Após anos
de crescimento e amadurecimento, Big Sculpture surge como uma marca indelével da qualidade dos The Acoustic
Foundation. A banda continua a crescer e para breve esperam-se novidade a nível
internacional. Para já, ainda antes de começar a tour nacional Marta Oliveira (voz) e Ricardo Fidalgo (baixo) falaram com
Via Nocturna.
Olá pessoal, tudo bem? Explica-nos
como nasce este projeto The Acoustic Foundation e o que vos motivou a iniciar
esta aventura?
Olá!
Os TAF nasceram em trio e em formato acústico. Foi em 2011 que nos juntámos. É
engraçado olhar para trás e perceber que, passados estes anos, tanta coisa
mudou e nos foi aproximando, cada vez mais, da música com que nos
identificamos.
Podem falar-nos um pouco do
vosso trajeto até agora?
Quando
nos juntámos, o objetivo imediato era entrosarmo-nos enquanto músicos e
começámos o caminho por fazer versões de temas de outros artistas. Com o tempo,
e principalmente depois de a formação da banda se ter aproximado da atual
(agora somos 10!), passou a ser natural fazermos a nossa própria música e
começámos a pensar no álbum.
Esta não é uma sonoridade
muito habitual em Portugal. Como está a ser a aceitação de Big Sculpture?
Nos
últimos anos, parece-nos que o público português está a responder cada vez
melhor à diversidade musical. Há muita (e boa) música nova, coisas diferentes a
surgir todos os dias, em formatos mais ou menos tradicionais. Sentimos que este
movimento favorece projetos como o nosso e isso reflete-se na aceitação deste
álbum. As reações têm sido incríveis e há várias rádios a rodar os singles. Não podíamos pedir mais!
Como decorreu o processo de
composição deste disco, um disco extremamente variado e com díspares
influências?
Somos
muitos, com várias influências, e, além disso, a formação da banda não foi
estanque ao longo do processo de composição. Por outro lado, nunca quisemos
limitar-nos a ser mais retro, menos retro, mais pop, menos pop. Se a ideia é boa, merece ser trabalhada – tem sido
este o processo. As letras são quase todas da Marta (voz) e muitas vezes até
“trazem” melodia; outras vezes, há uma base harmónica sugerida pelo Gonçalo (guitarra)
ou pelo Bino (harmónica/percussão), que é depois sujeita aos arranjos e à roupagem
da banda.
Que nomes ou movimentos mais
vos influenciaram ou influenciam?
Não é
exagero dizer que somos completamente viciados em música! Vemos dezenas de
concertos por ano, alguns deles no estrangeiro, e ainda somos daquelas pessoas
que compram álbuns em formato físico… As nossas influências são muitas e de
quase todos os estilos: do jazz ao rock, passando, como se nota, na soul, no funk ou no blues. Somos
colados nas performances ao vivo de
artistas como George Clinton, nas verdadeiras máquinas de fazer música como são
Incognito ou Tower of Power, mas também em alguns projetos mais mainstream, como o Bruno Mars, por
exemplo.
Quantos vídeos já fizeram
deste álbum?
Quisemos
que os fãs fossem acompanhando o crescimento do disco e, por esse motivo, fomos
lançando alguns videoclips ao longo
do processo. Por esta ordem: Dance, Silence, Don’t Play That Song
e Feed My Soul.
Centremo-nos agora nos
convidados de Big Sculture! Podem apresentá-los
e contar sucintamente que input
tiveram no resultado final do disco?
Todas
as participações foram escolhidas a dedo e trouxeram até mais do que
expectávamos. O coro Gospel Pocket Show, por exemplo, foi para estúdio para uma
abordagem a um trecho de 20 segundos no Feed
My Soul e acabou por gravar vozes em todo o tema. O “Pancho” (Andres
Tarabbia, percussionista de Expensive Soul & Jaguar Band) é amigo de longa
data e já tinha estado connosco em palco algumas vezes. Quando nos reunimos com
ele para gravar, também ia tocar apenas no tema instrumental Kreeper, mas ouviu o How You Doing? e teve imediatamente uma
série de ideias que não podíamos desperdiçar. Quanto ao Angelo B, é um
mega-músico brasileiro radicado no Porto, baixista de Gabriel O Pensador, por
exemplo. Aquele final de Raka’s Song
estava mesmo a pedir reggae power e a
abordagem dele foi incrível!
Já apresentaram o disco em
Espinho e no Porto, embora só a partir do final de outubro iniciem uma mais
longa tour nacional. O que estão a
preparar?
Até
ao final do ano, vamos correr o país de Norte a Sul, maioritariamente com showcases, para “introduzir” o tema TAF
nas pessoas. A ideia é espalhar o nome e no início de 2018, aí sim, fazer espetáculos
completos como fizemos em Espinho e no Porto, onde tivemos uma recetividade
comovente por parte do público. A logística desses concertos é grande, porque
somos 10 músicos, muitas vezes com convidados e com bailarinos de danças
urbanas, que conferem ao show um tom
que realmente nos diferencia.
A RTP
contacta-nos algumas vezes para atuarmos nos seus programas. Desta vez, o
programa foi o Aqui Portugal, em
Espinho, e sentimos um carinho excecional por parte da produção e da
apresentadora que nos entrevistou, a simpatiquíssima Isabel Angelino. Para
nossa enorme surpresa, passado algumas semanas, começámos a receber mensagens a
dar-nos os parabéns porque a nossa atuação tinha acabado de passar no best of do programa em 2017!
Que projetos têm em mente
vir a realizar nos próximos tempos?
Temos
ideia de lançar mais um single nos
próximos meses, que mostre ao público uma faceta diferente do álbum. Vamos
estar em tour e uma das nossas
grandes apostas passará por tentar internacionalizar os espetáculos. Já há
algumas coisas a acontecer nesse sentido, que contamos poder anunciar em breve.
Obrigado. Querem acrescentar
mais alguma coisa?
Queremos
agradecer ao Via Nocturna a atenção que nos tem dado; é com muita satisfação
que nos vemos num espaço de tão bom gosto musical. Esperamos ver-vos (e aos
vossos leitores) nos próximos concertos!
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