão, trabalho de estreia d’O Gajo, é feito destas estórias sacadas das cordas de um
guitarra só nossa, pelas mãos de um mestre da execução e da criatividade. Um
autêntico Carlos Paredes da campaniça!
Tracklist:
2.
Há uma Festa Aqui ao Lado
3.
Uma Ginja Com Elas
4.
A Carteirista
5.
Miradouro da Batucada
6.
O Cego e a Guitarra
7.
Trânsito de Vénus
8.
5300 Noites
9.
Férias no Havai
10. Navio dos Loucos
11. A Navalha da Rua
Escura
Line-up:
João Morais – viola
campaniça
Telma Pereira – voz em
Trânsito em Vénus
Internet:
Edição: Rastilho Records
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