Back To The Roots (Bastian)
(2017, Sliptrick Records)
Este projeto criado por Sebastiano Conti e onde pontificam membros tão destacados do
cenário rock mundial como o vocalista
Apollo Papathanasio e Vinny Appice atinge o seu terceiro
álbum. E é aqui que se apresenta uma mistura perfeita entre diferentes
sonoridades e influências da história do rock,
que nos levam de regresso às raízes do género. Por isso o metal tradicional e, essencialmente, o hard rock dos anos 70 estão muito presentes. Conti é claramente
influenciado no seu estilo de tocar por Ritchie
Blackmore, sendo que Dio, Rainbow e Uriah Heep acabam por ser outras referências relevantes. (4.8/6)
Apocalypse 2.0 (Blind Seer)
(2017, Massacre Records)
Da Bélgica chegam-nos os Blind Seer que se estreiam com Apocalypse
2.0. Em onze temas, mais uma versão de Starman
de David Bowie, o trio cruza metal, thrash, industrial, experimental e electro. Por isso, não se pode dizer que por ali falte
criatividade. O problema está na forma como essas influências são geridas,
acabando o resultado final por não ser muito convincente, agravado, ainda, com
uns vocais pouco consistentes. Um trabalho que poderá interessar a quem gosta
daquelas coisas estranhas que os Mekong Delta
faziam (claro, num patamar muito superior) ou da agressividade/ruído de uns Prodigy ou Rammstein. E uma coisa é certa: a estes belgas ninguém fica
indiferente, pela quantidade de janelas musicais abertas. (4.5/6)
So It Hath Begun (Henry Metal)
(2017, Independente)
Os Henry Metal
eram completamente desconhecidos para nós e, de repente, somos surpreendidos
com três lançamentos neste ano. De todos, o que nos chegou à nossa mesa de
trabalho foi So It Hath Begun, que é,
também o disco de estreia. E So It Hath
Begun começa de forma estrondosa com o primeiro quarteto de temas de grande
classe. Heavy metal tradicional,
fantásticos solos, melodia a rodos e
uma balada soberba. Depois, de repente, a banda começa a entrar em campos fora
da sua zona de conforto, com bastante mais experimentalismo e essa fase é menos
interessante. Para o final, regressa a melodia, ainda assim embrulhada em ritmos estranhos. Para já,
um terço de surpresa, um terço de revelação e um terço de desilusão. (5.3/6)
Return Of The Spectral Rider (Ravage)
(2017, Independente)
Este conjunto de temas agradáveis de verdadeiro heavy metal já tinha visto a luz do dia
no álbum Spectral Rider, lançado por
uma editora pequena e com uma fraca produção. Passaram-se 12 anos e os Ravage, finalmente, conseguem dar ao
seu heavy metal clássico a roupagem
que este conjunto de temas sempre mereceu. Felizmente a magia dos anos 80 não
se perdeu, e entre referências a Screaming
For Vengeace ou The Number Of The
Beast, lá vão surgindo apontamentos thrash
oriundos do que na altura se fazia na Bay Area. (5.2/6)
Overloaded (42 Decibel)
(2017, Steamhammer/SPV)
Terceiro álbum para a banda de blues rock germânica que obteve bastante sucesso com os seus
anteriores Hard Rock ‘n’ Roll (2013)
e Rolling In Town (2015). Mantendo
bem alta a bandeira do seu blues rock,
Overloaded atiça ainda mais a chama
do seu hard rock sujo, barulhento e
distorcido. Um disco onde o quarteto apresenta dez novos temas inspirados na
ideia de levar aos extremos os seus instrumentos. E consegue-o! (4.8/6)
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